dezembro 2014












Ciência Na Frente

Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande


O Buraco Negro que originou o Big Bang






O Big Bang e o Universo que daí se originou podem ser a consequência da formação de um buraco negro num espaço de quatro dimensões. Este cenário resolveria algumas dificuldades da cosmologia. 
Os cosmólogos reconstituíram com precisão a história do Universo, mas para algumas questões fundamentais ainda não se encontraram respostas. Um deste mistérios é a própria natureza do Big Bang, ou seja, a origem do Universo a partir de um estado de densidade infinita. Agora, alguns investigadores conceberam um modelo que explicaria como foi possível o Big Bang formar-se. 
Este modelo diz-nos que o Universo surgiu como consequência do afundamento de uma estrela maciça num universo com quatro dimensões. A singularidade que resultou deste afundamento num universo com quatro dimensões está rodeada de um horizonte de acontecimentos com três dimensões. Segundo o modelo destes investigadores forma-se neste horizonte um espaço também com três dimensões e que corresponderia ao nosso Universo. Na teoria standard, o Big Bang surgiu de uma singularidade, isto é, um estado de densidade infinita que originou a totalidade do Universo. Mas as singularidades são imprevisíveis: as leis da física não se aplicam nessas singularidades e não há nenhuma razão para pensarmos que uma singularidade gera sempre um universo como o nosso em vez de um outro qualquer. Os investigadores postulam que o nosso Universo surgiu quando uma estrela de um universo quadrimenssional se afundou e criou um buraco negro. O nosso Universo estaria protegido da singularidade, no centro de um buraco negro, por um horizonte de acontecimentos tridimenssional.
                
Fonte: Pour la Science - dezembro 2014 - n.º 446, pp. 24 a 31 - Niayesh Afshordi, Robert Mann e Razieh Pourhasan(adaptado)  



Qual a razão do A.D.N. virar sempre para a direita?




Algumas moléculas são chamadas de quirais: tal como as mãos, existem em duas versões não sobreponíveis, sendo uma o espelho da outra. Mas certas moléculas apenas existem numa das duas formas possíveis, embora a outra também seja possível. É o caso da molécula de A.D.N. que naturalmente se forma sempre com uma estrutura helicoidal para a direita. Por que é que a molécula de A.D.N. que viraria para a esquerda não existe? 
Joan Dreiling e Timothy Gay, da Universidade de Nebrasca, identificaram um processo que cria uma assimetria em certas dissociações eletrónicas de moléculas químicas. Este é um passo para a compreensão da assimetria dos seres vivos.
Os investigadores bombardearam um gás de bromocânfora, à esquerda ou à direita, com eletrões de muita baixa energia. Mostraram assim que o mecanismo de dissociação eletrónica criava uma assimetria de cerca de 0,03%. Agora é necessário testar este processo com moléculas dos seres vivos.
Outro mecanismo, ligado à luz polarizada que ilumina a superfície dos cometas, pode também destruir preferencialmente ou as moléculas esquerdas ou as direitas. O módulo Philae, da sonda Roseta, foi equipado para analisar as moléculas orgânicas no gelo do cometa 67P/Tchourioumov-Guérassimenko, o que irá permitir testar esse cenário   
     
Fonte: Pour la Science - dezembro 2014 - n.º 446, p. 6 - Sean Bailly (adaptado)  



O que posso observar no céu de dezembro?

08 - Mercúrio em conjunção superior - 10h
12 - Lua no apogeu - 23h
12 - Júpiter a 5ºN da Lua - 04h
19 - Saturno a 1,5ºS da Lua - 21h
21 - Solstício: início do Inverno - 23h 
24 - Lua no perigeu - 17h









Fases da Lua em dezembro


22 - às 01h 36min - nova

28 - às 18h 31min - crescente

06 - às 12h 27min - cheia

  14 - às 12h 51min - minguante











Planetas visíveis a olho nu em dezembro

MERCÚRIO - Poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível, de manhã, cerca do começo do crepúsculo civil, como "estrela da manhã" até 22 de novembro, passando a "estrela da tarde" a partir de 25 de dezembro. 

VÉNUS - A partir deste mês e até ao final do ano pode ser visto como estrela da tarde.


MARTE - Poderá ser visto na constelação do Capricórnio

JÚPITER - Pode ser visto na constelação do Leão durante mais de metade da noite


SATURNO 
A partir deste mês e até ao final do ano pode ser visto como estrela da manhã


Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa 




(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)

DataMagnitudeInícioPonto mais altoFimTipo da passagem
(mag)HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.
15 de dez-1,218:29:4310°NO18:31:5316°NNO18:32:5115°Nvisível
16 de dez-1,417:38:3810°ONO17:41:1020°NNO17:43:4110°NNEvisível
16 de dez-0,419:17:0010°NNO19:17:0810°NNO19:17:0810°NNOvisível
17 de dez-1,018:26:0710°NO18:27:5214°N18:28:3613°Nvisível
18 de dez-1,117:35:0110°NO17:37:0015°N17:39:0010°NNEvisível
18 de dez-0,519:12:3310°NNO19:12:4811°NNO19:12:4811°NNOvisível
19 de dez-1,118:21:5410°NNO18:23:4214°N18:24:1413°NNEvisível
20 de dez-0,819:07:3810°NNO19:08:2614°NNO19:08:2614°NNOvisível
21 de dez-1,518:17:0310°NNO18:19:1817°NNE18:19:5416°NNEvisível
22 de dez-1,619:02:2810°NO19:04:1225°NNO19:04:1225°NNOvisível
23 de dez-2,018:11:4910°NO18:14:3725°NNE18:15:4920°ENEvisível
23 de dez-0,219:48:0910°ONO19:48:3613°ONO19:48:3613°ONOvisível
24 de dez-3,418:57:1410°NO19:00:2278°NNO19:00:2278°NNOvisível
    
            
Como usar esta grelha:


Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de inicio, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.

Fonte: http://www.heavens-above.com/




Vídeo do Mês










Teoria das Cordas 2


Imagem do Mês




A criatura da lagoa vermelha 

Qual é a criatura que se encontra próxima da nebulosa da Lagoa vermelha? Marte. Esta fantástica imagem capturou o planeta vermelho passando por baixo de duas nublosas notáveis, catalogadas no século XVIII por Charles Messier como M8 e M20, a Nebulosa Trífida (à direita e encima do centro da imagem). Logo abaixo, e à esquerda, vê-se a enorme M8, a Nebulosa da Lagoa. Ambas as nebulosas estão a alguns milhares de anos-luz da Terra. Em comparação Marte encontrava-se a 14 minutos-luz do nosso planeta.
Fonte: www.nasa.gov

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