abril 2018
Ciência Na Frente
Do Infinitamente Pequeno ao Infminitamente Grande
O mistério da energia negra
Há uma força subtil que interfere na nossa existência e que empurra o universo cada vez mais depressa. Os astrónomos chamam-lhe energia escura - um apelido de mau presságio que por si só obriga os cientistas a saberem mais sobre este assunto do que realmente sabem. É escura porque é desconhecida. Contudo, ninguém sabe sequer se é um tipo de energia.
O termo é simplesmente uma forma abreviada para a perplexidade do comportamento expansivo do universo. Os cientistas sabem que o cosmos se está a expandir desde que Edwin Hubble, em 1929, mediu a velocidade das galáxias que se estavam a afastar (apesar de alguns considerarem que quem devia ter o crédito dessa descoberta fosse Georges Lemaître). Mas o ritmo da expansão, pensavam os cientistas, estava a abrandar, puxada pela gravidade coletiva do conteúdo do universo.
Foi então que duas equipas independentes de astrónomos descobriram, em 1998, que a velocidade da expansão cósmica, pelo contrário, estava a aumentar, chocando os cientistas. Os observadores esforçaram-se em recolher mais dados. Os teóricos ficaram perplexos.
Agora, 20 anos depois, o que é que os cientistas sabem acerca da energia escura? Ainda muito pouco. "A nossa ignorância sobre este assunto é profunda", diz a cosmóloga Wendy Freedman (Universidade de Chicago).
Mas isto não acontece por os cosmólogos serem preguiçosos. Observações dedicadas do céu têm vindo a acumular mais dados, para tentar perceber as propriedades da energia escura. Na próxima década, telescópios poderosos prometem revelar pistas que podem dar respostas algumas questões cruciais. E os teóricos continuam a tentar juntar as peças todas.
Contudo, a ignorância persiste porque a energia escura continua a ser um dos maiores mistérios da ciência. As características do espaço-tempo, o destino do universo, mesmo a natureza da própria realidade, estão todas implicadas com as ramificações da energia escura e ecoa através dos fundamentos da própria física. Eis como os astrónomos, baseados nos dados do satélite Planck, dividem o universo nos seus ingredientes primários para podermos criar o cosmos como o vemos: 69% de energia escura: a mais abundante forma de massa/energia. Pode fazer parte do próprio universo e está acelerar a expansão cósmica. 26% de matéria escura: maciça mas invisível, a sua influência gravitacional dita a formação da estrutura cósmica. 5% de bariónicos, isto é, estrelas, planetas, astronautas e tudo o resto que experiênciamos no nosso dia-a-dia e que vemos à nossa volta e nos nossos telescópios.
O termo é simplesmente uma forma abreviada para a perplexidade do comportamento expansivo do universo. Os cientistas sabem que o cosmos se está a expandir desde que Edwin Hubble, em 1929, mediu a velocidade das galáxias que se estavam a afastar (apesar de alguns considerarem que quem devia ter o crédito dessa descoberta fosse Georges Lemaître). Mas o ritmo da expansão, pensavam os cientistas, estava a abrandar, puxada pela gravidade coletiva do conteúdo do universo.
Foi então que duas equipas independentes de astrónomos descobriram, em 1998, que a velocidade da expansão cósmica, pelo contrário, estava a aumentar, chocando os cientistas. Os observadores esforçaram-se em recolher mais dados. Os teóricos ficaram perplexos.
Agora, 20 anos depois, o que é que os cientistas sabem acerca da energia escura? Ainda muito pouco. "A nossa ignorância sobre este assunto é profunda", diz a cosmóloga Wendy Freedman (Universidade de Chicago).
Mas isto não acontece por os cosmólogos serem preguiçosos. Observações dedicadas do céu têm vindo a acumular mais dados, para tentar perceber as propriedades da energia escura. Na próxima década, telescópios poderosos prometem revelar pistas que podem dar respostas algumas questões cruciais. E os teóricos continuam a tentar juntar as peças todas.
Contudo, a ignorância persiste porque a energia escura continua a ser um dos maiores mistérios da ciência. As características do espaço-tempo, o destino do universo, mesmo a natureza da própria realidade, estão todas implicadas com as ramificações da energia escura e ecoa através dos fundamentos da própria física. Eis como os astrónomos, baseados nos dados do satélite Planck, dividem o universo nos seus ingredientes primários para podermos criar o cosmos como o vemos: 69% de energia escura: a mais abundante forma de massa/energia. Pode fazer parte do próprio universo e está acelerar a expansão cósmica. 26% de matéria escura: maciça mas invisível, a sua influência gravitacional dita a formação da estrutura cósmica. 5% de bariónicos, isto é, estrelas, planetas, astronautas e tudo o resto que experiênciamos no nosso dia-a-dia e que vemos à nossa volta e nos nossos telescópios.
Centopeia Gigante: do veneno ao antídoto
A mordedura venenosa de algumas grandes escolopendras (ou centopeias) são temíveis |
Graças à sua mordedura venenosa, algumas centopeias gigantes são capazes de caçar pequenos roedores dez vezes mais pesados do que elas e de os neutralizar numa dúzia de segundos. Lei Lua, do Instituto de Zoologia de Kunming, na China, e os seus colegas, descobriram e explicaram o modo de ação do SsTx, o agente tóxico do seu veneno.
Os investigadores constataram que a toxina peptídica SsTx apresenta uma sequência de ácidos aminados única entre as toxinas animais comuns. Estabeleceram que ela perturba o funcionamento de toda a família dos canais potássio do tipo KCNQ implicados não apenas no sistema nervoso central, mas também nos músculos esqueléticos e no sistema cardiovascular. Esta provoca uma hiperpolarização das membranas celulares, conduzindo a espasmos dos vasos sanguíneos, que estão na origem das necroses, mas também de perturbações mais gerais do sistema cardiovascular tais como a hipertensão aguda e acidentes cardíacos. O sistema respiratório é também atingido.
Em regiões como o Havai, 11% das admissões nas urgências estão ligadas a mordeduras de centopeias. Mas na ausência de um antídoto, a ajuda é exclusivamente sintomática. A descoberta do modo de ação da toxina SsTx conduziu à identificação de uma eventual solução: a retigabina, por vezes prescrita para lutar contra a epilepsia. Ela provoca a ação oposta à da toxina SsTx e força a abertura dos canais do tipo KCNQ. Os investigadores mostraram nos ratos e nos macacos, que após uma injeção de veneno ou da toxina SsTx, a administração de retigabina suprime os efeitos nocivos e restabelece um funcionamento normal do organismo.
Os investigadores constataram que a toxina peptídica SsTx apresenta uma sequência de ácidos aminados única entre as toxinas animais comuns. Estabeleceram que ela perturba o funcionamento de toda a família dos canais potássio do tipo KCNQ implicados não apenas no sistema nervoso central, mas também nos músculos esqueléticos e no sistema cardiovascular. Esta provoca uma hiperpolarização das membranas celulares, conduzindo a espasmos dos vasos sanguíneos, que estão na origem das necroses, mas também de perturbações mais gerais do sistema cardiovascular tais como a hipertensão aguda e acidentes cardíacos. O sistema respiratório é também atingido.
Em regiões como o Havai, 11% das admissões nas urgências estão ligadas a mordeduras de centopeias. Mas na ausência de um antídoto, a ajuda é exclusivamente sintomática. A descoberta do modo de ação da toxina SsTx conduziu à identificação de uma eventual solução: a retigabina, por vezes prescrita para lutar contra a epilepsia. Ela provoca a ação oposta à da toxina SsTx e força a abertura dos canais do tipo KCNQ. Os investigadores mostraram nos ratos e nos macacos, que após uma injeção de veneno ou da toxina SsTx, a administração de retigabina suprime os efeitos nocivos e restabelece um funcionamento normal do organismo.
O que posso observar no céu de abril?
7 - Lua a 3ºN de Marte - 19:00
8 - Lua no apogeu a 404 143 Km da Terra - 06:31
17 - Lua a 5ºS de Vénus - 20:00
19 - Lua a 1,1ºN de Aldebarã - 06:00
20 - Lua no perigue a 368 714 Km da Terra - 15:41
22 - Chuva de meteoros das Líridas atinge o pico pouco antes do amanhecer
24 - Lua a 1,2ºN de Régulo - 21:00
30 - Lua a 4ºN de Júpiter - 18:00
8 - Lua no apogeu a 404 143 Km da Terra - 06:31
17 - Lua a 5ºS de Vénus - 20:00
19 - Lua a 1,1ºN de Aldebarã - 06:00
20 - Lua no perigue a 368 714 Km da Terra - 15:41
22 - Chuva de meteoros das Líridas atinge o pico pouco antes do amanhecer
24 - Lua a 1,2ºN de Régulo - 21:00
30 - Lua a 4ºN de Júpiter - 18:00
Fases da Lua em abril
16 - às 02h 57min - nova
22 - às 22h 46min - crescente
30 - 01h 58min - cheia
22 - às 22h 46min - crescente
30 - 01h 58min - cheia
08 - às 08h 17min - minguante
Planetas visíveis a olho nu em abril
MERCÚRIO - Poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível, de manhã, por volta do instante do começo do crepúsculo civil, a partir de 10 de abril até ao fim deste mês.
VÉNUS - Poderá ser visto como estrela da tarde, mantendo-se visível até ao final de outubro.
MARTE - Pode ser visto no céu matutino no início do ano, encontrando-se na constelação de Sagitário.
JÚPITER - Pode ser visto durante mais de metade da noite.
SATURNO - No início de abril torna-se visível durante mais de metade da noite.
VÉNUS - Poderá ser visto como estrela da tarde, mantendo-se visível até ao final de outubro.
MARTE - Pode ser visto no céu matutino no início do ano, encontrando-se na constelação de Sagitário.
JÚPITER - Pode ser visto durante mais de metade da noite.
SATURNO - No início de abril torna-se visível durante mais de metade da noite.
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
Visibilidade da Estação Espacial Internacional
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
Como usar esta grelha:
Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de início, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Fonte: http://www.heavens-above.com/
Vídeo do Mês
Matéria e energia escura
(Quando necessário, para ativar as legendas automáticas proceder do seguinte modo: no canto inferior direito clicar no símbolo "roda dentada"; abrem-se as Definições; clicar aí e escolher Legendas; depois clicar em Traduzir Automaticamente; finalmente escolher Português na lista.)
(Quando necessário, para ativar as legendas automáticas proceder do seguinte modo: no canto inferior direito clicar no símbolo "roda dentada"; abrem-se as Definições; clicar aí e escolher Legendas; depois clicar em Traduzir Automaticamente; finalmente escolher Português na lista.)
Imagem do Mês
O que é aquele ponto brilhante entre a nebulosa da Lagoa e a nebulosa Trífida? É o planeta Marte. Esta espetacular imagem do céu profundo, apanhou o planeta vermelho a passar entre estas duas notáveis nebulosas, catalogadas pelo astrónomo do século XVIII, Charles Messier, como M8 e M20. A M20 (encima à direita), a nebulosa Trífida, apresenta um forte contraste entre o vermelho e o azul e as linhas negras de poeira estelar. Atravessando a parte inferior da imagem está a extensa M8 com o seu avermelhado brilho, a nebulosa da Lagoa. Estas duas nebulosas estão a poucos milhares de anos-luz de distância. Temporariamente situado entre as duas, está o dominante farol "local", Marte. Comparativamente, o planeta vermelho está apenas a cerca de 10 minutos-luz de distância.
Fonte: www.nasa.gov
Fonte: www.nasa.gov
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