Agosto 2022
Ciência Na Frente
Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande
Agosto de 2022
A Via láctea no olho de "GAIA"
Fig. A |
Fig. C |
Fig. D |
Esta informação é importante para estudar o ciclo de vida das próprias estrelas, mas também a estrutura e evolução da Galáxia. Assim, a velocidade radial (Fig. A) mostra as estrelas que se afastam de nós (cores claras) e as que se aproximam (cores escuras). Alguns objetos destacam-se do seu movimento geral, como as Nuvens de Magalhães, no canto inferior direito da imagem. Os astrofísicos também mediram o movimento de certas estrelas (Fig. B). Os dados também revelam a distribuição da poeira interestelar (Fig. C) ou a composição química das estrelas (Fig. D, as cores indicam o nível de metalicidade, ou seja, a concentração de elementos pesados).
Mais próximo de nós, Gaia também mapeou os asteróides do sistema solar. A última imagem representa a posição desses corpos em 13 de junho de 2022 e o seu movimento ao longo de dez dias. Veem-se os asteróides da parte interna do sistema (em azul), os do cinturão de asteróides (verde) e os troianos localizados nos pontos de Lagrange L4 e L5 de Júpiter (amarelo) .
Fonte: Pour la Science - agosto 2022, n.º 538, pp. 10-11
Sean Bailly
(adaptado)
Divisão celular anormal
Estima-se que em dez anos, quase todas as células do corpo humano sejam substituídas. Essa renovação ocorre por meio da divisão celular, fenómeno cujo mecanismo é perfeitamente conhecido dos cientistas. Nomeadamente, antes de uma célula mãe dar origem a duas células filhas, o seu genoma replica-se para formar duas cópias que serão distribuídas nessas duas células filhas. Estas cópias têm, exatamente o mesmo genoma do que todas as outras células do corpo. Pensava-se que este mecanismo, presente em todos os seres vivos, fosse sempre o mesmo. Mas Chen-Hui Chen, da Academia Sinica, em Taiwan, e a sua equipa, demonstraram um espantoso novo tipo de divisão celular nas larvas do peixe-zebra.
Os investigadores observaram células dividindo-se sem qualquer replicação prévia do ADN! Este modo de divisão, a que chamaram de "fissão assintética", é mesmo bastante desordenado: o ADN é distribuído, por vezes, de forma desigual entre as células. Mas qual o interesse que pode ter esta divisão tão particular? Os investigadores supõem que ela responde ao rápido crescimento da larva. " A prioridade aqui é apenas estender rapidamente a superfície do epitélio, que serve de barreira com o exterior ", afirma Claude Prigent, do Centro de Pesquisa em Biologia Celular de Montpellier. As células anormais são então rapidamente eliminadas quando o processo clássico de divisão assume o controle.
Resta agora descobrir se esse modo de divisão, encontrado no peixe-zebra, também existe noutras espécies, ou até mesmo nos humanos. Essa perspetiva abriria a possibilidade de pensarmos, por exemplo, num tratamento temporário para refazer uma pele protetora, muito rapidamente, em vítimas de queimaduras graves.
Fonte: Pour la Science - agosto 2022, n.º 538, p. 15
Gaia Jouanna
(adaptado)
O que posso observar no céu de agosto?
4 - Mercúrio a 0,7ºN de Régulo - 06:00
10 - Lua no perigeu a 359 828 Km da Terra - 18:09
12 - Lua a 4ºS de Saturno - 05:00
12 - Pico da chuva de meteoros das Perseidas
22 - Lua no apogeu a 405 418 Km da Terra - 22:52
28 - Lua a 4ºN de Vénus - 22:00
Fases da Lua em agosto
27 - às 09h 17min - nova
05 - às 12h 06min - crescente
05 - às 12h 06min - crescente
12 - às 02h 36min - cheia
19 - às 05h 36min - minguante
Planetas visíveis a olho nu em agosto
MERCÚRIO - Será visível, de tarde, por volta do instante do fim do crepúsculo civil, estando mais brilhante a meio do mês de agosto.
VÉNUS - Pode ser visto como estrela da manhã, durante o mês de agosto.
MARTE - Pode ser visto ao amanhecer na constelação de Carneiro e Touro.
MARTE - Pode ser visto ao amanhecer na constelação de Carneiro e Touro.
JÚPITER - Pode ser visto ao anoitecer na constelação de Baleia.
SATURNO - Pode ser visto no céu noturno
.
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
Data | Magnitude | Início | Ponto mais alto | Fim | Tipo da passagem | ||||||
(mag) | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | ||
27-8 | -3,8 | 05:15:44 | 59° | O | 05:16:14 | 73° | NO | 05:19:36 | 10° | NE | visível |
28-8 | -1,9 | 04:29:23 | 30° | ENE | 04:29:23 | 30° | ENE | 04:31:17 | 10° | ENE | visível |
28-8 | -2,0 | 06:02:18 | 11° | ONO | 06:04:55 | 23° | NNO | 06:07:42 | 10° | NE | visível |
29-8 | -2,6 | 05:15:54 | 29° | NO | 05:16:27 | 31° | NNO | 05:19:32 | 10° | NE | visível |
30-8 | -1,7 | 04:29:28 | 27° | NNE | 04:29:28 | 27° | NNE | 04:31:18 | 10° | NE | visível |
30-8 | -1,3 | 06:03:13 | 10° | NO | 06:05:24 | 16° | NNO | 06:07:36 | 10° | NNE | visível |
31-8 | -0,2 | 03:43:00 | 10° | NE | 03:43:00 | 10° | NE | 03:43:01 | 10° | NE | visível |
31-8 | -1,7 | 05:15:55 | 17° | NO | 05:16:51 | 19° | NNO | 05:19:20 | 10° | NNE | visível |
1-9 | -1,3 | 04:29:26 | 20° | N | 04:29:26 | 20° | N | 04:31:07 | 10° | NE | visível |
1-9 | -1,1 | 06:04:06 | 10° | NO | 06:05:57 | 14° | N | 06:07:46 | 10° | NNE | visível |
2-9 | -1,2 | 05:15:51 | 12° | NO | 05:17:18 | 15° | N | 05:19:17 | 10° | NNE | visível |
3-9 | -1,0 | 04:29:22 | 16° | N | 04:29:22 | 16° | N | 04:30:55 | 10° | NNE | visível |
3-9 | -1,0 | 06:04:24 | 10° | NNO | 06:06:27 | 15° | N | 06:08:30 | 10° | NE | visível |
4-9 | -1,0 | 05:15:56 | 10° | NNO | 05:17:48 | 14° | N | 05:19:40 | 10° | NE | visível |
5-9 | -0,8 | 04:29:24 | 14° | N | 04:29:24 | 14° | N | 04:30:58 | 10° | NNE | visível |
5-9 | -1,3 | 06:04:13 | 10° | NNO | 06:06:50 | 20° | NNE | 06:09:27 | 10° | ENE | visível |
Como usar esta grelha:
Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de início, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Fonte: http://www.heavens-above.com/
(Quando necessário, para ativar as legendas automáticas proceder do seguinte modo: no canto inferior direito clicar no símbolo "roda dentada"; abrem-se as Definições; clicar aí e escolher Legendas; depois clicar em Traduzir Automaticamente; finalmente escolher Português na lista.)
Yuval Noah Harari é historiador, investigador e professor de História do Mundo na Universidade Hebraica de Jerusalém, considerada uma das melhores instituições de ensino a nível internacional. Doutorado em História pela Universidade de Oxford, Harari tem-se dedicado ao estudo e ensino da História, encorajando os seus alunos a questionar os conhecimentos e ideias que têm por garantidos sobre a vida, o mundo e a humanidade. Atualmente, a sua investigação incide sobre questões macro-históricas: Qual a relação entre a História e a Biologia? Que diferenças essenciais distinguem o Homo sapiens dos outros animais? Existe justiça na História? As pessoas tornaram-se mais felizes à medida que a a humanidade progrediu?
Vídeo do Mês
A revolução astronómica do GAIA
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Imagem do Mês
Numerosos detalhes de Saturno aparecem claramente em luz infravermelha. As faixas de nuvens mostram grandes estruturas, incluindo tempestades de longa extensão. Também bastante impressionante em infravermelho é o incomum padrão de nuvens hexagonais em torno do Pólo Norte de Saturno. Cada lado do hexágono abrange aproximadamente a largura da Terra. A existência deste hexágono não foi prevista, e a sua origem e estabilidade continuam a ser um tópico de pesquisa. Os famosos anéis de Saturno circundam o planeta e projetam sombras por baixo do equador. Esta imagem foi obtida pela nave espacial robótica Cassini em 2014, em diversas cores infravermelhas. Em setembro de 2017, a missão Cassini foi terminada com um final dramático, quando a nave foi direcionada para mergulhar no gigante anelado.
Fonte: www.nasa.govLivro do Mês
Sinopse
Como podemos proteger-nos de uma guerra nuclear, de cataclismos ecológicos ou de falhas tecnológicas? O que podemos fazer contra a epidemia de notícias falsas ou a ameaça do terrorismo? O que devemos ensinar aos nossos filhos?
Yuval Noah Harari leva-nos numa viagem emocionante pelas questões mais prementes da atualidade. O fio condutor que percorre este seu novo e impressionante livro é o desafio de conseguirmos manter a concentração, tanto a nível coletivo como individualmente, diante de um mundo de mudanças constantes e desorientadoras. Seremos nós ainda capazes de compreender o mundo que criámos?.
Sobre o autor:
É autor de numerosos artigos científicos e de dois livros, publicados em Portugal pela Elsinore: Sapiens: História Breve da Humanidade (2013) e Homo Deus: História Breve do Amanhã (2017), ambos bestsellers internacionais, traduzidos em mais de 20 línguas e recomendados por personalidades como Barack Obama e Bill Gates.
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