fevereiro 2016
Ciência Na Frente
Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande
Descoberta de um objeto celeste nos confins do sistema solar
V774104. Este nome de código designa um objeto com algumas centenas de quilómetros de diâmetro e que é o objeto que está à maior distância da nossa estrela, no nosso sistema solar: um pouco mais do que 15 mil milhões de quilómetros, ou seja, 103 vezes a distância da Terra ao Sol e 3 vezes mais afastado do Sol do que Plutão.
Esta descoberta acaba de ser anunciada durante o congresso da União Americana de Astronomia, no National Harbor, em Maryland, pela equipa de Scott Sheppard e Chadwick Trujillo. Estes astrónomos, que seguem este tipo de astros longínquos, já tinham observado em 2012 um objeto similar e que foi batizado 2012VP113.
O princípio que permite detetar estes objetos é muito simples: um telescópio, neste caso o telescópio japonês Subaru, situado no Hawai, obtém várias fotografias de uma mesma região do céu com algumas dezenas de minutos de intervalo. «Procuramos nas imagens coisas que se mexam em relação ao plano de fundo das estrelas longínquas, nas quais não se percebe o seu movimento - explica Chadwick Trujillo. Há muitos objetos próximos que se movem muito rapidamente, como os asteróides. Mas, por vezes, encontramos um objeto que se move lentamente.» Este deslocamento lento significa que o objeto descreve uma órbita muito grande e os cientistas deduzem, a partir daí, a sua distância.
Se a distância a que se encontra o V774104 é um record, a sua trajetória exata à volta do Sol ainda não é conhecida. Para isso é necessário seguir o objeto durante vários meses, para se verificar se está a aproximar-se ou não. Há duas possibilidades: ou o objeto se encontra atualmente no ponto mais afastado da sua órbita e estará a aproximar-se do planeta Neptuno nos próximos meses. Juntar-se-á, assim, aos numerosos objetos deste tipo que são influenciados por Neptuno. Ou o V774104 não se aproxima mais do que as 35 unidades astronómicas do Sol. Neste caso seria uma raridade. Só dois pequenos corpos comparáveis a este são conhecidos: 2012VP113 e Sedna.
«De qualquer maneira, a descoberta do V774104 é importante», sublinha Benoît Carry, astrónomo do Observatório da Côte d'Azur. O record não é por si só importante. «Sedna foi descoberto muito próximo de nós, mas sabemos que a sua órbita o levará para bem longe, continua Benoît Carry. Estes corpos são interessantes para compreender o que é que se passou na infância do sistema solar e que deixou marcas na distribuição dos objetos à volta do Sol».
Esta descoberta acaba de ser anunciada durante o congresso da União Americana de Astronomia, no National Harbor, em Maryland, pela equipa de Scott Sheppard e Chadwick Trujillo. Estes astrónomos, que seguem este tipo de astros longínquos, já tinham observado em 2012 um objeto similar e que foi batizado 2012VP113.
O princípio que permite detetar estes objetos é muito simples: um telescópio, neste caso o telescópio japonês Subaru, situado no Hawai, obtém várias fotografias de uma mesma região do céu com algumas dezenas de minutos de intervalo. «Procuramos nas imagens coisas que se mexam em relação ao plano de fundo das estrelas longínquas, nas quais não se percebe o seu movimento - explica Chadwick Trujillo. Há muitos objetos próximos que se movem muito rapidamente, como os asteróides. Mas, por vezes, encontramos um objeto que se move lentamente.» Este deslocamento lento significa que o objeto descreve uma órbita muito grande e os cientistas deduzem, a partir daí, a sua distância.
Se a distância a que se encontra o V774104 é um record, a sua trajetória exata à volta do Sol ainda não é conhecida. Para isso é necessário seguir o objeto durante vários meses, para se verificar se está a aproximar-se ou não. Há duas possibilidades: ou o objeto se encontra atualmente no ponto mais afastado da sua órbita e estará a aproximar-se do planeta Neptuno nos próximos meses. Juntar-se-á, assim, aos numerosos objetos deste tipo que são influenciados por Neptuno. Ou o V774104 não se aproxima mais do que as 35 unidades astronómicas do Sol. Neste caso seria uma raridade. Só dois pequenos corpos comparáveis a este são conhecidos: 2012VP113 e Sedna.
«De qualquer maneira, a descoberta do V774104 é importante», sublinha Benoît Carry, astrónomo do Observatório da Côte d'Azur. O record não é por si só importante. «Sedna foi descoberto muito próximo de nós, mas sabemos que a sua órbita o levará para bem longe, continua Benoît Carry. Estes corpos são interessantes para compreender o que é que se passou na infância do sistema solar e que deixou marcas na distribuição dos objetos à volta do Sol».
Fonte: La Recherche - janeiro 2016 - n.º 507, p. 31 - Sylvain Guilbaud (adaptado)
3 - Saturno 3ºS da Lua - 19:00
11 - Lua no perigeu - 3:00
24 - Júpiter a 1,7ºN da Lua - 4:00
27 - Lua no apogeu - 3:00
Uma nova partícula detetada no LHC?
Depois de dois anos de trabalho, consagrado a aumentar a sua potência, o colisionador LHC (Large Hadron Colider - Grande Colisionador de Hadrões), do Cern (Centre Européean de Recherche Nucléair - Centro Europeu de Investigação Nuclear), reiniciou-se em junho de 2015 com colisões de protões com uma energia de 13 teraeletrovoltes. Recentemente, a blogosfera e as redes sociais fervilhavam com rumores em relação a um sinal promissor: um excesso de pares de fotões com uma energia próxima dos 750 gigaeletrovoltes, uma possível assinatura de uma nova partícula.
Durante uma conferência ocorrida em 15 de dezembro, os coordenadores da física dos dois complexos de deteção CMS e ATLAS, Jim Olsen, da Universidade de Princeton e Marumi Kado, do laboratório do acelerador linear da Universidade Paris-Sul, confirmaram a observação de um sinal desse tipo, independentemente com os dois dispositivos. Contudo, chamam a atenção que se deve ser prudente, já que os detetores ainda não acumularam dados suficientes para que se possa falar numa nova descoberta.
A descoberta do bosão de Higgs em 2012 (ver neste blog a entrada de outubro de 2012) confirmou mais uma vez o modelo standard da física das partículas, mas suspeita-se que este modelo será a versão de baixa energia de uma teoria mais fundamental. O sinal de 750 gigaeletrovoltes poderá revelar uma teoria desse tipo e isso por causa da desintegração de uma partícula inédita.
Entretanto, este sinal poderá não ser mais do que uma acumulação fortuita de dados com esta energia. As colisões protão-protão serão retomadas em abril de 2016. Os dados suplementares acumulados em três meses, deverão ser suficientes para resolver a questão.
Por outro lado, os teóricos começam a imaginar qual será a natureza desta eventual partícula que se desintegra em dois fotões. Talvez um segundo bosão de Higgs que é previsto por algumas teorias? Ou uma partícula ligada a modelos onde o espaço tem mais do três dimensões?
Durante uma conferência ocorrida em 15 de dezembro, os coordenadores da física dos dois complexos de deteção CMS e ATLAS, Jim Olsen, da Universidade de Princeton e Marumi Kado, do laboratório do acelerador linear da Universidade Paris-Sul, confirmaram a observação de um sinal desse tipo, independentemente com os dois dispositivos. Contudo, chamam a atenção que se deve ser prudente, já que os detetores ainda não acumularam dados suficientes para que se possa falar numa nova descoberta.
A descoberta do bosão de Higgs em 2012 (ver neste blog a entrada de outubro de 2012) confirmou mais uma vez o modelo standard da física das partículas, mas suspeita-se que este modelo será a versão de baixa energia de uma teoria mais fundamental. O sinal de 750 gigaeletrovoltes poderá revelar uma teoria desse tipo e isso por causa da desintegração de uma partícula inédita.
Entretanto, este sinal poderá não ser mais do que uma acumulação fortuita de dados com esta energia. As colisões protão-protão serão retomadas em abril de 2016. Os dados suplementares acumulados em três meses, deverão ser suficientes para resolver a questão.
Por outro lado, os teóricos começam a imaginar qual será a natureza desta eventual partícula que se desintegra em dois fotões. Talvez um segundo bosão de Higgs que é previsto por algumas teorias? Ou uma partícula ligada a modelos onde o espaço tem mais do três dimensões?
O que posso observar no céu de fevereiro?
3 - Saturno 3ºS da Lua - 19:00
11 - Lua no perigeu - 3:00
24 - Júpiter a 1,7ºN da Lua - 4:00
27 - Lua no apogeu - 3:00
Fases da Lua em janeiro
08 - às 14h 39min - nova
15 - às 07h 46min - crescente
15 - às 07h 46min - crescente
22 - às 18h 20min - cheia
01 - às 03h 28min - minguante
Planetas visíveis a olho nu em fevereiro
MERCÚRIO - Poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível de tarde entre 1 e 9 de janeiro. Será visível de manhã, cerca do começo do crepúsculo civil, durante este mês.
VÉNUS -Pode ser visto como estrela da manhã.
MARTE - Nasce pouco depois da meia-noite na constelação da Virgem, encanta-se na constelação de Balança.
JÚPITER - Pode ser visto na constelação de Leão e pode ser visto por mais de metade da noite.
SATURNO - Nasce antes do Sol na constelação de Ofiúco, onde permanecerá até ao final do ano. Pode ser visto ao amanhecer.
VÉNUS -Pode ser visto como estrela da manhã.
MARTE - Nasce pouco depois da meia-noite na constelação da Virgem, encanta-se na constelação de Balança.
JÚPITER - Pode ser visto na constelação de Leão e pode ser visto por mais de metade da noite.
SATURNO - Nasce antes do Sol na constelação de Ofiúco, onde permanecerá até ao final do ano. Pode ser visto ao amanhecer.
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
Visibilidade da Estação Espacial Internacional
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
NÃO HÁ PASSAGENS VISÍVEIS NESTA LOCALIZAÇÃO ATÉ 3 DE MARÇO
Como usar esta grelha:
Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de inicio, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Fonte: http://www.heavens-above.com/
Vídeo do Mês
História da Geologia - Episódio 1
Imagem do Mês
O que é que pode provocar com que uma nebulosa fique quadrada? Ninguém sabe ao certo. Todavia, o quente sistema estelar conhecido como MCW 922 parece envolvido numa nebulosa com um formato desse tipo. Esta imagem combina exposições de infravermelhos do Telescópio Hale, do Monte Palomar, na Califórnia e do Telescópio Keck-2, no Mauna Kea, no Hawai. A hipótese que lidera a explicação para esta nebulosa quadrada é a que diz que a estrela ou estrelas centrais, de alguma forma expelem cones de gás durante um estádio de desenvolvimento tardio. Para a MWC 922, estes cones parecem incorporar quase ângulos perfeitos e visíveis dos lados. Algumas das evidências para a hipótese dos cones, incluem os raios radiais da foto que poderão seguir ao longo das paredes do cone. Os investigadores especulam que estes cones, vistos de outro ângulo, se assemelham aos anéis gigantescos da supernova 1987A, possivelmente indicando que a estrela da nebulosa MWC 922 pode, um dia, explodir numa supernova semelhante.
Fonte: www.nasa.gov
Fonte: www.nasa.gov
Comentários
Enviar um comentário