abril 2013
Ciência Na Frente
Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande
As estrelas negras, os astros que vêm dos confins do tempo
No Universo primordial a matéria escura estava agrupada em filamentos e em halos no seio dos quais se formaram as primeiras estrelas |
As primeiras estrelas do Universo, gigantescas e muito luminosas, talvez tenham ido buscar a sua energia à aniquilação de partículas de matéria escura.
O Sol e todas as outras estrelas visíveis são constituídas pelos restos de gás e poeiras de várias gerações de estrelas. Os astrofísicos estão a começar a compreender os mecanismos presentes na evolução destes astros. Contudo, devido à falta de informação, a primeira geração de estrelas continua mal conhecida. A que é que se assemelhavam? Como é que elas se formaram? Funcionariam com os mesmos princípios físicos das estrela atuais?
As primeiras estrelas nunca foram observadas. Todavia, alguns modelos descrevem-nas como sendo mais maciças e mais luminosas do que as estrelas atuais. Por outro lado, a fonte de energia pode ter sido muito diferente. As estrelas clássicas são constituídas de matéria ordinária e a sua energia provem da fusão de núcleos atómicos. Em contrapartida, a vida das primeiras estrelas terá estado ligada intimamente não só à matéria ordinária mas também à matéria escura. Este composto do Universo, cuja natureza permanece desconhecida, teve provavelmente um papel ativo no nascimento das primeiras estrelas. Ela permitiu, através dos efeitos gravitacionais, à acumulação de gigantescas quantidades de gás, levando à formação das estrelas (tal como se pode ver na imagem). O mais surpreendente é que a matéria escura terá servido de fonte de energia para essas estrelas primordiais e que por isso poderíamos qualificá-las de estrelas negras.
As primeiras estrelas nunca foram observadas. Todavia, alguns modelos descrevem-nas como sendo mais maciças e mais luminosas do que as estrelas atuais. Por outro lado, a fonte de energia pode ter sido muito diferente. As estrelas clássicas são constituídas de matéria ordinária e a sua energia provem da fusão de núcleos atómicos. Em contrapartida, a vida das primeiras estrelas terá estado ligada intimamente não só à matéria ordinária mas também à matéria escura. Este composto do Universo, cuja natureza permanece desconhecida, teve provavelmente um papel ativo no nascimento das primeiras estrelas. Ela permitiu, através dos efeitos gravitacionais, à acumulação de gigantescas quantidades de gás, levando à formação das estrelas (tal como se pode ver na imagem). O mais surpreendente é que a matéria escura terá servido de fonte de energia para essas estrelas primordiais e que por isso poderíamos qualificá-las de estrelas negras.
A primeira geração de estrelas teria assim sofrido uma evolução estelar atípica e muito diferente da evolução das estrelas atuais. Compreender o funcionamento das estrelas negras permitirá completar a visão que os astrofísicos têm da vida das estrelas desde a sua primeira geração.
Quando a matéria emerge do vazio
O vazio, na linguagem comum, é onde nada existe. Mas para os físicos, "o nada", não existe. Há por todo lado um campo que produz, no mínimo, ínfimas flutuações. Estas flutuações podem, em certas condições, transformarem-se em radiação ou em matéria. É o que dizem as equações. Infelizmente, não é possível observar diretamente este fenómeno: para isso era necessário estarmos no momento em que ocorreu o Big Bang ou na borda de um buraco negro. Assim, os físicos imaginaram experiências que obedeciam às mesmas equações, utilizando átomos de gás ultra frio em cabos de fibra ótica ou em simples cursos de água. Observaram, por analogia, partículas a emergirem do vazio!
O que posso observar no céu de abril?
O nome "abril" pode ter duas origens; a primeira diz que o nome seria uma homenagem a Afrodite, deusa do amor, a quem o mês é consagrado; a segunda afirma que ele seria derivado da palavra latina "aperire" (que significa abrir), referindo-se à abertura das flores, já que nessa altura é primavera no hemisfério norte.
14 - Júpiter a 2º N da Lua - 19h
15 - Lua no apogeu - 15h
25 - Eclipse parcial da Lua
26 - Saturno a 4º N da Lua - 03h
27 - Lua no perigeu - 21h
15 - Lua no apogeu - 15h
25 - Eclipse parcial da Lua
26 - Saturno a 4º N da Lua - 03h
27 - Lua no perigeu - 21h
Fases da Lua em abril
03 - às 05h 37min - minguante
03 - às 05h 37min - minguante
18 - às 13h 31min - crescente
25 - às 20h 57min - cheia
10 - às 10h 35min - nova
10 - às 10h 35min - nova
Planetas visíveis a olho nu em abril
MERCÚRIO - poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível, de manhã, cerca do começo do crepúsculo civil, a partir de 11 de março. As melhores condições de visibilidade ocorrerão no final deste mês.
VÉNUS - Não é visível até ao final da primeira semana de maio.
MARTE - Não é visível por se encontrar muito próximo do Sol. Só reaparecerá na segunda quinzena de junho.
JÚPITER - pode ser visto na constelação do Touro, durante grande parte da noite.
SATURNO - Nasce pouco depois da meia-noite na constelação da Balança. A sua oposição terá lugar às 9 horas do dia 28 de abril.
VÉNUS - Não é visível até ao final da primeira semana de maio.
MARTE - Não é visível por se encontrar muito próximo do Sol. Só reaparecerá na segunda quinzena de junho.
JÚPITER - pode ser visto na constelação do Touro, durante grande parte da noite.
SATURNO - Nasce pouco depois da meia-noite na constelação da Balança. A sua oposição terá lugar às 9 horas do dia 28 de abril.
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
Visibilidade da Estação Espacial Internacional
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
Data | Luminosidade | Início | Ponto mais alto | Fim | Tipo de Passagem | ||||||
[Mag] | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | ||
15 Abr | -0.6 | 19:47:20 | 10° | NW | 19:49:29 | 16° | NNW | 19:51:37 | 10° | NNE | Visível |
15 Abr | -0.7 | 21:25:11 | 10° | NNW | 21:27:05 | 14° | N | 21:27:40 | 14° | NNE | Visível |
16 Abr | -0.6 | 20:34:33 | 10° | NNW | 20:36:15 | 13° | N | 20:37:58 | 10° | NE | Visível |
16 Abr | -0.2 | 22:10:56 | 10° | NW | 22:11:50 | 15° | NNW | 22:11:50 | 15° | NNW | Visível |
17 Abr | -0.6 | 19:43:40 | 10° | NW | 19:45:24 | 14° | N | 19:47:08 | 10° | NNE | Visível |
17 Abr | -1.1 | 21:20:32 | 10° | NNW | 21:22:58 | 19° | NNE | 21:23:13 | 19° | NNE | Visível |
18 Abr | -0.8 | 20:30:04 | 10° | NNW | 20:32:09 | 16° | NNE | 20:34:13 | 10° | NE | Visível |
18 Abr | -0.5 | 22:06:10 | 10° | NW | 22:07:19 | 19° | NW | 22:07:19 | 19° | NW | Visível |
19 Abr | -1.9 | 21:15:41 | 10° | NW | 21:18:39 | 30° | NNE | 21:18:40 | 30° | NNE | Visível |
20 Abr | -1.4 | 20:25:13 | 10° | NNW | 20:27:52 | 22° | NNE | 20:30:00 | 13° | ENE | Visível |
20 Abr | -0.8 | 22:01:28 | 10° | WNW | 22:02:45 | 22° | WNW | 22:02:45 | 22° | WNW | Visível |
21 Abr | -3.2 | 21:10:50 | 10° | NW | 21:14:06 | 64° | NNE | 21:14:07 | 64° | NE | Visível |
22 Abr | -2.4 | 20:20:16 | 10° | NW | 20:23:22 | 38° | NNE | 20:25:29 | 17° | E | Visível |
22 Abr | -0.7 | 21:57:04 | 10° | WNW | 21:58:14 | 18° | W | 21:58:14 | 18° | W | Visível |
23 Abr | -2.9 | 21:06:06 | 10° | WNW | 21:09:17 | 49° | SW | 21:09:38 | 46° | SSW | Visível |
24 Abr | -3.4 | 20:15:20 | 10° | NW | 20:18:38 | 88° | NE | 20:21:04 | 17° | SE | Visível |
Como usar esta grelha:
Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de inicio, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
O satélite Planck fez um novo mapa do fundo de micro-ondas do Universo
De que é feito o nosso Universo? Para ajudar a responder a esta questão, o ESA lançou o satélite Planck, para mapear, com incrível detalhe, pequenas diferenças de temperatura na mais antiga superfície conhecida do Universo - o fundo de radiação do céu que foi deixado há biliões de anos quando o nosso Universo ficou transparente à luz. Visível em todas as direções, este fundo cósmico de micro-ondas é uma tapeçaria complexa que apenas pode mostrar os padrões quentes e frios observados quando o universo era composto por específicos tipos de energia que evoluíram de formas particulares. Os resultados confirmam mais uma vez que a maior parte do nosso Universo é maioritariamente composto por uma misteriosa e desconhecia energia escura e que mesmo a maioria da energia restante da matéria é estranhamente escura. Além disso, os dados do Planck aumentaram a idade do Universo para os 13,81 biliões de anos, ligeiramente mais velho do que era estimado por outras medições, incluindo o satélite da NASA WMAP, bem como a taxa de expansão para os 67,3 (+/- 1,2) Km/s/Mpc, ligeiramente menos do que as estimativas anteriores. Algumas características do mapa visto na imagem permanecem desconhecidas tais como: porque é que as variações de temperatura parecem ser ligeiramente maiores em metade do céu do que na outra metade.
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