dezembro 2016
Ciência Na Frente
Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande
A aceleração da expansão do Universo posta em causa
O Universo está em expansão cada vez mais rápida. Esta aceleração da expansão cósmica valeu aos seus descobridores o prémio Nobel da física em 2011. Todavia, três astrofísicos acabam de colocar em questão este pilar da cosmologia moderna. Para eles, a análise estatística das supernovas, as explosões de estrelas nas quais se funda essa observação, é compatível com uma taxa de aceleração constante. Esta nova análise estatística utiliza uma base de dados que contem informações de 740 supernovas de tipo Ia. Consideradas como «velas padrão» - a sua luminosidade intrínseca é supostamente conhecida -, estes astros som pontos de referência que marcam o Universo. Qual a diferença com as análises anteriores? Os três astrofísicos tiveram em conta um procedimento empírico para corrigir as variações de luminosidade devido, por exemplo, à presença de poeiras na vizinhança das supernovas. Obtiveram assim um resultando espantoso que, se for confirmado por outra equipa, fará grande ruído: com efeito, não será necessário que o Universo seja constituído principalmente por uma misteriosa energia repulsiva e de natureza desconhecida - a energia negra - para explicar a aceleração da expansão.
Fonte: La Recherche - dezembro 2016 - n.º 518, p. 20 - J. T. Nielsen (adaptado)
1 - Lua a 7ºN de Mercúrio - 04:00
11 - Mercúrio na sua maior elongação este - 05:00
12 - Lua no perigeu a 358 461 Km da Terra - 23:29
13 - Lua a 0,5ºN de Aldebarã - 05:00
14 - Pico da chuva de meteoros das Geminídeas
18 - Lua a 1ºS de Régulo - 19:00
19 - Mercúrio estacionário - 07:00
21 - Solstício de Inverno - 10:44
22 - Pico da chuva de meteoros das Ursídeas
25 - Lua no apogeu a 405 870 Km da Terra - 17:55
27 - Lua a 4ºN de Saturno - 21:00
28 - Mercúrio em conjunção inferior - 19:00
Os segredos revelados dos genes que nos dão cinco dedos... e não um a mais
Ao reproduzir no rato a atividade do gene Hoxa11 seguindo o modelo presente nos peixes, obtem-se uma pata de sete dedos. |
De onde vêm os cinco dedos da maior parte dos tetrápodes? Dotados de dois pares de membros, esta super-classe de vertebrados compreende os mamíferos, os anfíbios, os répteis (onde alguns perderam as suas patas) e as aves (onde as patas da frente se transformaram em asas).
Quando os primeiros tetrápodes apareceram, entre os 380 e os 375 milhões de anos, viviam na água. Mas muito rapidamente (10 milhões de anos mais tarde), aventuraram-se em terra firme, graças a uma inovação morfológica maior: o aparecimento dos seus membros, por transformação das barbatanas dos seus antepassados peixes. Uma família de genes desempenhou, nesta transformação, uma papel crucial: os genes Hox.
Da mosca aos vertebrados, os genes determinam o plano de organização dos animais com simetria bilateral. É graças a eles que a nossa cabeça, os nossos braços, o nosso tórax, o nosso abdómen, a nossa bacia... estão no lugar correto. As suas mutações têm efeitos espetaculares: elas criam, por exemplo, moscas que possuem patas em vez de antenas. Os seus genes Hox foram reagrupados no complexo ao longo dos cromossomas. «A sua ordem ao longo dos cromossomas está correlacionada com a ordem dos segmentos que eles formam ao longo do eixo antero-posterior», revela-nos François Karch, da Universidade de Genebra. «Para além disso, nos vertebrados, estes genes foram recrutados para diferenciar os diferentes segmentos dos membros, como o ombro, o braço, o antebraço, a mão e os dedos.»
Para aumentar a complexidade, os genes Hox sofreram duas duplicações nos vertebrados. Com efeito, eles existem em quatro versões: Hoxa, Hoxb, Hoxc e Hoxd, nos genes numerados de 1 a 13. Os genes situados numa extremidade de um destes complexos, Hox11 a Hox13, são aqueles que intervêm mais tardiamente no decurso do desenvolvimento do embrião. Nos membros, eles formam as partes distais, como o pulso, a mão e os dedos.
Publicado na revista Nature pela equipa de Marie Kmita, do Instituto de investigações clínicas de Montreal, um estudo precisa como os genes modelam os cinco dedos. A equipa de Denis Duboule, em Genebra, tinha mostrado anteriormente que o Hoxd13 agia inibindo o Hoxd11, expresso mais cedo e mais acima do membro. Esta inibição parece indispensável para a formação de apenas cinco dedos - e não mais algum. Isto porque se mutarmos Hoxd13, criam-se ratos com mais de cinco dedos, ditos atingidos de polidactilia.
A equipa de Marie Kmita fez um elegante jogo de mutações com ratinhos. «Para que este tetrápode tenha cinco dedos, é necessário que os genes Hoxa11 e Hoxa13 não se exprimam nas mesmas células, no seio das extremidades das patas em desenvolvimento», explica François Karch, que não participou no estudo. Se isto não acontecer, o roedor será polidactilo. «Os estudos fósseis mostram que os primeiros tetrápodes estavam dotados de seis a oito dedos», sublinha Marie Kmita. Porque é que a maior parte dos tetrápodes atuais não têm mais de cinco dedos? Este estudo revela uma parte do mistério.
Quando os primeiros tetrápodes apareceram, entre os 380 e os 375 milhões de anos, viviam na água. Mas muito rapidamente (10 milhões de anos mais tarde), aventuraram-se em terra firme, graças a uma inovação morfológica maior: o aparecimento dos seus membros, por transformação das barbatanas dos seus antepassados peixes. Uma família de genes desempenhou, nesta transformação, uma papel crucial: os genes Hox.
Da mosca aos vertebrados, os genes determinam o plano de organização dos animais com simetria bilateral. É graças a eles que a nossa cabeça, os nossos braços, o nosso tórax, o nosso abdómen, a nossa bacia... estão no lugar correto. As suas mutações têm efeitos espetaculares: elas criam, por exemplo, moscas que possuem patas em vez de antenas. Os seus genes Hox foram reagrupados no complexo ao longo dos cromossomas. «A sua ordem ao longo dos cromossomas está correlacionada com a ordem dos segmentos que eles formam ao longo do eixo antero-posterior», revela-nos François Karch, da Universidade de Genebra. «Para além disso, nos vertebrados, estes genes foram recrutados para diferenciar os diferentes segmentos dos membros, como o ombro, o braço, o antebraço, a mão e os dedos.»
Para aumentar a complexidade, os genes Hox sofreram duas duplicações nos vertebrados. Com efeito, eles existem em quatro versões: Hoxa, Hoxb, Hoxc e Hoxd, nos genes numerados de 1 a 13. Os genes situados numa extremidade de um destes complexos, Hox11 a Hox13, são aqueles que intervêm mais tardiamente no decurso do desenvolvimento do embrião. Nos membros, eles formam as partes distais, como o pulso, a mão e os dedos.
Publicado na revista Nature pela equipa de Marie Kmita, do Instituto de investigações clínicas de Montreal, um estudo precisa como os genes modelam os cinco dedos. A equipa de Denis Duboule, em Genebra, tinha mostrado anteriormente que o Hoxd13 agia inibindo o Hoxd11, expresso mais cedo e mais acima do membro. Esta inibição parece indispensável para a formação de apenas cinco dedos - e não mais algum. Isto porque se mutarmos Hoxd13, criam-se ratos com mais de cinco dedos, ditos atingidos de polidactilia.
A equipa de Marie Kmita fez um elegante jogo de mutações com ratinhos. «Para que este tetrápode tenha cinco dedos, é necessário que os genes Hoxa11 e Hoxa13 não se exprimam nas mesmas células, no seio das extremidades das patas em desenvolvimento», explica François Karch, que não participou no estudo. Se isto não acontecer, o roedor será polidactilo. «Os estudos fósseis mostram que os primeiros tetrápodes estavam dotados de seis a oito dedos», sublinha Marie Kmita. Porque é que a maior parte dos tetrápodes atuais não têm mais de cinco dedos? Este estudo revela uma parte do mistério.
O que posso observar no céu de dezembro?
1 - Lua a 7ºN de Mercúrio - 04:00
11 - Mercúrio na sua maior elongação este - 05:00
12 - Lua no perigeu a 358 461 Km da Terra - 23:29
13 - Lua a 0,5ºN de Aldebarã - 05:00
14 - Pico da chuva de meteoros das Geminídeas
18 - Lua a 1ºS de Régulo - 19:00
19 - Mercúrio estacionário - 07:00
21 - Solstício de Inverno - 10:44
22 - Pico da chuva de meteoros das Ursídeas
25 - Lua no apogeu a 405 870 Km da Terra - 17:55
27 - Lua a 4ºN de Saturno - 21:00
28 - Mercúrio em conjunção inferior - 19:00
Fases da Lua em dezembro
29 - às 06h 53min - nova
7 - às 09h 03min - crescente
7 - às 09h 03min - crescente
14 - às 00h 06min - cheia
21 - às 01h 56min - minguante
Planetas visíveis a olho nu em dezembro
MERCÚRIO - Poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Mercúrio pode ser visto, durante este mês, no fim do crepúsculo civil, até 23 de dezembro.
VÉNUS - Pode ser visto, até ao final do ano, como estrela da tarde.
MARTE - Só pode ser visto ao anoitecer na constelação de Aquário a partir de meados de dezembro.
JÚPITER - Pode ser visto como estrela da manhã.
SATURNO - Irá reaparecer como estrela da manhã em meados de dezembro.
VÉNUS - Pode ser visto, até ao final do ano, como estrela da tarde.
MARTE - Só pode ser visto ao anoitecer na constelação de Aquário a partir de meados de dezembro.
JÚPITER - Pode ser visto como estrela da manhã.
SATURNO - Irá reaparecer como estrela da manhã em meados de dezembro.
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
Visibilidade da Estação Espacial Internacional
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
Data | Magnitude | Início | Ponto mais alto | Fim | Tipo da passagem | ||||||
(mag) | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | ||
20-12 | -2,4 | 17:52:45 | 10° | ONO | 17:55:58 | 52° | SO | 17:59:11 | 10° | SE | visível |
21-12 | 0,2 | 18:38:55 | 10° | OSO | 18:40:03 | 11° | SO | 18:41:10 | 10° | SSO | visível |
22-12 | -0,3 | 17:45:39 | 10° | O | 17:48:14 | 21° | SO | 17:50:49 | 10° | S | visível |
29-12 | -0,5 | 06:49:48 | 10° | S | 06:52:18 | 21° | SE | 06:54:49 | 10° | E | visível |
Como usar esta grelha:
Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de início, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Fonte: http://www.heavens-above.com/
Vídeo do Mês
Humanos - Vol. 1 - versão original
Imagem do Mês
Porque é que há uma ponte entre estas duas galáxias espirais? Feita de gás e estrelas, esta ponte oferece-nos fortes evidências de que estes dois imensos sistemas estelares passaram muito próximo um do outro e sentiram violentos efeitos de maré, induzidos por uma mútua gravidade. Conhecidas pelo nome de Arp 240, mas individualmente como NGC 5257 e NGC 5258, as simulações em computador e de acordo com a idade dos enxames de estrelas, sabemos que a primeira passagem entre as duas galáxias foi há cerca de 250 milhões de anos. As marés gravitacionais não afastaram apenas a matéria, mas também comprimiram o gás originando a formação de estrelas em ambas as galáxias e à formação da estranha ponte. Parece que as fusões galáticas são comuns, com a Arp 240 representando um momento instantâneo de um processo inevitável. O par Arp 240 está a cerca de 300 milhões de anos-luz de distância e pode ser visto com um pequeno telescópio na direção da constelação da Virgem. As repetidas passagens próximas irão levar a uma fusão e à formação de uma única galáxia.
Fonte: www.nasa.gov
Fonte: www.nasa.gov
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