janeiro 2013
Ciência Na Frente
Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande
O Primeiro do Nosso Género?
Australopithecus sediba, uma espécie de australopithecus descoberto na África do Sul, considerada por alguns paleoantropólogos como um dos antepassados do Homo, o género humano |
Os espantosos fósseis do Australopithecus sediba, uma nova espécie de australopithecus sul-africano, tem alimentado o debate sobre a origem do género humano e o seu local de aparecimento.
Onde se enraíza o género humano? Temos a certeza que é em África. Mas onde? Lee Berger descobriu, na África do Sul, um indício chave que poder-nos-á indicar o local: um novo género de australopithecus que apresenta várias características humanas. Será um antepassado do género humano, Homo? É o que pensa este paleoantropólogo americano da Universidade de Witwatersrand, de Joanesburgo, e por isso chamou à sua descoberta Australopithecus sediba, «o australopithecus origem» (em língua soto, uma das 11 línguas oficiais da África do Sul, sediba significa origem).
De qualquer forma, desde que L. Berger publicou a sua descoberta em 2010, paleoantropólogos de todo o mundo têm-se encontrado com ele para examinar os seus fósseis e ficam sem palavras. Isto porque estão habituados a contentarem-se com um dente ou uma mandíbula, enquanto L. Berger encontrou os esqueletos parciais de dois indivíduos da mesma espécie...
Segundo a equipa de L. Berger, a mistura única de traços de australopithecus e de humanos, que caracteriza o A. sediba, faz dele a mais antiga espécie humana conhecida. Lembremos que foi entre os dois e os três milhões de anos que os australopithecus adquiriram caracteres humanos. Os australopithecus evoluíram em regiões florestais ou de arbustos de África onde, durante mais de um milhão de anos antes do aparecimento das primeiras espécies humanas, pouco se assemelhavam a elas. Assim, a Lucy e os seus congéneres australopithecus de Afar (Australopithecus afarensis) tinham pernas curtas, mãos preparadas para trepar às árvores e um cérebro de tamanho pequeno, semelhante ao dos seus antepassados símios.
Os fósseis de hominídeos são extremamente raros e L. Berger não estava à espera de uma descoberta da importância do Australopithecus sediba. Berger considera que o género Homo poderá ter a sua origem na África do Sul e não na África de Este, como é consensual entre a comunidade científica atual. Contudo, desde 1999 que a UNESCO colocou esta zona de África na lista do património mundial, depois da descoberta de um grande número de fósseis de antigos hominídeos, ficando conhecida pelo "Berço da Humanidade".
A importância dos fósseis encontrados pela equipa de L. Berger tem a ver com o facto de possuírem um grande número de elementos do esqueleto. Pode-se assim esperar tirar conclusões sobre a ordem do aparecimento dos traços característicos do género Homo.
Para saber mais siga esta ligação: Pour La Science N.º 423
Um planeta sem orbitar uma estrela, errante no espaço, e a apenas 100 anos-luz da Terra, foi descoberto por uma equipa de astrónomos franceses e canadenses. É o objeto, deste género, mais próximo da Terra, alguma vez detetado. Devido à sua proximidade, a sua massa (de 4 a 7 vezes a massa de Júpiter) pôde ser calculada, bem como a sua temperatura (400º C) e a composição da sua atmosfera. Até agora têm sido descobertos outros candidatos ao título de planetas errantes. Mas sem se conseguir determinar a sua massa com precisão, é impossível afirmar se se tratam de planetas ou de anãs castanhas, isto é, estrelas que não chegaram a sê-lo e que possuem massas 13 vezes maiores do que a de Júpiter.
Para saber mais siga esta ligação: Pour La Science
Descoberta de um Planeta Errante
Visão imaginada do planeta CFBDSIR2149 |
Um planeta sem orbitar uma estrela, errante no espaço, e a apenas 100 anos-luz da Terra, foi descoberto por uma equipa de astrónomos franceses e canadenses. É o objeto, deste género, mais próximo da Terra, alguma vez detetado. Devido à sua proximidade, a sua massa (de 4 a 7 vezes a massa de Júpiter) pôde ser calculada, bem como a sua temperatura (400º C) e a composição da sua atmosfera. Até agora têm sido descobertos outros candidatos ao título de planetas errantes. Mas sem se conseguir determinar a sua massa com precisão, é impossível afirmar se se tratam de planetas ou de anãs castanhas, isto é, estrelas que não chegaram a sê-lo e que possuem massas 13 vezes maiores do que a de Júpiter.
Para saber mais siga esta ligação: Pour La Science
O que posso observar no céu de janeiro?
Janeiro deve o seu nome ao deus bicéfalo romano Janus. Deus do início na mitologia romana. Janus era representado com uma face voltada para trás, para o passado e outra voltada para a frente, para o futuro.
Janeiro dia-a-dia
1 - A Terra está a 147 098 161,52 km do Sol (o periélio - a distância mais curta entre os dois) - 00h
4 - O mais tardio nascer do Sol do ano para as latitudes de 40º - 7h 54min
Fases da Lua em janeiro
5 - às 3h 58min - minguante
11 - às 19h 44min - nova
18 - às 23h 45min - crescente
27 - às 4h 38min - cheia
Planetas visíveis a olho nu em janeiro
MERCÚRIO - poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível, de manhã, cerca do instante do fim do crepúsculo civil, aproximadamente, de 1 a 2 de janeiro. A partir do dia 31 apenas será visível de tarde, cerca do instante do fim do crepúsculo civil.
VÉNUS - poderá ser facilmente identificado pelo seu grande brilho. Pode ser visto como estrela da manhã, desde o princípio do ano até meados de fevereiro, quando não poderá ser observado por se encontrar demasiado próximo do Sol..
MARTE - poderá ser observado na constelação de Capricórnio e Aquário no final deste mês. A tonalidade avermelhada ajudará à identificação do planeta.
JÚPITER - pode ser visto na constelação do Touro, no início do ano, durante mais de metade da noite.
SATURNO - no início do ano, nasce pouco depois da meia-noite na constelação da Balança..
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
Visibilidade da Estação Espacial Internacional
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
Data | Luminosidade | Início | Ponto Mais Alto | Fim | Tipo de Passagem | ||||||
[Mag] | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | ||
23 Jan | -0.4 | 05:41:27 | 11° | NNE | 05:41:27 | 11° | NNE | 05:41:50 | 10° | NNE | Visível |
23 Jan | -1.5 | 07:14:54 | 10° | NW | 07:17:37 | 23° | NNE | 07:20:18 | 10° | ENE | Visível |
24 Jan | -1.2 | 06:25:53 | 15° | NNW | 06:27:06 | 18° | NNE | 06:29:27 | 10° | ENE | Visível |
25 Jan | -0.5 | 05:37:34 | 14° | NNE | 05:37:34 | 14° | NNE | 05:38:33 | 10° | NE | Visível |
25 Jan | -2.3 | 07:10:38 | 10° | NW | 07:13:48 | 41° | NNE | 07:16:56 | 10° | ESE | Visível |
26 Jan | -1.7 | 06:22:01 | 21° | NNW | 06:23:20 | 27° | NNE | 06:26:13 | 10° | E | Visível |
27 Jan | -0.8 | 05:33:43 | 18° | NE | 05:33:43 | 18° | NE | 05:35:21 | 10° | ENE | Visível |
27 Jan | -3.3 | 07:06:30 | 11° | NW | 07:09:44 | 84° | SW | 07:13:01 | 10° | SE | Visível |
28 Jan | -2.8 | 06:18:14 | 35° | NNW | 06:19:19 | 55° | NNE | 06:22:33 | 10° | ESE | Visível |
29 Jan | -1.1 | 05:30:01 | 25° | ENE | 05:30:01 | 25° | ENE | 05:31:52 | 10° | E | Visível |
29 Jan | -2.2 | 07:02:49 | 12° | WNW | 07:05:23 | 30° | SW | 07:08:19 | 10° | SSE | Visível |
30 Jan | -3.2 | 06:14:39 | 53° | WSW | 06:15:03 | 58° | SW | 06:18:16 | 10° | SE | Visível |
31 Jan | -0.9 | 05:26:34 | 22° | ESE | 05:26:34 | 22° | ESE | 05:27:54 | 10° | ESE | Visível |
31 Jan | -1.0 | 06:59:26 | 10° | WSW | 07:00:46 | 12° | SW | 07:02:05 | 10° | SSW | Visível |
01 Feb | -1.5 | 06:11:22 | 20° | SSW | 06:11:22 | 20° | SSW | 06:13:05 | 10° | S | Visível |
Como usar esta grelha:
Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de inicio, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Imagem do Mês
A Condenada Estrela Eta Carinae
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