novembro 2013
Ciência Na Frente
Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande
As exoluas serão habitáveis?
Mais de 900 exoplanetas já foram detetados e vários milhares de outros esperam a confirmação da sua descoberta. Alguns estão na órbita da chamada zona habitável da sua estrela (a zona onde a água em estado líquido pode existir), mas a maior parte deles são gigantes gasosos, impróprios para a existência de vida. Contudo, esses planetas terão satélites, ou exoluas, que poderão abrigar a vida? René Heller, da Universidade de McMaster, no Canadá, e a sua equipa quiseram saber se as luas extra-solares estão protegidas por um campo magnético, já que esta é uma condição necessária para a sua habitabilidade.
Para ser habitável, uma exolua não pode estar nem muito afastada, nem muito próxima do seu planeta. Demasiado próxima, ficaria sujeita a fortes efeitos de maré e a uma radiação demasiado intensa; demasiado afastada, ficaria fora da magnetosfera do planeta (a zona dominada pelo seu campo magnético) e não estaria protegida dos violentos fluxos de partículas carregadas que percorrem o espaço.
Os astrofísicos calcularam o campo magnético dos exoplanetas entre o de Neptuno e o de Júpiter, a partir dos dados recolhidos dos planetas do sistema solar. Os planetas mais pequenos têm poucas hipóteses de possuírem uma exolua habitável, já que a zona protegida pela sua magnetosfera é muito restrita. Pelo contrário, para um planeta do tamanho de Júpiter, em que a magnetosfera é maior, luas habitáveis poderiam existir a uma distância compreendida entre 5 a 20 vezes o raio do planeta.
Uma questão a seguir...
Para ser habitável, uma exolua não pode estar nem muito afastada, nem muito próxima do seu planeta. Demasiado próxima, ficaria sujeita a fortes efeitos de maré e a uma radiação demasiado intensa; demasiado afastada, ficaria fora da magnetosfera do planeta (a zona dominada pelo seu campo magnético) e não estaria protegida dos violentos fluxos de partículas carregadas que percorrem o espaço.
Os astrofísicos calcularam o campo magnético dos exoplanetas entre o de Neptuno e o de Júpiter, a partir dos dados recolhidos dos planetas do sistema solar. Os planetas mais pequenos têm poucas hipóteses de possuírem uma exolua habitável, já que a zona protegida pela sua magnetosfera é muito restrita. Pelo contrário, para um planeta do tamanho de Júpiter, em que a magnetosfera é maior, luas habitáveis poderiam existir a uma distância compreendida entre 5 a 20 vezes o raio do planeta.
Uma questão a seguir...
Fonte: Pour La Science - novembro 2013 - n.º 433, p.14 - G. Jacquemont (adaptado)
O maior vulcão terrestre é... submarino
Representação 3D do Maciço Tamu, o maior vulcão conhecido da Terra (650 por 450 Km) |
William Sager, da Universidade A & M do Texas, e a sua equipa, acabam de mostrar que um monte submarino situado aproximadamente a 1 500 Km a Este do Japão é um dos maiores vulcões do sistema solar.
Estes geofísicos estabeleceram, através de vários perfis sísmicos, que o monte Tamu, vasto planalto de 650 Km de comprimento e 450 Km de largura, é uma única estrutura. Sob os sedimentos que o recobrem, existem estratos de lavas, alternadas com efusões basálticas, com uma espessura de dezenas de metros. Tudo indica que o monte Tamu é um imenso vulcão escudo construído por erupções sucessivas, que apenas pode ser comparado com o monte Olimpo, em Marte.
Segundo a idade radiométrica das suas rochas ter-se-á formado à volta dos 145 milhões de anos, no choque de duas dorsais, o que faz lembrar o caso da Islândia: por cima da dorsal mesoatlântica, esta ilha é o resultado de uma subida do material mantélico profundo. De qualquer modo, aprendemos que é possível que um imenso planalto submarino possa ser um vulcão.
Estes geofísicos estabeleceram, através de vários perfis sísmicos, que o monte Tamu, vasto planalto de 650 Km de comprimento e 450 Km de largura, é uma única estrutura. Sob os sedimentos que o recobrem, existem estratos de lavas, alternadas com efusões basálticas, com uma espessura de dezenas de metros. Tudo indica que o monte Tamu é um imenso vulcão escudo construído por erupções sucessivas, que apenas pode ser comparado com o monte Olimpo, em Marte.
Segundo a idade radiométrica das suas rochas ter-se-á formado à volta dos 145 milhões de anos, no choque de duas dorsais, o que faz lembrar o caso da Islândia: por cima da dorsal mesoatlântica, esta ilha é o resultado de uma subida do material mantélico profundo. De qualquer modo, aprendemos que é possível que um imenso planalto submarino possa ser um vulcão.
O que posso observar no céu de novembro?
01 - Vénus na máxima elongação E (47º) - 08h
01 - Mercúrio em conjunção inferior - 20h
01 - Mercúrio em conjunção inferior - 20h
03 - Eclipse total do Sol (visível de Portugal a partir das 11h 36min)
06 - Lua no perigeu - 09h
06 - Saturno em conjunção com o Sol - 12h
06 - Saturno em conjunção com o Sol - 12h
07 - Vénus a 8º S da Lua - 01h
18 - Mercúrio na máxima elongação O (19º) - 03h
22 - Júpiter a 5º N da Lua - 05h
22 - Lua no apogeu - 10h
26 - Mercúrio a 0,3º S de Saturno - 04h
22 - Júpiter a 5º N da Lua - 05h
22 - Lua no apogeu - 10h
26 - Mercúrio a 0,3º S de Saturno - 04h
Fases da Lua em novembro
03 - às 12h 50min - nova
10 - às 05h 57min - crescente
17 - às 15h 16min - cheia
25 - às 19h 28min - minguante
Planetas visíveis a olho nu em novembro
MERCÚRIO - poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível, de manhã, cerca do começo do crepúsculo civil, como "estrela da manhã" a partir de 8 de novembro. Neste mês ocorrem as melhores condições de visibilidade.
VÉNUS - Durante este mês surgirá como "estrela da tarde".
MARTE - Pode ser visto, durante a manhã. Está na constelação do Leão e no fim do mês passará para a constelação da Virgem.
JÚPITER - Pode ser visto como "estrela da manhã", na constelação de Gémeos, onde permanecerá até ao final do ano. A partir de 7 de novembro iniciará o movimento retrógrado.
SATURNO - Por se encontrar muito próximo do Sol só poderá ser visto em meados de novembro como "estrela da manhã".
VÉNUS - Durante este mês surgirá como "estrela da tarde".
MARTE - Pode ser visto, durante a manhã. Está na constelação do Leão e no fim do mês passará para a constelação da Virgem.
JÚPITER - Pode ser visto como "estrela da manhã", na constelação de Gémeos, onde permanecerá até ao final do ano. A partir de 7 de novembro iniciará o movimento retrógrado.
SATURNO - Por se encontrar muito próximo do Sol só poderá ser visto em meados de novembro como "estrela da manhã".
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
Visibilidade da Estação Espacial Internacional
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
Data | Luminosidade | Início | Ponto mais alto | Fim | Tipo de Passagem | ||||||
[Mag] | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | ||
19 Nov | -0.8 | 05:33:10 | 15° | NNE | 05:33:10 | 15° | NNE | 05:34:15 | 10° | NNE | visível |
20 Nov | -1.0 | 06:19:24 | 12° | NNW | 06:20:41 | 14° | N | 06:22:29 | 10° | NNE | visível |
21 Nov | -0.6 | 05:32:40 | 13° | NNE | 05:32:40 | 13° | NNE | 05:33:33 | 10° | NNE | visível |
22 Nov | -1.0 | 06:18:47 | 12° | NNW | 06:20:25 | 16° | N | 06:22:31 | 10° | NE | visível |
23 Nov | -0.7 | 05:32:00 | 14° | NNE | 05:32:00 | 14° | NNE | 05:33:14 | 10° | NE | visível |
24 Nov | -1.4 | 06:18:04 | 15° | NNW | 06:19:55 | 22° | NNE | 06:22:36 | 10° | ENE | visível |
25 Nov | -1.0 | 05:31:14 | 17° | NNE | 05:31:14 | 17° | NNE | 05:33:13 | 10° | ENE | visível |
26 Nov | -2.3 | 06:17:18 | 21° | NNW | 06:19:07 | 40° | NNE | 06:22:18 | 10° | E | visível |
27 Nov | -1.5 | 05:30:29 | 27° | NE | 05:30:29 | 27° | NE | 05:33:02 | 10° | E | visível |
27 Nov | -2.7 | 07:03:43 | 10° | WNW | 07:06:54 | 44° | SW | 07:10:05 | 10° | SSE | visível |
28 Nov | -3.4 | 06:16:35 | 32° | WNW | 06:18:01 | 81° | SW | 06:21:20 | 10° | SE | visível |
Como usar esta grelha:
Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de inicio, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Fonte: http://www.heavens-above.com/
Vídeo do Mês
A Origem da Vida na Terra
Imagem do Mês
Uma estrela maciça na NGC 6357
Por razões desconhecidas, a NGC 6357 tem formado estrelas das mais maciças que se conhecem. Uma dessas estrelas maciças, próxima do centro da NGC 6357, e visível nesta imagem, está a construir o seu próprio castelo interestelar com a sua energética luz, a partir do gás e poeiras circundantes. Nesta grande nebulosa, os intrincados padrões que se vêem são causados por complexas interações entre os ventos interestelares, as pressões radioativas, os campos magnéticos e a gravidade. O brilho geral da nebulosa resulta da emissão de luz a partir do gás ionizado de hidrogénio. Perto da nebulosa Pata de Gato, a NGC 6357 abriga o enxame estelar aberto Pismis 24, residência de muitas destas tremendas e brilhantes estrelas azuis. A parte central da NGC 6357 aqui mostrada, abarca cerca de 10 anos-luz e encontra-se a cerca de 8 000 anos-luz de distância, na direção da constelação do Escorpião.
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