Janeiro 2022
Ciência Na Frente
Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande
Janeiro de 2022
As 10 descobertas mais importantes de 2021
A silhueta do porco, descoberta na gruta Leang Tedongnge, foi pintada com ocre vermelho que os humanos utilizam há mais de 285 000 anos (imagem com um tratamento clorométrico). |
Um salto no tempo mas também no espaço: é na Ásia, e já não na Europa, que a partir de agora temos de situar o nascimento da arte paleolítica. Contudo, ela ainda pode ser bem mais antiga e estar localizada no continente africano.
Nesta simulação em grande escala do Universo, distinguem-se os aglomerados de galáxias ligados por filamentos, onde se esconde o gás em falta. |
Uma parte da matéria comum permanece inacessível desde há décadas. Uma equipa de investigadores conseguiu detetá-la, sob a forma de gás, no seio de filamentos galáticos do nosso universo.
O berço dos cavalos domésticos foi identificado
O perfil genético dos cavalos domésticos substituiu todas as linhagens locais, do Atlântico à Mongólia, entre os 1500 e os 1000 anos. |
A maior análise de ADN antigo jamais feita sobre os equídeos, permitiu estabelecer que a domesticação dos primeiros antepassados dos nossos cavalos modernos produziu-se no norte do Cáucaso há cerca de 4200 anos.
É a forma da proteína que determina as suas propriedades. Aqui, a proteína Q8W3KO, que permite a certas plantas resistirem a doenças. |
A inteligência artificial (I.A.) será o novo graal da biologia? É o que sugere o resultado espetacular do Alphafold, o algoritmo do DeepMind que prevê a forma das proteínas. O suficiente para revolucionar a conceção de novos medicamentos.
Entre os testes praticados durante vários meses, após o tratamento, o paciente, equipado de óculos e elétrodos, tinha de indicar a presença de um copo em cima da mesa. |
Um tratamento inovador desenvolvido por uma equipa francesa, conseguiu sensibilizar à luz determinadas células da retina. Uma estreia mundial.
O rim do animal não foi rejeitado pelo corpo do paciente e funcionou sem qualquer anomalia. Este ensaio experimental dá novas esperanças face à penúria dos órgãos para transplante.
A estrutura interna de Marte revelada pela missão InSight: uma crosta estratificada, um manto sem descontinuidades significativas e um enorme núcleo líquido. |
Foi graças a um sismómetro de conceção francesa que a estrutura interna do planeta vermelho começou a ser conhecida.
Duas experiências levadas a cabo sobre o muão e o mesão B, revelaram anomalias incompatíveis com o modelo padrão que descreve o comportamento das partículas elementares. A experiência Muon g-2, realizada no Fermilab, próximo de Chicago, nos E.U.A., permitiu medir o valor do momento magnético do muão. Essa medição afasta-se da previsão teórica. É o suficiente para entusiasmar os físicos.
Um buraco negro de massa intermédia foi, finalmente, observado. Um grande feito, já que estes objetos estão muito isolados para terem matéria suficiente para absorver e assim tornarem-se visíveis.
Investigadores conseguiram analisar os molares de mamutes que contêm ADN mitocondrial com uma idade de 1,2 milhões de anos. Um recorde de datação.
Fonte: Sciences et Avenir/La Recherche - janeiro 2022, n.º 899, pp. 28-51
Vários
(adaptado)
O que posso observar no céu de janeiro?
1 - Lua no perigeu a 358 032 Km da Terra - 22:55
3 - Atividade máxima das Quadrântidas
4 - Lua a 3ºS de Mercúrio - 01:00
4 - Terra no periélio a 147 094 000 Km do Sol - 07:00
4 - Lua a 4ºS de Saturno - 17:00
6 - Lua a 4ºS de Júpiter - 00:00
14 - Mercúrio estacionário - 01:00
14 - Lua no apogeu a 405 804 Km da Terra - 09:26
30 - Lua a 10º S de Vénus - 02:00
31 - Lua a 8ºS de Mercúrio - 00:00
Céu visível às 18 horas do dia 1 de janeiro em Lisboa mostrando os planetas Mercúrio, Vénus, Júpiter e Saturno. |
Céu visível às 7 horas do dia 15 de janeiro em Lisboa mostrando os planetas Vénus e Marte. |
Fases da Lua em janeiro
02 - às 18h 33min - nova
09 - às 18h 11min - crescente
09 - às 18h 11min - crescente
17 - às 23h 48min - cheia
25 - às 13h 41min - minguante
Planetas visíveis a olho nu em janeiro
MERCÚRIO - Será visível, de tarde, por volta do instante do fim do crepúsculo civil, entre 1 e 17 de janeiro, voltando a aparecer de manhã, por volta do instante do começo do crepúsculo civil, a partir de 29 de janeiro..
VÉNUS - Aparecerá muito brilhante e será visível como estrela da tarde, desde o início do ano até poucos dias depois, quando não poderá ser observado por se encontrar demasiado próximo do Sol. Reaparecerá como estrela da manhã, a partir de meados de janeiro.
MARTE - Pode ser visto ao anoitecer na constelação de Aquário desde de inícios de janeiro.
VÉNUS - Aparecerá muito brilhante e será visível como estrela da tarde, desde o início do ano até poucos dias depois, quando não poderá ser observado por se encontrar demasiado próximo do Sol. Reaparecerá como estrela da manhã, a partir de meados de janeiro.
MARTE - Pode ser visto ao anoitecer na constelação de Aquário desde de inícios de janeiro.
JÚPITER - Pode ser visto na constelação de Capricórnio e depois na de Aquário.
SATURNO - Pode ser visto ao anoitecer na constelação de Capricórnio onde permanecerá todo o ano. Em meados de janeiro, a sua proximidade ao sol impedirá a sua observação.
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
Data | Magnitude | Início | Ponto mais alto | Fim | Tipo da passagem | ||||||
(mag) | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | ||
25-1 | -1,1 | 19:39:43 | 10° | NNO | 19:40:40 | 13° | NNO | 19:40:40 | 13° | NNO | visível |
26-1 | -1,4 | 18:51:20 | 10° | NO | 18:53:12 | 14° | N | 18:54:36 | 12° | NNE | visível |
27-1 | -1,2 | 19:40:34 | 10° | NNO | 19:41:27 | 13° | NNO | 19:41:27 | 13° | NNO | visível |
28-1 | -1,6 | 18:52:29 | 10° | NNO | 18:54:21 | 14° | N | 18:55:24 | 13° | NNE | visível |
29-1 | -1,5 | 19:41:00 | 10° | NO | 19:42:18 | 17° | NNO | 19:42:18 | 17° | NNO | visível |
30-1 | -1,9 | 18:53:02 | 10° | NNO | 18:55:25 | 18° | NNE | 18:56:19 | 16° | NE | visível |
31-1 | -2,3 | 19:41:19 | 10° | NO | 19:43:20 | 29° | NNO | 19:43:20 | 29° | NNO | visível |
1-2 | -2,7 | 18:53:19 | 10° | NO | 18:56:17 | 29° | NNE | 18:57:31 | 22° | ENE | visível |
1-2 | -0,5 | 20:29:58 | 10° | ONO | 20:30:28 | 13° | ONO | 20:30:28 | 13° | ONO | visível |
2-2 | -3,5 | 19:41:45 | 10° | ONO | 19:44:47 | 67° | O | 19:44:47 | 67° | O | visível |
3-2 | -3,8 | 18:53:37 | 10° | NO | 18:56:56 | 64° | NE | 18:59:15 | 18° | ESE | visível |
3-2 | -0,5 | 20:31:24 | 10° | O | 20:32:14 | 13° | OSO | 20:32:14 | 13° | OSO | visível |
Como usar esta grelha:
Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de início, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Fonte: http://www.heavens-above.com/
O professor A. C. Grayling é Master na New College of the Humanities e Supernumerary Fellow da St. Anne's College, Osford. Escreveu e editou cerca de trinta livros sobre Filosofia, História, Ciência e atualidade. Durante vários anos escreveu colunas para os jornais The Guardian e The Times e foi chairman do Prémio Man Booker 2014.
Vídeo do Mês
Tudo sobre o novo telescópio espacial James Webb
(Quando necessário, para ativar as legendas automáticas proceder do seguinte modo: no canto inferior direito clicar no símbolo "roda dentada"; abrem-se as Definições; clicar aí e escolher Legendas; depois clicar em Traduzir Automaticamente; finalmente escolher Português na lista.)
(Quando necessário, para ativar as legendas automáticas proceder do seguinte modo: no canto inferior direito clicar no símbolo "roda dentada"; abrem-se as Definições; clicar aí e escolher Legendas; depois clicar em Traduzir Automaticamente; finalmente escolher Português na lista.)
Imagem do Mês
O que são e onde estão estas grandes manchas ovais? São nuvens de tempestade em rotação, em Júpiter, e esta imagem foi no obtida no mês passado, pela nave Juno da NASA. Normalmente, as nuvens mais altas apresentam uma cor clara, e as nuvens mais claras, são as nuvens relativamente pequenas que se veem no interior do círculo inferior da imagem. Com 50 quilómetros de diâmetro, no entanto, essas nuvens brilhantes não são pequenas. Elas estão tão altas que fazem sombras no círculo rodopiante por baixo delas. Esta imagem foi processada para melhorar a cor e o contraste. Estas grandes ovais são normalmente regiões de altas pressões que se estendem por mais de 1000 quilómetros e que podem durar anos. O maior círculo de Júpiter é a Grande Mancha Vermelha (não visível nesta imagem), que já dura pelo menos há centenas de anos. O estudo da dinâmica das nuvens de Júpiter, com a ajuda destas imagens obtidas pela Juno, permite uma melhor compreensão dos tufões e furacões perigosos na Terra.
Fonte: www.nasa.govLivro do Mês
Sinopse
Em tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através, dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas cinco por cento do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dar os primeiros passos.
O que sabemos e como o sabemos? Q que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos com os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana; uma obra fascinante, escrita com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento.
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