outubro 2016
Ciência Na Frente
Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande
Prosperar à sombra dos dinossauros
É uma pena que a máquina de viajar no tempo não exista. Ela dar-nos-ia rápidas respostas a uma enorme quantidade de questões científicas e metafísicas e, provavelmente, evitaria as guerras religiosas, e outras disputas, ao colocar toda a gente de acordo sobre o que realmente se passou, neste ou naquele momento da história.
Mas paremos de sonhar. Para vislumbrarmos o passado, a ciência só possui vestígios materiais que ele tenha deixado, como os fósseis para os paleontólogos. As suas descobertas modificam, às vezes, profundamente, a visão das coisas. É o que tem acontecido nestes últimos quinze anos com a descoberta, em diversos locais, de notáveis fósseis de mamíferos muito antigos, datados do Mesozóico, ou seja, da era dos dinossauros.
Segundo a ideia mais commumente admitida, os mamíferos dessa época eram pequenos e pouco numerosos, vivendo uma existência quase clandestina à sombra dos grandes répteis. Os novos fósseis encontrados oferecem uma história bem mais rica e apaixonante. Eles mostram que, muito antes do fim dos dinossauros, ligada à queda de um grande asteróide, há 66 milhões de anos, os mamíferos já constituíam um forte grupo bem adaptado e diversificado.
O desaparecimento dos terríveis dinossauros apenas libertou o potencial dos mamíferos, que então se tornaram um dos grupos animais mais florescentes. Uma das suas espécies, a nossa, conquistou mesmo o planeta e modificou-o. Tanto e tão bem, que por vezes nos perguntamos se não estamos a preparar a nossa própria extinção. Para isso não vamos precisar de um asteróide. Os membros da nossa espécie têm, por vezes, um comportamento estranho: por exemplo, são os únicos animais capazes de morrer e sobretudo de matar por ideias, por muito estúpidas que estas sejam.
Mas paremos de sonhar. Para vislumbrarmos o passado, a ciência só possui vestígios materiais que ele tenha deixado, como os fósseis para os paleontólogos. As suas descobertas modificam, às vezes, profundamente, a visão das coisas. É o que tem acontecido nestes últimos quinze anos com a descoberta, em diversos locais, de notáveis fósseis de mamíferos muito antigos, datados do Mesozóico, ou seja, da era dos dinossauros.
Segundo a ideia mais commumente admitida, os mamíferos dessa época eram pequenos e pouco numerosos, vivendo uma existência quase clandestina à sombra dos grandes répteis. Os novos fósseis encontrados oferecem uma história bem mais rica e apaixonante. Eles mostram que, muito antes do fim dos dinossauros, ligada à queda de um grande asteróide, há 66 milhões de anos, os mamíferos já constituíam um forte grupo bem adaptado e diversificado.
O desaparecimento dos terríveis dinossauros apenas libertou o potencial dos mamíferos, que então se tornaram um dos grupos animais mais florescentes. Uma das suas espécies, a nossa, conquistou mesmo o planeta e modificou-o. Tanto e tão bem, que por vezes nos perguntamos se não estamos a preparar a nossa própria extinção. Para isso não vamos precisar de um asteróide. Os membros da nossa espécie têm, por vezes, um comportamento estranho: por exemplo, são os únicos animais capazes de morrer e sobretudo de matar por ideias, por muito estúpidas que estas sejam.
Fonte: Pour la Science - outubro 2016 - n.º 468, p. 3 - Maurice Mashaal (adaptado)
O nosso planeta tem um pequeno companheiro. Um asteróide que "salta ao eixo" connosco na nossa anual jornada à volta do Sol.
O asteróide, 2016 HO3, tem um tamanho entre 40 a 100 metros. Descoberto em 27 de abril de 2016, pelo telescópio Pan-STARRS 1, localizado em Haleakala, no Havai, como um pequeno ponto brilhante com uma magnitude de 24, 2016 HO3, ocupa uma órbita muito semelhante à da Terra. Os cálculos efetuados sugerem que, apesar de ter escapado à deteção até agora, 2016 HO3 deve estar a orbitar a vizinhança da Terra à volta de um século e permanecerá nos séculos vindouros.
A órbita do 2016 HO3 alterna entre 6 meses à frente e 6 meses atrás da Terra. A sua órbita está ligeiramente inclinada relativamente ao plano da eclítica, sofrendo uma torção, estilo um saca-rolhas, ao longo de várias décadas. Demasiado longe para ser considerado uma verdadeira segunda lua da Terra, a órbita do 2016 HO3 aproxima-o a uma distância de 38 vezes a distância da Terra à Lua (14,6 milhões de quilómetros ou 0,1 unidades astronómicas) do nosso planeta e tão longe como 100 vezes a distância da Terra à Lua.
Paul Chodas ( do Jet Propulsion Laboratory, da NASA) diz-nos que "Como o 2016 HO3 gira à volta do nosso planeta, mas nunca se aventura para muito longe quando anda à volta do Sol, referido-nos a ele como uma "quase-satélite" da Terra. De facto, este pequeno asteróide foi apanhado numa pequena dança com a Terra."
Chodas explica que este corpo celeste não é qualificado como "mini-lua" porque a gravidade do nosso planeta nunca o atrai verdadeiramente. "
O asteróide 2016 HO3 junta-se à pequena, mas a crescer, lista de objetos presos numa órbita solar próximo da Terra. O asteróide 2003 YN107 foi descoberto pelo telescópio LINEAR há cerca de uma década, quando seguia uma órbita similar, mas entretanto essa rocha deixou a nossa vizinhança. O asteróide 2006 RH120 - a verdadeira mini-lua até agora descoberta - deu várias voltas distantes à Terra entre abril de 2006 e setembro de 2007 antes de ser ejetada. A Lua desempenha bem o seu papel assegurando que estes objetos secundários nunca permaneçam durante muito tempo.
2 - Lua a 6ºn de Mercúrio - 18:00
2 - Lua a 0,4ºN de Júpiter - 23:00
6 - Lua no apogeu a 405 054 Km da Terra - 19:45
8 - Lua a 4ºN de Saturno - 22:00
13 - Mercúrio em conjunção inferior - 01:00
16 - Eclipse penumbral, entre as 17:54 e as 21:53
18 - Lua no perigeu a 361 896,5 Km da Terra - 18:00
22 - Lua a 0,2ºN de Aldebarã - 00:00
22 - Equinócio de outono - 15:21
28 - Mercúrio sobe o mais alto, antes do amanhecer, como outra estrela da manhã
Uma nova "quase-Lua" da Terra
O nosso planeta tem um pequeno companheiro. Um asteróide que "salta ao eixo" connosco na nossa anual jornada à volta do Sol.
O asteróide, 2016 HO3, tem um tamanho entre 40 a 100 metros. Descoberto em 27 de abril de 2016, pelo telescópio Pan-STARRS 1, localizado em Haleakala, no Havai, como um pequeno ponto brilhante com uma magnitude de 24, 2016 HO3, ocupa uma órbita muito semelhante à da Terra. Os cálculos efetuados sugerem que, apesar de ter escapado à deteção até agora, 2016 HO3 deve estar a orbitar a vizinhança da Terra à volta de um século e permanecerá nos séculos vindouros.
A órbita do 2016 HO3 alterna entre 6 meses à frente e 6 meses atrás da Terra. A sua órbita está ligeiramente inclinada relativamente ao plano da eclítica, sofrendo uma torção, estilo um saca-rolhas, ao longo de várias décadas. Demasiado longe para ser considerado uma verdadeira segunda lua da Terra, a órbita do 2016 HO3 aproxima-o a uma distância de 38 vezes a distância da Terra à Lua (14,6 milhões de quilómetros ou 0,1 unidades astronómicas) do nosso planeta e tão longe como 100 vezes a distância da Terra à Lua.
Paul Chodas ( do Jet Propulsion Laboratory, da NASA) diz-nos que "Como o 2016 HO3 gira à volta do nosso planeta, mas nunca se aventura para muito longe quando anda à volta do Sol, referido-nos a ele como uma "quase-satélite" da Terra. De facto, este pequeno asteróide foi apanhado numa pequena dança com a Terra."
Chodas explica que este corpo celeste não é qualificado como "mini-lua" porque a gravidade do nosso planeta nunca o atrai verdadeiramente. "
O asteróide 2016 HO3 junta-se à pequena, mas a crescer, lista de objetos presos numa órbita solar próximo da Terra. O asteróide 2003 YN107 foi descoberto pelo telescópio LINEAR há cerca de uma década, quando seguia uma órbita similar, mas entretanto essa rocha deixou a nossa vizinhança. O asteróide 2006 RH120 - a verdadeira mini-lua até agora descoberta - deu várias voltas distantes à Terra entre abril de 2006 e setembro de 2007 antes de ser ejetada. A Lua desempenha bem o seu papel assegurando que estes objetos secundários nunca permaneçam durante muito tempo.
O que posso observar no céu de outubro?
2 - Lua a 6ºn de Mercúrio - 18:00
2 - Lua a 0,4ºN de Júpiter - 23:00
6 - Lua no apogeu a 405 054 Km da Terra - 19:45
8 - Lua a 4ºN de Saturno - 22:00
13 - Mercúrio em conjunção inferior - 01:00
16 - Eclipse penumbral, entre as 17:54 e as 21:53
18 - Lua no perigeu a 361 896,5 Km da Terra - 18:00
22 - Lua a 0,2ºN de Aldebarã - 00:00
22 - Equinócio de outono - 15:21
28 - Mercúrio sobe o mais alto, antes do amanhecer, como outra estrela da manhã
Fases da Lua em outubro
01 - às 01h 11min - nova
9 - às 05h 33min - crescente
9 - às 05h 33min - crescente
16 - às 05h 23min - cheia
22 - às 20h 14min - minguante
Planetas visíveis a olho nu em outubro
MERCÚRIO - Poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Mercúrio pode ser visto, durante este mês, no começo do crepúsculo civil, até 15 de outubro.
VÉNUS - Pode ser visto, até ao final do ano, como estrela da tarde.
MARTE - Pode ser visto toda a noite na constelação de Sagitário.
JÚPITER - Só poderá ser visto a partir da segunda semana de outubro, agora como estrela da manhã.
SATURNO - Pode ser visto toda a noite na constelação de Ofiúco.
VÉNUS - Pode ser visto, até ao final do ano, como estrela da tarde.
MARTE - Pode ser visto toda a noite na constelação de Sagitário.
JÚPITER - Só poderá ser visto a partir da segunda semana de outubro, agora como estrela da manhã.
SATURNO - Pode ser visto toda a noite na constelação de Ofiúco.
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
Visibilidade da Estação Espacial Internacional
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
Data | Magnitude | Início | Ponto mais alto | Fim | Tipo da passagem | ||||||
(mag) | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | ||
13-10 | -1,1 | 19:19:22 | 10° | NNO | 19:21:22 | 15° | N | 19:23:22 | 10° | NE | visível |
13-10 | -1,4 | 20:55:20 | 10° | NO | 20:57:03 | 26° | NNO | 20:57:03 | 26° | NNO | visível |
14-10 | -2,1 | 20:03:10 | 10° | NO | 20:06:02 | 28° | NNE | 20:06:54 | 24° | NE | visível |
14-10 | 0,3 | 21:39:30 | 10° | ONO | 21:39:33 | 10° | ONO | 21:39:33 | 10° | ONO | visível |
15-10 | -2,4 | 20:47:03 | 10° | NO | 20:49:28 | 46° | ONO | 20:49:28 | 46° | ONO | visível |
16-10 | -3,1 | 19:54:45 | 10° | NO | 19:57:58 | 53° | NNE | 19:59:28 | 26° | E | visível |
16-10 | 0,2 | 21:31:55 | 10° | O | 21:32:09 | 11° | O | 21:32:09 | 11° | O | visível |
17-10 | -1,9 | 20:39:01 | 10° | ONO | 20:41:58 | 32° | SO | 20:42:17 | 32° | SSO | visível |
18-10 | -3,0 | 19:46:28 | 10° | ONO | 19:49:42 | 66° | SO | 19:52:34 | 12° | SE | visível |
19-10 | -0,4 | 20:31:40 | 10° | O | 20:33:25 | 14° | SO | 20:35:11 | 10° | SSO | visível |
20-10 | -1,2 | 19:38:27 | 10° | ONO | 19:41:14 | 26° | SO | 19:44:00 | 10° | SSE | visível |
22-10 | 0,1 | 19:31:36 | 10° | OSO | 19:32:34 | 11° | SO | 19:33:33 | 10° | SSO | visível |
Como usar esta grelha:
Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de início, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Fonte: http://www.heavens-above.com/
Vídeo do Mês
Plutão e a New Horizon
Imagem do Mês
Que mistérios podem ser revelados quando entrarmos nesta bola de cristal? Neste caso, a bola é uma lua de Júpiter, os cristais são gelo e a lua não está apenas suja, mas também cheia de fendas irreparáveis. Todavia, especula-se que existe um oceano sob as camadas fraturadas de gelo de Europa e onde pode haver vida. Esta especulação foi novamente reforçada esta semana pelas imagens enviadas pelo Telescópio Espacial Hubble e que indiciam que, por vezes, jatos de vapor de água são emanados através da crosta gelada desta lua. Estes jatos podem trazer para a sua superfície vida marinha microscópica. Europa, que tem aproximadamente o tamanho da nossa Lua, é aqui vista em cores naturais, tal como foi fotografada em 1996 pela, agora já destruída, nave espacial Galileu e que orbitou Júpiter. Observações futuras do Hubble e missões planeadas como a do Telescópio Espacial James Webb prevista para o final desta década, para além de uma missão de um voo próximo de Europa em 2020 , podem levar a uma melhor compreensão não só de Europa e do sistema solar inicial, mas também que a vida pode existir algures no Universo.
Fonte: www.nasa.gov
Fonte: www.nasa.gov
Comentários
Enviar um comentário