maio 2015












Ciência Na Frente

Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande


Einstein ainda está certo

Graças ao telescópio Fermi, os astrónomos cronometraram fotões de energia diferente vindos de uma explosão longínqua de raios gama. Concluíram que a velocidade da luz é constante, qualquer que seja a energia.


Em 1905, na sua teoria da relatividade restrita, Albert Einstein predizia que as partículas luminosas, ou fotões, se propagam todos à mesma velocidade - ou seja à velocidade da luz, à volta dos 300 000 Km/s -, qualquer que seja a sua energia. A confirmação desta afirmação foi feita, pela primeira vez, por uma equipa internacional de físicos dirigida por Tsvi Piran, da universidade hebraica de Jerusalém, em Israel.
Os físicos estudaram, com a ajuda do telescópio espacial Fermi, um fenómeno excecionalmente luminoso, uma explosão de raios gama. Batizada GRB090510, esta explosão deu-se a 7 mil milhões de anos-luz da Terra; caracteriza-se pela sua brevidade (à volta de um segundo) e pela produção de fotões de alta energia - até 31 giga elétron-volts. Várias centenas de fotões, em que o nível de energia está compreendido entre várias centenas de kilo elétron-volts e alguns giga elétron-volts, foram usados para a análise. Os investigadores focalizaram-se no tempo que estes fotões demoravam a chegar à Terra. A análise mostra que todos chegaram ao mesmo tempo, com diferenças de frações de segundo, apesar das energias muito diferentes.
Para estes investigadores, e com o nível de certeza da sua análise (95%), há pouco espaço para a existência de uma estrutura de espaço-tempo à escala microscópica. Esta hipótese, lançada em 1955 pelo físico americano John Wheeler, com o objetivo de corrigir a relatividade restrita em escalas ínfimas, propunha que os fotões, ao atravessarem essa estrutura, sofressem uma desaceleração em função da sua energia.   
                
Fonte: La Recherche - maio 2015 - n.º 499, p. 20 Vincent Glavieux (adaptado)  



Imensa Via Láctea


A nossa galáxia será 50% maior do que aquilo que se estimava e a sua parte externa será ondulada. Uma conclusão que resulta da análise detalhada de área enorme do céu.

Qual é o tamanho da nossa galáxia, a Via Láctea? Uma equipa internacional sugere que o disco de estrelas onde está integrado o nosso Sol terá um diâmetro não de 100 000, mas de 150 000 anos-luz. Para chegar a este número, os astrónomos analisaram os dados do Sloan Digital Sky Survey, um levantamento de mais de 100 milhões de objetos celestes iniciado em 2000, com a ajuda de um telescópio com 2,5 metros de diâmetro. A nossa galáxia tem a forma de um gigantesco disco composto por centenas de milhões de estrelas. A sua observação e a compreensão da sua estrutura é difícil já que estamos dentro dela. Os dados analisados dizem respeito a astros situados no lado oposto do centro da galáxia. Alguns anéis de estrelas já conhecidos nessa região consideravam-se até agora fora da galáxia. A posição desses anéis de estrelas, ligeiramente por cima e por baixo do plano do disco galático, era compatível com um modelo de disco externo da nossa plissada galáxia, tal como as ondas que se propagam na superfície da água. «Se estes astrónomos tiverem razão e se estes astros fizerem parte da nossa galáxia, podemos considerar que ela se estende por um diâmetro de 150 000 anos-luz, admite Nicolas Prantos, do instituto de astrofísica de Paris. Em contrapartida, esta extensão contem muito poucas estrelas para que possam modificar a massa do disco galático».    
     
Fonte: La Recherche - maio 2015 - n.º 499, p. 24 Philippe Pajot (adaptado) 



O que posso observar no céu de maio?


15 - Lua no perigeu - 00h 18min    
26 - Lua no apogeu - 22h 30min
28 - Chuva de estrelas Aquáridas - 03h






Fases da Lua em maio


18 - às 05h 13min - nova

25 - às 18h 19min - crescente

04 - às 04h 42min - cheia

  11 - às 11h 36min - minguante











Planetas visíveis a olho nu em maio

MERCÚRIO - Poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível, de tarde, cerca do fim do crepúsculo civil, como  "estrela da tarde" até meados de maio. Encontra-se na direção Oeste. 

VÉNUS -Pode ser visto como estrela da tarde.


MARTE - Não é visível por se encontrar muito próximo do Sol. 

JÚPITER - Pode ser visto na constelação de Caranguejo durante mais de metade da noite
.

SATURNO Pode ser visto como estrela da manhã na constelação de Escorpião e na segunda semana de maio estará em oposição podendo ser visto toda a noite.


Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa 




(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)

DataMagnitudeInícioPonto mais altoFimTipo da passagem
(mag)HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.
11-5-0,705:45:3010°SSE05:47:1514°SE05:49:0610°Evisível
                    
Como usar esta grelha:


Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de inicio, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.

Fonte: http://www.heavens-above.com/




Vídeo do Mês






Teoria das cordas - Universo elegante - O sonho de Einstein


Imagem do Mês



O cometa Churyumov Gerasimenko em crescente

O que é que está a acontecer ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko? À medida que este cometa de 3 km de comprimento se aproxima do Sol, o calor faz com que o seu núcleo expele gás e poeira. O veículo espacial Roseta chegou ao rochoso duplo núcleo do cometa no passado mês de julho e está agora a orbitar o Sol com este iceberg negro gigante. Recentes análises de dados enviados para a Terra a partir do robot do veículo espacial Roseta, mostraram que a água expelida pelo 67P era significativamente diferente da água da Terra, podendo assim indicar que a água da Terra pode não ter sido originada pela colisão de cometas como o 67P. Para além disso, nem o Roseta, nem a sonda Philae, que aterrou no cometa, detetaram um campo magnético no seu núcleo, podendo indicar que o magnetismo pode não ter tido importância na evolução inicial do sistema solar. O cometa 67P, aqui mostrado numa fase crescente e em cores falsas, deve aumentar a quantidade de evaporação à medida que se vai aproximando do Sol em agosto deste ano, quando estiver a uma distância do Sol um pouco maior do que a da Terra.
Fonte: www.nasa.gov

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