janeiro 2014






Ciência Na Frente

Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande


Uma superfície imita a asa da borboleta



Para proteção contra a água, investigadores imitaram a superfície da asa da borboleta (veja o vídeo). 

As asas da borboleta "morpho" (borboleta azul), um inseto que se encontra nas florestas tropicais, são conhecidas pelas suas propriedades hidrófobas. Nas suas asas, uma gota de água deforma-se e espalha-se, retraindo-se em seguida e separando-se em duas, depois em quatro, formando uma rede que se espalha de forma assimétrica. Esta dinâmica particular tem a ver com as nervuras que percorrem as suas asas. Segundo Kripa Varanasi e a sua equipa do M.I.T., nos Estados Unidos da América, estas nervuras reduzem drasticamente o tempo de contacto entre a gota e a asa, isto é, o tempo que passa entre o momento em que a gota toca a superfície da asa e o tempo que ela demora a desfazer-se. Estes investigadores tentaram reproduzir esta característica para tornar super hidrófoba uma superfície já hidrófoba e que já tinham criado. Esta é constituída de silício recoberto de um película de fluorsilano, criando assim a sua impermeabilidade. Foi este silício que os físicos "esculpiram" com a ajuda de um laser, criando as nervuras nessa superfície. O resultado foi que o tempo de contacto da água com a superfície diminuiu  37%, ou seja, passou dos 12,4 milissegundos para os 7,8 milissegundos. Em breve poderemos ter vestuário que repele, literalmente, a água.            
Fonte: La Recherche - janeiro 2014 - n.º 483, p.15 - Vincent Glavieux (adaptado)  



O cão foi domesticado na Europa

O mais antigo fóssil identificado como sendo de um cão é este crânio  com 36 000 anos, encontrado em Goyet, na Bélgica.

O cão é um lobo doméstico. Mas onde e quando se fez a sua domesticação? Um estudo comparativo dos génomas de cães e lobos atuais com fósseis, indicam-nos que terá sido na Europa, entre os 19 000 e os 32 000 anos. O mais antigo fóssil identificado como um cão foi encontrado na Bélgica. Tem uma idade de 36 000 anos. Há um outro proveniente da Rússia com 33 500 anos. Nos outros continentes, os cães fósseis não têm mais de 13 000 anos. Contudo, o conjunto dos fósseis é insuficiente para se chegar a uma conclusão quanto à região de domesticação. Os estudos baseados na sequenciação do génoma dos cães atuais chega a resultados contraditórios. Uma comparação da diversidade genética de cães de diversas partes do mundo, aponta para uma origem este-asiática. Uma outra comparação, realizada com os lobos atuais, defende uma origem no médio-oriente. Uma equipa internacional decidiu comparar o ADN de 18 canídeos fósseis, 49 lobos, 80 cães e 4 coiotes atuais. O resultado foi que os cães atuais estão geneticamente mais próximos dos canídeos europeus fósseis do que dos lobos atuais. A partir deste resultado, os geneticistas concluíram que a domesticação dos cães terá acontecido na Europa, com os caçadores-recoletores do Paleolítico. Todavia, os defensores das origens asiáticas dos cães, contestam estes resultados. Estes chamam a atenção para o facto de que a análise genética recai apenas sobre o ADN «mitocondrial», que é apenas transmitido pela mãe. Para escrever a história completa do cão, será ainda necessário estudar o ADN cromossómico, que é transmitido por ambos os progenitores, se este estiver preservado nos fósseis existentes.        
Fonte: La Recherche - janeiro 2014 - n.º 483, p.16 - Luc Allemand (adaptado)  



O que posso observar no céu de janeiro?

01 - Lua no perigeu
04 - Terra no periélio - 12h
05 - Júpiter em oposição - 21h
11 - Vénus em conjunção inferior - 12h
15 - Júpiter a 5º N da Lua - 06h
16 - Lua no apogeu - 02h
23 - Marte a 4ºN da Lua - 06h
28 - Marte a 5º N de Espiga - 20h
29 - Vénus a 2º N da Lua - 03h
30 - Lua no perigeu - 10h







Fases da Lua em janeiro


01 - às 11h 14min - nova

08 - às 03h 39min - crescente

 16 - às 04h 52min - cheia

  24 - às 05h 19min - minguante

30 - às 21h 38min - nova










Planetas visíveis a olho nu em janeiro

MERCÚRIO - poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol.  Será visível,  de tarde, cerca do começo do crepúsculo civil, como "estrela da tardea partir de 13 de janeiro e até ao fim do deste mês

VÉNUS - Será visível como "estrela da tarde" até ao final da primeira semana de janeiro. A partir daí não poderá ser observado por se encontrar muito próximo do Sol.


MARTE - Poderá ser visto à meia-noite, no início do ano, na constelação da Virgem, passando a 5º a norte de Espiga a 28 de janeiro.

JÚPITER - Pode ser visto 
na constelação de Gémeos, no início do ano, durante mais de metade da noite. Estará em oposição às 22 horas do dia 5 de janeiro. Depois continua a ser visto durante a noite. 

SATURNO - No início do ano nasce bem depois da meia-noite na constelação da Balança, onde permanecerá durante todo o ano. 


Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa 




(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
DataLuminosidadeInícioPonto mais altoFimTipo de passagem
[Mag]HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.
25 Jan-2.606:39:5419°NW06:41:5947°NNE06:45:1310°ESEvisível
26 Jan-1.905:53:3631°NNE05:53:3631°NNE05:56:3610°Evisível
27 Jan0.005:07:2213°ENE05:07:2213°ENE05:07:5010°ENEvisível
27 Jan-3.206:40:1724°WNW06:42:0564°SW06:45:2210°SEvisível
28 Jan-2.905:54:0664°E05:54:0664°E05:57:0310°ESEvisível
29 Jan0.005:07:5814°ESE05:07:5814°ESE05:08:3110°ESEvisível
29 Jan-1.806:40:5419°WSW06:41:5222°SW06:44:3010°Svisível
30 Jan-1.705:54:5126°S05:54:5126°S05:56:4210°SSEvisível
         
Como usar esta grelha:


Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de inicio, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.

Fonte: http://www.heavens-above.com/



Vídeo do Mês




A Medida de Todas as Coisas - Tempo e Distância



Imagem do Mês





Titã terra de lagos

Titã, a maior lua de Saturno, é única no nosso sistema solar por ser o único mundo que possui lagos e mares líquidos estáveis na sua superfície... excetuando a Terra, evidentemente. Este mapa, centrado no pólo norte de Titã, mostra as superfícies líquidas de metano e etano em azul e preto, que se mantêm líquidas a temperaturas de -180 graus. Este mapa foi realizado a partir dos dados do radar da nave espacial Cassini, obtidos durante os voos efetuados entre 2004 e 2013. Com uma forma aproximada de um coração, o lago localizado acima e à direita do pólo é o Ligeia Mare, o segundo maior corpo líquido conhecido em Titã e maior do que o Lago Superior na Terra. Logo abaixo do pólo fica o Punga Mare. O extenso mar que se vê abaixo e à direita do Punga é o Kraken Mare, o maior mar conhecido em Titã. Para baixo e à esquerda do pólo, a superfície desta lua está repleta de pequenos lagos que não ultrapassam os 50 quilómetros. 

Fonte: www.nasa.gov

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