setembro 2015
Ciência Na Frente
Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande
Vimos as primeiras estrelas do Universo
Numa galáxia longínqua, situada a 13 mil milhões de anos-luz da Terra, astrónomos observaram pela primeira vez, a mais antiga geração de estrelas do cosmos.
São as antepassadas de todas as estrelas que brilham atualmente no cosmos. Estas estrelas da primeira geração, formadas no início do Universo a partir da matéria saída diretamente do Big Bang e que teriam desaparecido logo nessa altura, permaneciam até agora como objetos apenas teóricos. Agora, um grupo de astrónomos acaba de lhes por "a vista em cima". A 13 mil milhões de anos-luz da Terra, numa das galáxias mais longínquas jamais descobertas, a equipa de David Sobral, da Universidade de Lisboa, em Portugal e do observatório de Leyde, na Holanda, observaram pela primeira vez representantes destes astros primordiais.
Para os astrónomos, estas primeiras estrelas são de uma importância capital. Em primeiro lugar porque foram elas que, ao se iluminarem algumas centenas de milhões de anos após o Big Bang, fizeram sair o Universo do período de obscuridade no qual estava mergulhado. Em segundo lugar, porque «foi no interior destes astros que foram fabricados, por fusão termonuclear, os primeiros elementos mais pesados e que eram os únicos disponíveis, após o Big Bang, para formar as estrelas: o hidrogénio, o hélio e o lítio», explica Daniel Schaefer, um dos autores da descoberta e investigador na universidade de Genebra, na Suíça, e no CNRS.
Ao explodirem no final da sua vida, estas estrelas ditas de população III, dispersaram à volta delas todos os seus metais pesados - ou apenas «metais», como lhes chamam os astrónomos - que seriam em seguida incorporados nas gerações de estrelas seguintes: em primeiro lugar nas chamadas da geração II (as menos metálicas, observadas na periferia da nossa galáxia), e depois as da população I (as mais ricas em metais e da qual faz parte o nosso Sol). Assim, de geração em geração, o cosmos enriqueceu-se destes ingredientes sem os quais a formação dos planetas e dos seres vivos não teria sido possível.
São as antepassadas de todas as estrelas que brilham atualmente no cosmos. Estas estrelas da primeira geração, formadas no início do Universo a partir da matéria saída diretamente do Big Bang e que teriam desaparecido logo nessa altura, permaneciam até agora como objetos apenas teóricos. Agora, um grupo de astrónomos acaba de lhes por "a vista em cima". A 13 mil milhões de anos-luz da Terra, numa das galáxias mais longínquas jamais descobertas, a equipa de David Sobral, da Universidade de Lisboa, em Portugal e do observatório de Leyde, na Holanda, observaram pela primeira vez representantes destes astros primordiais.
Para os astrónomos, estas primeiras estrelas são de uma importância capital. Em primeiro lugar porque foram elas que, ao se iluminarem algumas centenas de milhões de anos após o Big Bang, fizeram sair o Universo do período de obscuridade no qual estava mergulhado. Em segundo lugar, porque «foi no interior destes astros que foram fabricados, por fusão termonuclear, os primeiros elementos mais pesados e que eram os únicos disponíveis, após o Big Bang, para formar as estrelas: o hidrogénio, o hélio e o lítio», explica Daniel Schaefer, um dos autores da descoberta e investigador na universidade de Genebra, na Suíça, e no CNRS.
Ao explodirem no final da sua vida, estas estrelas ditas de população III, dispersaram à volta delas todos os seus metais pesados - ou apenas «metais», como lhes chamam os astrónomos - que seriam em seguida incorporados nas gerações de estrelas seguintes: em primeiro lugar nas chamadas da geração II (as menos metálicas, observadas na periferia da nossa galáxia), e depois as da população I (as mais ricas em metais e da qual faz parte o nosso Sol). Assim, de geração em geração, o cosmos enriqueceu-se destes ingredientes sem os quais a formação dos planetas e dos seres vivos não teria sido possível.
Fonte: La Recherche - setembro 2015 - n.º 503, pp. 8 e 9 - Julien Bourdet (adaptado)
4 - Mercúrio na sua maior elongação este - 11:00
10 - Lua a 3ºN de Vénus - 07:00
11 - Lua a 5ºS de Marte - 00:00
14 - Lua no apogeu (406 464 Km da Terra) - 12:27
19 - Lua a 3ºN de Saturno - 04:00
21 - Vénus com um brilho de -4,8, o mais brilhante da manhã -
23 - Equinócio de outono - 09:21
28 - Lua no perigeu (356 877 Km da Terra) - 03:50; eclipse lunar total entre as 01:13 e as 06:22
Espantoso Plutão
Plutão já não é esse astro desconhecido nos confins do sistema solar. Após quase nove anos de viagem, a sonda americana New Horizons, que se aproximou dele no passado dia 14 de julho, fotografou-o e analisou-o detalhadamente. O conjunto de dados recolhidos deste astro gelado e dos seus satélites ainda vão demorar quase um ano a chegarem até nós - para distâncias como estas não há descargas rápidas -, mas os primeiros grandes planos já trouxeram algumas surpresas. A superfície amarelada, com poucas crateras, é sinal de uma atividade geológica intensa, o que corrobora a presença espantosa de montanhas com vários quilómetros de altura. Uma atividade que resulta, sem dúvida, da órbita particular de Plutão, muito alongada e com uma inclinação de quase 60º, em relação ao plano da órbita da Terra à volta do Sol. Leitos de gelo, uma atmosfera que se escapa, as surpresas não param. À medida que as imagens vão chegando vamos aprendendo mais sobre este planeta anão - mais pequeno que a Lua - assim como sobre os seus cinco satélites, dos quais Charon é o mais imponente entre eles. A pesquisa ainda agora começou.
O que posso observar no céu de setembro?
4 - Mercúrio na sua maior elongação este - 11:00
10 - Lua a 3ºN de Vénus - 07:00
11 - Lua a 5ºS de Marte - 00:00
14 - Lua no apogeu (406 464 Km da Terra) - 12:27
19 - Lua a 3ºN de Saturno - 04:00
21 - Vénus com um brilho de -4,8, o mais brilhante da manhã -
23 - Equinócio de outono - 09:21
28 - Lua no perigeu (356 877 Km da Terra) - 03:50; eclipse lunar total entre as 01:13 e as 06:22
Fases da Lua em setembro
13 - às 07h 41min - nova
21 - às 09h 59min - crescente
21 - às 09h 59min - crescente
28 - às 03h 50min - cheia
05 - às 10h 54min - minguante
Planetas visíveis a olho nu em setembro
MERCÚRIO - Poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível, de tarde, cerca do instante do fim do crepúsculo civil, durante todo o mês de setembro até ao dia 24. Encontra-se na direção Oeste.
VÉNUS -Pode ser visto como estrela da manhã.
MARTE - Em inícios de setembro estará em Leão, de manhã, passando a 0,8º a norte de Régulo em 24 deste mês.
JÚPITER - Pode ser visto na constelação de Leão, de manhã, onde permanecerá até ao final do ano.
SATURNO - Pode ser visto na constelação de Balança durante toda a noite.
VÉNUS -Pode ser visto como estrela da manhã.
MARTE - Em inícios de setembro estará em Leão, de manhã, passando a 0,8º a norte de Régulo em 24 deste mês.
JÚPITER - Pode ser visto na constelação de Leão, de manhã, onde permanecerá até ao final do ano.
SATURNO - Pode ser visto na constelação de Balança durante toda a noite.
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
Visibilidade da Estação Espacial Internacional
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
Data | Magnitude | Início | Ponto mais alto | Fim | Tipo da passagem | ||||||
(mag) | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | ||
27-9 | -3,5 | 05:59:28 | 41° | ONO | 06:00:28 | 83° | SO | 06:03:46 | 10° | SE | visível |
28-9 | -0,9 | 05:10:06 | 21° | ESE | 05:10:06 | 21° | ESE | 05:11:25 | 10° | ESE | visível |
28-9 | -1,6 | 06:42:49 | 13° | O | 06:44:25 | 18° | SO | 06:46:40 | 10° | S | visível |
29-9 | -1,7 | 05:53:39 | 23° | S | 05:53:39 | 23° | S | 05:55:17 | 10° | SSE | visível |
1-10 | -0,8 | 20:44:58 | 10° | S | 20:45:16 | 12° | S | 20:45:16 | 12° | S | visível |
2-10 | -1,1 | 19:54:55 | 10° | SE | 19:55:15 | 10° | SE | 19:55:42 | 10° | ESE | visível |
2-10 | -0,6 | 21:28:02 | 10° | SO | 21:28:40 | 15° | SO | 21:28:40 | 15° | SO | visível |
3-10 | -3,1 | 20:35:52 | 10° | SO | 20:39:00 | 47° | SE | 20:39:10 | 47° | SE | visível |
4-10 | -2,0 | 19:44:05 | 10° | S | 19:46:46 | 24° | SE | 19:49:28 | 10° | ENE | visível |
4-10 | -1,4 | 21:20:02 | 10° | O | 21:22:08 | 30° | ONO | 21:22:08 | 30° | ONO | visível |
5-10 | -3,2 | 20:27:28 | 10° | OSO | 20:30:42 | 70° | NO | 20:32:15 | 28° | NE | visível |
6-10 | -3,2 | 19:35:09 | 10° | SO | 19:38:21 | 60° | SE | 19:41:35 | 10° | ENE | visível |
6-10 | -1,2 | 21:12:21 | 10° | ONO | 21:14:54 | 23° | NNO | 21:14:54 | 23° | NNO | visível |
Como usar esta grelha:
Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de inicio, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Fonte: http://www.heavens-above.com/
Vídeo do Mês
Génios da Grã-Bretanha - episódio 1
Imagem do Mês
M31: a galáxia de Andrómeda
Qual a galáxia mais próxima da nossa galáxia, a Via Láctea? Andrómeda. De facto, a nossa galáxia é muito semelhante à galáxia de Andrómeda. Juntas, estas duas galáxias dominam o Grupo Local de galáxias. A luz difusa de Andrómeda é causada pelas centenas de milhares de milhões de estrelas que a compõem. As diferentes estrelas que rodeiam Andrómeda nesta imagem são atualmente estrelas da nossa galáxia e que se encontram em frente dela. Andrómeda é frequentemente chamada de M31, já que é o objeto número 31 da lista de objetos difusos de Messier. M31 está tão longe que a sua luz demora cerca de dois milhões de anos a chegar até nós. Apesar de ser visível à vista desarmada, esta imagem da M31 é um mosaico digital de 20 imagens obtidas com um pequeno telescópio. Desconhecemos quase tudo acerca da M31, incluindo quanto tempo faltará antes de colidir com a nossa galáxia.
Fonte: www.nasa.gov
Fonte: www.nasa.gov
Comentários
Enviar um comentário