outubro 2018
Ciência Na Frente
Do Infinitamente Pequeno ao Infminitamente Grande
Uma existência nebulosa
Imagem de Vénus em ultravioleta obtida pela Pioneer Venus Orbiter |
Antes da era espacial era comum olhar para Vénus como um planeta preso, num estado semelhante ao mais antigo passado da Terra - talvez um mundo de pântanos carboníferos com samambaias e répteis gigantes. Agora sabemos que o nosso planeta vizinho mais próximo é atualmente uma visão do nosso provável futuro.
Quando, quer Vénus, quer a Terra eram jovens, as suas condições à superfície eram provavelmente muito semelhantes, moderadamente quente, ricos oceanos orgânicos e uma geologia ativa. Eram aquele tipo de locais em que se poderia pensar que a vida facilmente se formaria, se o nosso atual entendimento da origem da vida e de Vénus estiver correto.
Há medida que o Sol aumentava o seu brilho, enquanto ía envelhecendo, fez com que a borda interna da zona habitável, onde a água pode existir à superfície dos planetas rochosos, se afasta-se inexoravelmente. Algures no passado, essa borda foi para além de Vénus e os seus mares evaporaram-se. Algures no futuro isso também irá acontecer à Terra.
O que aconteceu aos venuzianos (se alguma vez existiram) quando os oceanos desapareceram e a superfície de Vénus se tornou demasiado quente para a vida orgânica? Será possível que alguns organismos tenham encontrado refúgio na atmosfera? Durante mais de vinte anos David Grinspoon defendeu a possibilidade de uma nuvem biosférica em Vénus. O seu mentor, Carl Sagan, já tinha avançado com esta ideia anteriormente.
As condições na plataforma de nuvens são moderadas - aproximadamente a mesma temperatura e pressão das da superfície da Terra. Para além disso, existem aí muitos nutrientes e fontes energéticas, mesmo água líquida na forma de ácido sulfúrico concentrado. Há ainda teimosos enigmas respeitantes a essas nuvens e à alta atmosfera do planeta que nos fazem sonhar. Estão aí incluídas estruturas não identificadas no interior das maiores nuvens de partículas e material não identificado que absorve a maior parte da energia solar que atinge o planeta. Em ambos os casos pode haver uma explicação biológica.
Graças à descoberta de organismos extremófilos na Terra, que prosperam em ácidos fortes, a par com a persistência dessas plataformas de nuvens, ultimamente as hipóteses aumentaram muito. Quando a NASA ou outra agência espacial lançar a próxima missão de exploração da atmosfera de Vénus, certamente que a prospeção astrobiológica vai ser um dos objetivos.
Uma outra razão para explorar Vénus e reconstruir o seu passado é perceber o longínquo futuro da Terra. Isto é verdade para o clima: se compreendermos o mecanismo e o "timing" do efeito de estufa que destruiu os oceanos de superfície de Vénus, ficaremos a conhecer melhor o que espera o nosso mundo quando o Sol, inevitavelmente, o aquecer até ao ponto em que a Terra não consiga manter a sua água.
Isto também pode ser verdade para a geologia: a tectónica de placas, vital para o funcionamento do nosso mundo, parece ter parado em Vénus (se alguma vez existiu). Não sabemos bem porquê, mas pode ter ocorrido devido à seca do interior do planeta que acompanhou a perda da água à superfície.
Finalmente, Vénus ainda nos pode fornecer um vislumbre de como será o nosso planeta, daqui a muitos anos, quanto à sua biologia. Se a vida de um mundo oceânico a morrer pode migrar para as nuvens, como poderá ter acontecido em Vénus, então poderá ser esse, a longo prazo, o destino da biosfera da Terra. As nuvens podem ser o habitat final da nossa zona habitável.
Quando, quer Vénus, quer a Terra eram jovens, as suas condições à superfície eram provavelmente muito semelhantes, moderadamente quente, ricos oceanos orgânicos e uma geologia ativa. Eram aquele tipo de locais em que se poderia pensar que a vida facilmente se formaria, se o nosso atual entendimento da origem da vida e de Vénus estiver correto.
Há medida que o Sol aumentava o seu brilho, enquanto ía envelhecendo, fez com que a borda interna da zona habitável, onde a água pode existir à superfície dos planetas rochosos, se afasta-se inexoravelmente. Algures no passado, essa borda foi para além de Vénus e os seus mares evaporaram-se. Algures no futuro isso também irá acontecer à Terra.
O que aconteceu aos venuzianos (se alguma vez existiram) quando os oceanos desapareceram e a superfície de Vénus se tornou demasiado quente para a vida orgânica? Será possível que alguns organismos tenham encontrado refúgio na atmosfera? Durante mais de vinte anos David Grinspoon defendeu a possibilidade de uma nuvem biosférica em Vénus. O seu mentor, Carl Sagan, já tinha avançado com esta ideia anteriormente.
As condições na plataforma de nuvens são moderadas - aproximadamente a mesma temperatura e pressão das da superfície da Terra. Para além disso, existem aí muitos nutrientes e fontes energéticas, mesmo água líquida na forma de ácido sulfúrico concentrado. Há ainda teimosos enigmas respeitantes a essas nuvens e à alta atmosfera do planeta que nos fazem sonhar. Estão aí incluídas estruturas não identificadas no interior das maiores nuvens de partículas e material não identificado que absorve a maior parte da energia solar que atinge o planeta. Em ambos os casos pode haver uma explicação biológica.
Graças à descoberta de organismos extremófilos na Terra, que prosperam em ácidos fortes, a par com a persistência dessas plataformas de nuvens, ultimamente as hipóteses aumentaram muito. Quando a NASA ou outra agência espacial lançar a próxima missão de exploração da atmosfera de Vénus, certamente que a prospeção astrobiológica vai ser um dos objetivos.
Uma outra razão para explorar Vénus e reconstruir o seu passado é perceber o longínquo futuro da Terra. Isto é verdade para o clima: se compreendermos o mecanismo e o "timing" do efeito de estufa que destruiu os oceanos de superfície de Vénus, ficaremos a conhecer melhor o que espera o nosso mundo quando o Sol, inevitavelmente, o aquecer até ao ponto em que a Terra não consiga manter a sua água.
Isto também pode ser verdade para a geologia: a tectónica de placas, vital para o funcionamento do nosso mundo, parece ter parado em Vénus (se alguma vez existiu). Não sabemos bem porquê, mas pode ter ocorrido devido à seca do interior do planeta que acompanhou a perda da água à superfície.
Finalmente, Vénus ainda nos pode fornecer um vislumbre de como será o nosso planeta, daqui a muitos anos, quanto à sua biologia. Se a vida de um mundo oceânico a morrer pode migrar para as nuvens, como poderá ter acontecido em Vénus, então poderá ser esse, a longo prazo, o destino da biosfera da Terra. As nuvens podem ser o habitat final da nossa zona habitável.
Fonte: Sky & Telescope - novembro 2018, Vol. 136 - n.º 5, p. 12 (adaptado)
David Grinspoon
(É autor do livro
"Vénus Revelado: Um Novo Olhar Sob as Nuvens do Nosso Misterioso Planeta Gémeo " (1997)
David Grinspoon
(É autor do livro
"Vénus Revelado: Um Novo Olhar Sob as Nuvens do Nosso Misterioso Planeta Gémeo " (1997)
A Relatividade Geral validada no centro da Via Láctea
A estrela S2 orbita o buraco negro super maciço no centro da Via Láctea. Quanto mais o astro está perto do buraco negro, mais o comprimento de onda da sua luz nos chega com desvio para o vermelho |
A teoria da relatividade geral de Einstein indica que um objeto maciço deforma o espaço-tempo nas suas imediações. Do ponto de vista de um observador distante à volta deste objeto, o tempo anda mais devagar e os comprimentos dilatam-se. Uma das consequências disto é que o comprimento de onda, de uma radiação emitida nas margens do objeto maciço, chega-nos descaída «para o vermelho», isto é, o comprimento de onda aumentou. Fala-se de desvio gravitacional para o vermelho, para não se confundir com o efeito Doppler devido ao movimento relativo entre a fonte e o observador. Esta consequência da relatividade geral foi medida na Terra em 1959, por Robert Pound e Glen Rebka, nos Estados Unidos. Recentemente, os astrónomos do consórcio internacional Gravity, onde estão envolvidos o CNRS e os observatórios de Paris e de Grenoble testaram este efeito próximo do buraco negro Sagitário A*, o buraco negro super maciço que se encontra no centro da Via Láctea.
Os buracos negros são objetos compactos que deformam o espaço-tempo de tal forma que mesmo a luz não lhes consegue escapar. Entretanto, à volta de Sagitário A*, as estrelas rodam a distâncias muito próximas do buraco negro, como é o caso da estrela S2. A órbita deste astro é muito elíptica, de tal forma que no seu periélio (o ponto mais próximo a Sagitário A*), a distância que separa a estrela do buraco negro é apenas 120 vezes a distância média Terra-Sol. A uma distância assim tão pequena, os efeitos gravitacionais do buraco negro são intensos e o desvio gravitacional para o vermelho da luz emitida pela estrela é grande.
Entre 2003 e 2018, os astrónomos mediram o desvio para o vermelho da estrela S2 com a ajuda dos espetrómetros na banda do infravermelho Sinfoni, do VLT (Very Large Telescope), no Chile, e Nirc2, do observatório Keck, no Havai. Em maio de 2018, a estrela S2 estava no seu periélio. Para terem uma medida muito precisa da sua posição, os investigadores utilizaram um dispositivo interferómico, chamado Gravity, posto a funcionar em 2016 no VLT.
Com estes dados, os membros do consórcio mostraram que o desvio para o vermelho observado era compatível com um efeito relativista devido ao campo gravitacional do buraco negro super maciço. Contudo, os astrónomos mostraram-se prudentes. O modelo utilizado é um sistema simples, ou seja, um buraco negro super maciço à volta do qual gravita uma única estrela. Mas outros corpos presentes na vizinhança, como os buracos negros de massa estelar, podem perturbar a órbita da estrela S2.
«Prevemos agora fazer observações semelhantes com estrelas menos brilhantes do que a S2, mas mais próximas de Sagitário A*. Os efeitos de desvio para o vermelho seriam então mais significativos e permitiriam testar com uma precisão superior a relatividade geral», entusiasma-se Thibaut Paumard, chefe de investigação do CNRS, do observatório de Paris, e que participou no estudo.
Para ir ainda mais longe, os investigadores esperam medir o desvio (a precessão) da órbita da estrela S2 previsto pela relatividade geral, em relação àquele que seria previsto pela teoria da gravitação newtoniana. Uma perturbação suplementar que os investigadores asseguram poder medir daqui até 2020.
Os buracos negros são objetos compactos que deformam o espaço-tempo de tal forma que mesmo a luz não lhes consegue escapar. Entretanto, à volta de Sagitário A*, as estrelas rodam a distâncias muito próximas do buraco negro, como é o caso da estrela S2. A órbita deste astro é muito elíptica, de tal forma que no seu periélio (o ponto mais próximo a Sagitário A*), a distância que separa a estrela do buraco negro é apenas 120 vezes a distância média Terra-Sol. A uma distância assim tão pequena, os efeitos gravitacionais do buraco negro são intensos e o desvio gravitacional para o vermelho da luz emitida pela estrela é grande.
Entre 2003 e 2018, os astrónomos mediram o desvio para o vermelho da estrela S2 com a ajuda dos espetrómetros na banda do infravermelho Sinfoni, do VLT (Very Large Telescope), no Chile, e Nirc2, do observatório Keck, no Havai. Em maio de 2018, a estrela S2 estava no seu periélio. Para terem uma medida muito precisa da sua posição, os investigadores utilizaram um dispositivo interferómico, chamado Gravity, posto a funcionar em 2016 no VLT.
Com estes dados, os membros do consórcio mostraram que o desvio para o vermelho observado era compatível com um efeito relativista devido ao campo gravitacional do buraco negro super maciço. Contudo, os astrónomos mostraram-se prudentes. O modelo utilizado é um sistema simples, ou seja, um buraco negro super maciço à volta do qual gravita uma única estrela. Mas outros corpos presentes na vizinhança, como os buracos negros de massa estelar, podem perturbar a órbita da estrela S2.
«Prevemos agora fazer observações semelhantes com estrelas menos brilhantes do que a S2, mas mais próximas de Sagitário A*. Os efeitos de desvio para o vermelho seriam então mais significativos e permitiriam testar com uma precisão superior a relatividade geral», entusiasma-se Thibaut Paumard, chefe de investigação do CNRS, do observatório de Paris, e que participou no estudo.
Para ir ainda mais longe, os investigadores esperam medir o desvio (a precessão) da órbita da estrela S2 previsto pela relatividade geral, em relação àquele que seria previsto pela teoria da gravitação newtoniana. Uma perturbação suplementar que os investigadores asseguram poder medir daqui até 2020.
O que posso observar no céu de outubro?
5 - Lua no perigeu a 366 393 Km da Terra - 23:27
11 - Lua a 4ºN de Júpiter - 22:00
15 - Lua a 1,8ºN de Saturno - 04:00
17 - Lua no apogeu a 404 227 Km da Terra - 20:16
21 - A anual chuva de meteoros das Oriónidas atinge o pico.
28 - Mudança de hora - à 1:00, atrase o seu relógio em 60 minutos.
29 - Mercúrio a 3ºS de Júpiter - 04:00
31 - Lua no perigeu a 370 204 Km da Terra - 20:23
11 - Lua a 4ºN de Júpiter - 22:00
15 - Lua a 1,8ºN de Saturno - 04:00
17 - Lua no apogeu a 404 227 Km da Terra - 20:16
21 - A anual chuva de meteoros das Oriónidas atinge o pico.
28 - Mudança de hora - à 1:00, atrase o seu relógio em 60 minutos.
29 - Mercúrio a 3ºS de Júpiter - 04:00
31 - Lua no perigeu a 370 204 Km da Terra - 20:23
Fases da Lua em outubro
09 - às 04h 47min - nova
16 - às 19h 02min - crescente
24 - 17h 45min - cheia
16 - às 19h 02min - crescente
24 - 17h 45min - cheia
31 - às 16h 40min - minguante
Planetas visíveis a olho nu em outubro
MERCÚRIO - Poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível, de tarde, por volta do instante do fim do crepúsculo civil, de 4 de outubro a 21 de novembro.
VÉNUS - Poderá ser visto como estrela da tarde, mantendo-se visível até ao final de outubro.
MARTE - Pode ser visto toda a noite na constelação de Capricórnio.
JÚPITER - Só pode ser visto ao anoitecer.
SATURNO - Só é visível observá-lo ao anoitecer.
VÉNUS - Poderá ser visto como estrela da tarde, mantendo-se visível até ao final de outubro.
MARTE - Pode ser visto toda a noite na constelação de Capricórnio.
JÚPITER - Só pode ser visto ao anoitecer.
SATURNO - Só é visível observá-lo ao anoitecer.
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
Visibilidade da Estação Espacial Internacional
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
Data | Magnitude | Início | Ponto mais alto | Fim | Tipo da passagem | ||||||
(mag) | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | ||
25-10 | -0,8 | 06:54:29 | 10° | SSE | 06:56:25 | 15° | SE | 06:58:22 | 10° | E | visível |
27-10 | -2,3 | 06:45:37 | 10° | SSO | 06:48:39 | 35° | SE | 06:51:41 | 10° | ENE | visível |
28-10 | -1,4 | 04:56:05 | 18° | SSE | 04:56:47 | 19° | SE | 04:59:11 | 10° | E | visível |
28-10 | -3,5 | 06:29:51 | 10° | OSO | 06:33:02 | 49° | NNO | 06:36:15 | 10° | NE | visível |
29-10 | -3,9 | 05:39:37 | 32° | SO | 05:40:58 | 90° | ENE | 05:44:16 | 10° | NE | visível |
30-10 | -1,8 | 04:50:13 | 29° | E | 04:50:13 | 29° | E | 04:52:08 | 10° | ENE | visível |
30-10 | -2,6 | 06:22:55 | 11° | O | 06:25:36 | 26° | NNO | 06:28:27 | 10° | NE | visível |
31-10 | -3,3 | 05:33:21 | 40° | NNO | 05:33:24 | 40° | NNO | 05:36:32 | 10° | NE | visível |
1-11 | -1,1 | 04:43:40 | 17° | NE | 04:43:40 | 17° | NE | 04:44:33 | 10° | NE | visível |
1-11 | -1,9 | 06:16:21 | 12° | NO | 06:18:13 | 18° | NNO | 06:20:34 | 10° | NNE | visível |
Como usar esta grelha:
Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de início, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Fonte: http://www.heavens-above.com/
Vídeo do Mês
Planeta Vénus
(Quando necessário, para ativar as legendas automáticas proceder do seguinte modo: no canto inferior direito clicar no símbolo "roda dentada"; abrem-se as Definições; clicar aí e escolher Legendas; depois clicar em Traduzir Automaticamente; finalmente escolher Português na lista.)
(Quando necessário, para ativar as legendas automáticas proceder do seguinte modo: no canto inferior direito clicar no símbolo "roda dentada"; abrem-se as Definições; clicar aí e escolher Legendas; depois clicar em Traduzir Automaticamente; finalmente escolher Português na lista.)
Imagem do Mês
Porque está esta estrela de neutrões descentrada? Recentemente, uma solitária estrela de neutrões foi descoberta nos restos dos detritos deixados pela explosão de uma velha supernova. A "solitária estrela de neutrões" em questão é o ponto azul no centro da nebulosa vermelha, próximo do lado inferior esquerdo da E0102-72.3. Nesta imagem composta, o azul representa a luz de raios-X capturada pelo observatório Chandra da NASA, enquanto o vermelho e o verde a luz visível capturada pelo Very Large Telescope, da ESO, no Chile e do Telescópio Espacial Hubble, da NASA. A posição deslocada destra estrela de neutrões é inesperada já que esta densa estrela seria o núcleo da estrela que explodiu numa supernova e que criou a nebulosa exterior. Pode ter acontecido que a estrela de neutrões na E0102 tivesse sido empurrada do centro da nebulosa pela própria supernova, mas depois parece estranho que o pequeno anel vermelho permaneça centrado na estrela de neutrões. Como hipóteses alternativa, a nebulosa exterior pode ter sido expelida durante um cenário diferente - talvez envolvendo outra estrela. Próximas observações de nebulosas e de estrelas de neutrões poderão resolver esta questão.
Fonte: www.nasa.gov
Fonte: www.nasa.gov
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