agosto 2014
Ciência Na Frente
Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande
Como nasceram os primeiros continentes?
As camadas de magma que formaram os primeiros continentes podem ser do mesmo tipo das que deram origem à Islândia
Quando se deu um arrefecimento do nosso planeta, após a sua formação, formou-se rapidamente uma crosta. A natureza desta crosta primitiva é mal conhecida, já que dela existem poucos vestígios. Jesse Reimink e os seus colaboradores, da Universidade de Alberta, no Canadá, interessaram-se pela formação dos primeiros continentes a partir desta crosta primitiva. Analisaram a composição de rochas continentais, das mais antigas conhecidas, datadas de 4,02 mil milhões de anos. Estes geoquímicos concluíram que os continentes nasceram a partir de mecanismos semelhantes aos que formaram a Islândia.
Atualmente a crosta terrestre é constituída pela crosta oceânica e a crosta continental e que se distinguem pela sua composição (rocha basáltica para a primeira e granítica para a segunda. Os atuais continentes formaram-se através de processos de subducção ligados à tectónica de placas. Quando uma placa mergulha no manto, os seus elementos menos densos sobem e originam um vulcanismo, que deu origem aos continentes. Todavia, a tectónica de placas provavelmente não estava ativa à quatro mil milhões de anos.
Os geoquímicos isolaram amostras de gneisse (uma rocha granítica) proveniente do complexo rochoso chamado Acasta Gneisse, situado no norte do Canadá e que é da época dos primeiros continentes. A fraca quantidade de amostras de alumínio, a sua riqueza em ferro e as suas concentrações em terras raras, sugerem que a rocha se formou a partir de um magma de baixa profundidade, igual ao dos pontos quentes ou dos riftes. O magma ter-se-ia incorporado na crosta pré-existente e teria formado os primeiros continentes. Este cenário lembra o da formação da Islândia, ilha que nasceu a partir de um ponto quente, situado por baixo da dorsal médio-oceânica, do Atlântico Norte.
Atualmente a crosta terrestre é constituída pela crosta oceânica e a crosta continental e que se distinguem pela sua composição (rocha basáltica para a primeira e granítica para a segunda. Os atuais continentes formaram-se através de processos de subducção ligados à tectónica de placas. Quando uma placa mergulha no manto, os seus elementos menos densos sobem e originam um vulcanismo, que deu origem aos continentes. Todavia, a tectónica de placas provavelmente não estava ativa à quatro mil milhões de anos.
Os geoquímicos isolaram amostras de gneisse (uma rocha granítica) proveniente do complexo rochoso chamado Acasta Gneisse, situado no norte do Canadá e que é da época dos primeiros continentes. A fraca quantidade de amostras de alumínio, a sua riqueza em ferro e as suas concentrações em terras raras, sugerem que a rocha se formou a partir de um magma de baixa profundidade, igual ao dos pontos quentes ou dos riftes. O magma ter-se-ia incorporado na crosta pré-existente e teria formado os primeiros continentes. Este cenário lembra o da formação da Islândia, ilha que nasceu a partir de um ponto quente, situado por baixo da dorsal médio-oceânica, do Atlântico Norte.
Fonte: Pour la Science - agosto 2014 - n.º 442, p. 7 - Sean Bailly (adaptado)
Investigadores russos e norte-americanos desenvolveram um novo elemento químico - o 117 - que permitirá uma série de novas experiências
O elemento 117 confirmado
Investigadores russos e norte-americanos desenvolveram um novo elemento químico - o 117 - que permitirá uma série de novas experiências
Quatro anos, foi o tempo que os físicos da colaboração internacional de aceleração de iões pesados, do GSI, em Darmstad, na Alemanha, necessitaram para confirmar a descoberta do elemento químico cujo núcleo contem 117 protões. Uma equipa do acelerador de Doubna, na Rússia, tinha anunciado, em 2010, tê-lo fabricado. Mas para que um elemento químico obtenha um lugar oficial na tabela periódica, este tem de ser comprovado através de duas experiências independentes. Os físicos do GSI utilizaram um alvo formado por alguns miligramas de berquélio-249, que contem 97 protões. Bombardearam-no com um raio de titânio-50 (22 protões) com a esperança de sintetizar, pela fusão de dois núcleos, o elemento 117. Após vários meses de insucesso, modificaram a experiência e utilizaram um raio de cálcio-48 (20 protões). Entre os milhares de acontecimentos registados, foram produzidos dois núcleos do elemento 117. Estes núcleos sobreviveram alguns milissegundos, antes de se desintegrarem numa sucessão de outros núcleos. O passo seguinte consiste em desenvolver outros raios e outros alvos para a criação de elementos ainda mais pesados. Os físicos estão motivados pelos desenvolvimentos teóricos que prevêem que, a partir dos 120 protões, os núcleos serão mais estáveis. Todavia, como a probabilidade de síntese decresce com o número de protões, ainda serão necessários alguns anos de trabalho até o conseguir.
O que posso observar no céu de agosto?
07 - Vénus a 7º S de Polux - 22h
10 - Lua no perigeu - 19h
12 - Neptuno a 5º S da Lua - 02h
08 - Saturno a 0,4º N da Lua - 3h
18 - Vénus 0,2º N da Lua - 05h
24 - Lua no apogeu - 07h
31 - Saturno a 0,4º S da Lua - 20h (ocultação)
10 - Lua no perigeu - 19h
12 - Neptuno a 5º S da Lua - 02h
08 - Saturno a 0,4º N da Lua - 3h
18 - Vénus 0,2º N da Lua - 05h
24 - Lua no apogeu - 07h
31 - Saturno a 0,4º S da Lua - 20h (ocultação)
Fases da Lua em agosto
25 - às 15h 13min - nova
04 - às 01h 50min - crescente
04 - às 01h 50min - crescente
10 - às 19h 09min - cheia
17 - às 13h 26min - minguante
Planetas visíveis a olho nu em agosto
MERCÚRIO - poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível, de tarde, cerca do começo do crepúsculo civil, como "estrela da tarde" a partir 18 de agosto.
VÉNUS - Será visível como "estrela da manhã" até meados de setembro.
MARTE - Poderá ser visto à meia-noite na constelação da Virgem e, em meados de agosto, mover-se-á para a Balança e Escorpião.
JÚPITER - Neste mês deixa de ser visto por se encontrar muito próximo do Sol.
SATURNO - No início do ano nasce bem depois da meia-noite na constelação da Balança, onde permanecerá durante todo o ano.
VÉNUS - Será visível como "estrela da manhã" até meados de setembro.
MARTE - Poderá ser visto à meia-noite na constelação da Virgem e, em meados de agosto, mover-se-á para a Balança e Escorpião.
JÚPITER - Neste mês deixa de ser visto por se encontrar muito próximo do Sol.
SATURNO - No início do ano nasce bem depois da meia-noite na constelação da Balança, onde permanecerá durante todo o ano.
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
Visibilidade da Estação Espacial Internacional
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
Data | Magnitude | Início | Ponto mais alto | Fim | Tipo da passagem | ||||||
(mag) | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | ||
31 de jul | -0,2 | 02:31:20 | 15° | N | 02:31:22 | 15° | N | 02:33:22 | 10° | NNE | visível |
31 de jul | -0,2 | 04:06:49 | 10° | NNO | 04:09:06 | 17° | NNE | 04:11:23 | 10° | NE | visível |
31 de jul | -2,4 | 05:43:04 | 10° | NO | 05:46:23 | 55° | NNE | 05:49:41 | 10° | ESE | visível |
01 de ago | 0,1 | 01:44:16 | 11° | NNE | 01:44:16 | 11° | NNE | 01:44:33 | 10° | NNE | visível |
01 de ago | -0,1 | 03:18:01 | 10° | NNO | 03:20:01 | 15° | N | 03:22:01 | 10° | NE | visível |
01 de ago | -1,5 | 04:54:20 | 10° | NO | 04:57:28 | 35° | NNE | 05:00:36 | 10° | E | visível |
02 de ago | 0,0 | 02:30:20 | 13° | N | 02:30:54 | 14° | N | 02:32:44 | 10° | NE | visível |
02 de ago | -0,9 | 04:05:38 | 10° | NO | 04:08:29 | 25° | NNE | 04:11:21 | 10° | E | visível |
02 de ago | -3,2 | 05:42:06 | 10° | ONO | 05:45:24 | 55° | SO | 05:48:41 | 10° | SE | visível |
02 de ago | -3,1 | 22:24:08 | 10° | SO | 22:27:20 | 48° | SE | 22:28:31 | 31° | E | visível |
03 de ago | -0,3 | 00:01:18 | 10° | O | 00:01:41 | 12° | O | 00:01:41 | 12° | O | visível |
03 de ago | -0,5 | 03:17:17 | 12° | NNO | 03:19:27 | 20° | NNE | 03:21:59 | 10° | ENE | visível |
03 de ago | -3,3 | 04:53:12 | 10° | NO | 04:56:34 | 83° | NE | 04:59:56 | 10° | SE | visível |
03 de ago | -2,3 | 21:35:44 | 10° | SSO | 21:38:35 | 27° | SE | 21:41:28 | 10° | ENE | visível |
03 de ago | -1,8 | 23:12:04 | 10° | O | 23:15:12 | 38° | NNO | 23:18:02 | 12° | NE | visível |
04 de ago | 0,1 | 00:50:36 | 10° | NO | 00:51:02 | 12° | NO | 00:51:02 | 12° | NO | visível |
04 de ago | -2,4 | 04:06:33 | 33° | NNO | 04:07:41 | 49° | NNE | 04:10:57 | 10° | ESE | visível |
04 de ago | -1,9 | 05:41:39 | 10° | O | 05:44:10 | 20° | SO | 05:46:40 | 10° | S | visível |
04 de ago | -2,8 | 22:22:59 | 10° | OSO | 22:26:16 | 61° | NNO | 22:29:35 | 10° | NE | visível |
05 de ago | -0,3 | 00:01:11 | 10° | ONO | 00:03:31 | 17° | NNO | 00:05:07 | 13° | NNE | visível |
05 de ago | -1,3 | 04:57:33 | 17° | SSE | 04:57:33 | 17° | SSE | 04:58:31 | 10° | SSE | visível |
05 de ago | -3,4 | 21:34:05 | 10° | SO | 21:37:24 | 78° | SE | 21:40:44 | 10° | ENE | visível |
05 de ago | -0,7 | 23:11:47 | 10° | ONO | 23:14:25 | 21° | NNO | 23:17:05 | 10° | NNE | visível |
06 de ago | 0,1 | 00:50:16 | 10° | NNO | 00:51:11 | 13° | NNO | 00:51:11 | 13° | NNO | visível |
06 de ago | -1,1 | 22:22:26 | 10° | O | 22:25:22 | 28° | NNO | 22:28:20 | 10° | NE | visível |
07 de ago | -0,2 | 00:01:03 | 10° | NO | 00:02:55 | 14° | N | 00:04:04 | 12° | NNE | visível |
07 de ago | -1,9 | 21:33:12 | 10° | OSO | 21:36:22 | 41° | NNO | 21:39:34 | 10° | NE | visível |
07 de ago | -0,2 | 23:11:41 | 10° | NO | 23:13:45 | 15° | N | 23:15:50 | 10° | NNE | visível |
08 de ago | 0,2 | 00:49:21 | 10° | NNO | 00:49:42 | 11° | NNO | 00:49:42 | 11° | NNO | visível |
08 de ago | -0,4 | 22:22:14 | 10° | ONO | 22:24:37 | 18° | NNO | 22:27:00 | 10° | NNE | visível |
09 de ago | -0,2 | 00:00:26 | 10° | NNO | 00:02:19 | 14° | N | 00:02:25 | 14° | N | visível |
09 de ago | -0,8 | 21:32:48 | 10° | ONO | 21:35:30 | 22° | NNO | 21:38:13 | 10° | NE | visível |
09 de ago | -0,3 | 23:11:20 | 10° | NNO | 23:13:08 | 14° | N | 23:14:56 | 10° | NNE | visível |
Como usar esta grelha:
Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de inicio, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Fonte: http://www.heavens-above.com/
Vídeo do Mês
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Tudo sobre incertezas: a física quântica
Imagem do Mês
A galáxia de Andrómeda: M31
Andrómeda é a galáxia mais próxima da nossa galáxia, a Via Láctea. A nossa galáxia é muito semelhante a Andrómeda. Ambas dominam o nosso grupo local de galáxias. A luz difusa da Andrómeda é consequência das centenas de milhões de estrelas que a compõem. As várias estrelas individuais à volta desta imagem de Andrómeda, são estrelas na nossa galáxia e que estão mesmo em frente a ela. Andrómeda é frequentemente referida como M31, já que é o 31º objeto, da lista de objetos celestes, de Messier. A M31 está tão longe que a luz necessita de cerca de dois milhões de anos a chegar-nos. Apesar de ser visível a olho nu, esta imagem da M31 foi obtida com uma normal câmara fotográfica, ligada a um pequeno telescópio. Muito do conhecimento acerca da M31 permanece desconhecido, incluindo como é que ela adquiriu o seu, pouco comum, duplo-núcleo central.
Fonte: www.nasa.gov
Fonte: www.nasa.gov
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