abril 2020











Ciência Na Frente

Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande

Abril de 2020



Neste momento sem precedentes na nossa geração, todos temos a obrigação moral de contribuir para a redução desta pandemia. Assim, deixo-vos alguns conselhos importantes a observar depois de termos ido às compras, passear o cão ou fazer algo na rua estritamente necessário. Neste momento, fim de março, o número de infetados na casa dos 30 e 40 anos tem aumentado. Talvez por acharem que estão mais protegidos do que os mais velhos. Cuidado. Protejam-se. Todos somos potenciais focos de contaminação.

O Universo através dos olhos do Hubble



     Durante 30 anos, o Telescópio Espacial Hubble foi uma poderosa fonte de descobertas para os astrónomos profissionais. Este telescópio espacial mede 13,2 metros de comprimento, o tamanho de uma grande camioneta de passageiros. O seu espelho primário tem um diâmetro de 2,4 metros e pesa 828 Kg. Foi lançado em abril de 1990, mas teve um problema inicial com uma aberração no espelho principal que desfocava as imagens obtidas. Só depois da intervenção feita pelos astronautas de uma missão espacial em 1993 é que os astrónomos puderam obter as imagens fantásticas pelo qual o Hubble é conhecido. Os astronautas completaram cinco missões de manutenção ao Hubble entre 1993 e 2009. O Hubble não tem propulsores. Para mudar de posição usa a 3ª Lei de Newton: gira as suas quatro rodas de reação para a posição contrária que quer mover-se e as forças de torção combinadas levam-no a apontar para qualquer ponto no céu. O telescópio demora 15 minutos a rodar 90º - a velocidade do ponteiro dos minutos num relógio.
Para verem ou reverem as maravilhas descobertas pelo 1º telescópio espacial cliquem aqui.             
                        

Fonte: Sky&Telescope - abril 2020, Vol. 139, n.º 4, pp. 14-23  
Vanessa Thomas (adaptado)


     

Os média face ao coronovírus: o risco da desinformação

       Terça-feira 17 de março de 2020, o sítio PubMed (um motor de busca dedicado às publicações dos vários milhares de artigos biomédicos) referenciava cerca de 300 artigos consagrados ao novo coronavírus, o SARS-CoV-2 e mais de 1000 sobre a doença que ele provoca, a Covid-19. A situação é tão excecional que o sítio bioRxiv, que apresenta artigos ainda não validados para publicação, fez uma advertência para cada um dos artigos: «bioRxiv tem recebido imensos novos artigos sobre o coronavírus 2019-nCoV. É preciso ter atenção: tratam-se de relatórios preliminares que não foram sujeitos a verificação pelos pares. Não devem ser tomados como conclusivos, nem serem guias para a prática clínica ou a comportamentos ligados à saúde, nem apresentados pelos órgãos de comunicação social como informações fiáveis.


SARS-CoV-2

     Nunca na história tantos conhecimentos sobre um vírus foram acumulados  tão depressa. Neste caso, nos dois meses que se seguiram à descoberta do agente patogénico. Isto mostra a amplitude dos esforços desenvolvidos para lutar contra este tipo de ameaça.

     Todavia, na urgência compreensível de partilhar os dados, alguns destes trabalhos foram publicados sem passarem pelos controlos habituais. Na verdade, alguns destes artigos até já foram retirados por conterem erros.
     Também pela primeira vez na história estamos a viver uma pandemia em tempo real: todos os órgãos de informação, várias vezes ao dia, todos os dias, por todo o planeta falam do novo coronavírus. Uma efervescência mediática à qual temos de acrescentar o efeito multiplicador das redes sociais.
     A relação entre uma «ciência expressa», que se pode enganar e uma sociedade 
, onde as informações (verificadas ou não) circulam a uma velocidade vertiginosa é, no mínimo, difícil de gerir. O risco que se corre é o de promover uma outra «pandemia», a da desinformação, com o perigo de alarmar sem razão e desorientar o público. Alguns exemplos ilustram a complexidade da situação.
     Um dos artigos que foi rapidamente retirado sugeria que o novo SARS-CoV-2 era uma mistura artificial de um coronavírus com o VIH. Publicado a 30 de janeiro no sítio bioRxiv por uma equipa dirigida por Prashant Pradhan, do Instituto Indiano de Tecnologia, em Nova Déli, foi retirado em 2 de fevereiro pelos próprios autores, depois de constatarem erros nas sua análises bioinformáticas e na sua interpretação. Entretanto, e infelizmente, só foram precisos três dias para que o artigo fosse um dos mais comentados nas redes sociais, onde se espalhou a falsa informação segundo a qual o SARS-CoV-2 teria sido criado através da engenharia genética num laboratório.
     À medida que os dados se vão acumulando, outros investigadores, sob a direção de Hong Zhou, da Academia das Ciências Médicas de Shandong, na China, puderam comparar o genoma do SARS-CoV-2 com centenas de coronavírus dos morcegos. Os resultados, publicados a 2 de março no bioRxiv, confirmaram uma forte ligação entre esses genomas. Concluíram que o SARS-CoV-2 emergiu naturalmente por recombinação entre os vírus dos morcegos e de outras espécies animais. O novo coronavírus não escapou por isso de um laboratório e não foi modificado geneticamente. A natureza está suficientemente armada e é naturalmente criativa para ela própria o fazer!
     Os coronavírus têm o seu reservatório, a sua reserva natural, nos morcegos. Sabemos que o coronavírus responsável pela síndrome respiratória aguda grave (a SARS-CoV) apareceu em novembro de 2002 na província de Guangdong, na China, passou dos morcegos para as civetas e das civetas para os humanos. Igualmente, o coronavírus responsável pela síndrome respiratória do Médio-Oriente (o MERS-CoV), que apareceu em 2012, passou dos morcegos para os dromedários e daí para os humanos. Mas no caso do SARS-CoV-2, a espécie intermediária não é ainda conhecida; o agente patogénico não foi ainda isolado em qualquer outro animal. O problema continua em aberto.
     Um dos primeiros artigos sobre este assunto, publicado em 22 de janeiro de 2020 por Wei Ji, da universidade de Pequim e os seus colaboradores, no Journal of Medical Virology, estabelecia com base na análise de 276 sequências de diferentes coronavírus uma ligação entre o coronavírus SARS-CoV-2, os morcegos e as serpentes, mais particularmente duas dessas espécies: Bungarus multicinctus (uma serpente venenosa de Taiwan) e a Naja atra (a cobra chinesa), que são encontradas correntemente nos mercados de animais vivos na China. Estarão estas serpentes na origem do novo coronavírus?
     Alguns dias mais tarde, a 8 de fevereiro, uma equipa da universidade do Michigan, em Ann Arbor, nos Estados-Unidos, dirigida por Chengxin Zhang, publicou um outro artigo, igualmente no bioRxiv, a partir dos mesmos dados, mas utilizando métodos e bases de dados bio-informáticas diferentes. Chegaram a uma conclusão totalmente diferente: um intermediário para o SARS-CoV-2 foi provavelmente um mamífero ou uma ave e não uma serpente. É neste momento que entram em cena os pangolins.
     Oa pangolins são mamíferos com grandes escamas que, quando se sentem ameaçados, enrolam-se ficando como uma bola, do género dos ouriços-cacheiros e dos tatus. Apaixonados por formigas e térmitas que devoram graças a uma longa língua colativa, são muito bem conhecidos na Ásia e em África. Ainda que sejam uma espécie protegida (estão em risco de extinção), os pangolins são vítimas de tráficos ilegais: a sua carne é muito procurada, já que é considerada uma iguaria e as suas escamas são utilizadas na medicina tradicional. Pelo contrário, no resto do mundo quase ninguém conhece o pangolim, até que o coronavírus emergiu...


O pangolim, numa dada altura incriminado na pandemia de SARS-CoV-2 e agora desculpado. 
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     Num primeiro artigo, publicado em 17 de fevereiro no bioRvix, Kangpeng Xiao, da universidade agrícola da China do Sul e os seus colaboradores compararam os coronavírus isolados de pangolins malaios com o SARS-CoV-2. Encontraram um nível de semelhança elevado. Em particular, a parte (ou domínio) da glicoproteína S na superfície  do vírus, tem um ácido aminado próximo. Estes resultados sugeriam portanto que o SARS-CoV-2 teria saído de uma recombinação entre os coronavírus do pangolim e os dos morcegos. Os pangolins teriam servido de intermediários entre os morcegos e os seres humanos, em vez das civetas e dos dromedários como nos casos precedentes. Outros trabalhos corroboraram esta hipótese. A análise de sequências de coronavírus recuperados de amostras de pangolins congelados ou comercializados ilegalmente mostraram uma forte semelhança com o SARS-CoV-2. Foi o suficiente para apontar os projetores dos órgãos de comunicação social sobre o pangolim. A sua fotografia foi apresentada em todas as revistas e atualidades televisivas do mundo inteiro durante alguns dias. Uma verdadeira estrela de Hollywood! Essa celebridade e as suas presumíveis ligações com o coronavírus, talvez o tenha salvado da extinção.
     Mas a sua glória foi efémera. Outros trabalhos mostraram rapidamente que as semelhanças  entre o SARS-CoV-2 e o coronavírus do pangolim não se aplicavam ao conjunto do seu genoma. Uma falta de comunicação entre os bio-informáticos e o grupo de investigação foi reconhecida em 26 de fevereiro. A semelhança entre o genoma do SARS-CoV-2 e o do pangolim é de apenas 90,3%. No dia seguinte, num artigo mais completo publicado no Journal of Medical Virology, Xingguang Li, da universidade de bio-engenharia de Wuhan e a sua equipa analisaram 70 genomas de estirpes de SARS-CoV-2 isoladas em 12 países, entre 24 de dezembro de 2019 e 3 de fevereiro de 2020, e compararam com as do coronavírus dos morcegos e dos pangolins. Estudaram nomeadamente o gene da glicoproteína S do envelope do vírus. O resulatdo? O coronavírus dos morcegos está mais próximo do SARS-CoV-2 do que dos pangolins. Os autores concluíram  que o SARS-CoV-2 não provem dos morcegos através dos pangolins, mas provavelmente de uma outra espécie animal.
     A questão da origem do novo coronavírus permanece até hoje sem resposta. Não podemos excluir que ao analisarmos os genomas dos coronavírus provenientes de um maior número de pangolins, não encontremos alguns que apresentem uma maior semelhança com o SARS-CoV-2, mas por agora, o pangolim está afastado.
     Há alguns dias, certos jornais, nomeadamente no Brasil, anunciaram que o coronavírus no Brasil tinha sofrido uma mutação, até «três vezes»! A ideia da mutação amedronta e associa-se muitas vezes a catástrofes, como por exemplo as nucleares. Pois se o vírus sofre uma mutação é porque se tornou mais virulento, certo?
     Não. Com efeito, os vírus sofrem permanentemente mutações. Quando falamos em vírus, não nos referimos apenas a uma partícula viral, mas a uma enorme população, de mil milhões que se multiplicam a uma velocidade fulgurante. Uma preparação de cultura de vírus pode facilmente conter 10 mil milhões de partículas virais por mililitro e todas estão em constante mutação. Como o coronavírus, numerosos outros vírus têm um genoma de ARN e a enzima que o copia, o ARN polimerase e que é muito desajeitada: ela introduz muitos erros em cada cópia que faz. Esses erros são mutações e elas não são corrigidas, porque os vírus não possuem sistemas de reparação tal como têm as nossas próprias células.
     Estas mutações têm uma vantagem. Como os vírus são muito numerosos, multiplicam-se rapidamente e variam muito, o que lhes confere vantagens em contextos em que os hospedeiros se alteram. A evolução é aqui muito rápida. É por isso que a taxonomia não utiliza o termo «espécie», como faz para os animais, para as plantas e para as bactérias, mas antes o termo «quase-espécie». Uma população de vírus é com efeito uma nuvem de mutantes, cada um diferenciando-se por pequenas diferenças genéticas, pela qual podemos definir uma sequência genética consensual. Os biólogos já sequenciaram numerosos genomas completos do novo coronavírus. As análises, ainda a decorrerem, já forneceram muitas informações. Por exemplo, o estudo de 489 destes genomas isolados a partir de amostras obtidas em 33 países mostram que eles são todos aparentados, que apresentam algumas mutações e que partilham uma origem comum, podendo esta ser datada entre novembro e dezembro de 2019. No sítio onde apareceram estes resultados, podemos também seguir a sucessão de mutações à medida que o vírus progride.
     Não há dúvidas, a origem do SARS-CoV-2 é natural e a primeira infeção humana aconteceu nas datas referidas anteriormente. Ela foi seguida por uma transmissão inter-humana sustentada.


A propagação do coronavírus a partir da China. Cada mudança de cor corresponde a uma mutação.
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     Um artigo publicado em 3 de março e largamente difundido pelos órgãos de comunicação social sugeriu que existiam duas estirpes do SARS-CoV-2. Xiaolu Tang, da universidade de Pequim e os seus colaboradores, analisaram 103 genomas do SARS-CoV-2 e concluíram que o vírus evoluiu em duas variantes ou «estirpes»: a mais antiga, mas menos conhecida, S (30%) e a mais recente mas mais espalhada L (70%). A diferença entre as duas estirpes correspondem a uma só mutação num ácido aminado: uma serina na estirpe S por uma leucina na estirpe L. Segundo os investigadores, a estirpe L será mais «agressiva».
     No seu artigo, os autores escrevem explicitamente que «não é claro que a estirpe L seja mais virulenta» e que «o estudo é limitado e deve ser completado por dados epidemiológicos e clínicos». Pior ainda para estas precisões, o impacto do estudo sobre os média foi maciço, nomeadamente em Espanha. A maior parte anunciou que o vírus tinha sofrido uma mutação e que uma estirpe mais frequente era muito mais virulenta. Isso não era fiel à realidade dos trabalhos efetuados e deveu-se... a um problema de linguagem, de tradução e de interpretação. Em inglês, «aggressive» não significa nem «agressivo» nem «virulento», mas neste contexto significa, «mais transmissível e que se reproduz mais rapidamente». Essa seria uma das explicações para sua rápida expansão, apesar do seu aparecimento tardio. No fim de contas, não só não temos dados que mostrem que a estirpe L é mais virulenta, como mesmo outros autores colocaram em dúvida a validade deste estudo e exigiram a sua retirada.
     Com efeito, o SARS-CoV-2, como todos os vírus, muta-se. E se confiarmos nos acontecimentos precedentes, o vírus adaptar-se-á progressivamente ao seu novo hospedeiro - nós - e tornar-se-á cada vez menos mortal. Ao fazê-lo, propaga-se melhor: é o sentido da evolução.
     Lembremos que nós nunca tivemos tantos conhecimentos científicos nem capacidades técnicas para fazer face a uma epidemia desde tipo. Mas a ciência precisa de serenidade, de tempo, de experiências repetidas, avaliadas e confirmadas por outros. O tempo da ciência não é o tempo dos média, estes exigem muitas informações e de forma imediata. A ciência responde com eficácia aos desafios colocados pelo novo coronavírus com centenas de publicações e que são partilhadas pelo conjunto da comunidade de investigadores. Os média deverão aprender a transmitir melhor a ciência em tempos de crise, sem precipitação e com rigor. Isto é indispensável para evitar toda a ansiedade e pânico inúteis no público. Ele não tem necessidade disso!                          



O que posso observar no céu de abril?


7 - Lua no perigeu a 356 906 Km da Terra - 19:09
8 - Super Lua - 03:35
15 - Lua a 2ºS de Júpiter - 00:00
16 - Marte a 10ºN da Lua - 06:00
17 - Vénus a 10ºN de Aldebarã - 21:00 
20 - Lua no apogeu  a 406 462 Km da Terra- 20:00
22 - Atividade máxima das Líridas às 8h, 18/hora (pode variar até 90/hora, (Visibilidade de 14/04 a 30/04) 



Céu visível às 21:00 horas do dia 1 de abril em Lisboa mostrando o planeta Vénus.




Céu visível às 06:30 horas do dia 1 de abril em Lisboa mostrando os planetas Mercúrio, Marte, Júpiter e Saturno.





Fases da Lua em abril


23 - às 03h 26min - nova

01 - às 11h 21min - crescente

30 - às 21h 38min - crescente

08 - 03h 35min - cheia 

  14 - às 23h 56min - minguante









Planetas visíveis a olho nu em abril 


MERCÚRIO - Poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível, de manhã, por volta do instante do crepúsculo civil, de 4 de março a 27 de abril. 

VÉNUS - Pode ser visto como a estrela da tarde até finais de maio.

MARTE - Pode ser visto na constelação de Balança, onde apenas é visível no céu ao amanhecer. 

JÚPITER - Pode ser visto ao amanhecer na constelação de Sagitário. A partir de finais de abril, estará visível durante mais de metade da noite.

SATURNO - Pode ser visto na constelação de Capricórnio, na segunda metade de março. A partir de finais de abril torna-se visível durante mais de metade da noite.


Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa 




(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)

DataMagnitudeInícioPonto mais altoFimTipo da passagem
(mag)HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.
25-4-1,705:50:4810°S05:53:2922°SE05:56:1010°Evisível
26-4-1,105:04:1410°SSE05:05:5313°SE05:07:3310°Evisível
27-4-3,505:51:1711°SO05:54:2966°SE05:57:5110°ENEvisível
28-4-2,705:05:2826°S05:06:4737°SE05:09:5510°ENEvisível
29-4-1,804:19:3321°ESE04:19:3321°ESE04:21:4610°Evisível
29-4-3,105:52:3010°OSO05:55:4145°NNO05:58:5710°NEvisível
30-4-3,705:06:3134°OSO05:07:5074°NO05:11:1210°NEvisível
 
Como usar esta grelha:

Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de início, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.

Fonte: http://www.heavens-above.com/



Vídeo do Mês





Telescópio Hubble: a última missão


(Quando necessário, para ativar as legendas automáticas proceder do seguinte modo: no canto inferior direito clicar no símbolo "roda dentada"; abrem-se as Definições; clicar aí e escolher Legendas; depois clicar em Traduzir Automaticamente; finalmente escolher Português na lista.)



Imagem do Mês



Uma fotografia de 212 horas de Orion

         A constelação de Orion é muito mais do que três estrelas seguidas. É uma zona do espaço muito rica em nebulosas. Para melhor apreciar esta faixa do céu, foi obtida com uma extremamente longa exposição fotográfica, realizada durante várias noites entre 2013 e 2014. Depois de 212 horas a fotografar e mais um ano a processar as imagens, o resultado foi esta fotografia a partir da colagem de 1400 exposições, abrangendo mais de 40 vezes o diâmetro angular da Lua. Dos muitos detalhes interessantes que se tornam visíveis, há um que chama particularmente a atenção, o Arco de Barnard, o filamento circular vermelho no centro da imagem. A Nebulosa da Roseta não é a nebulosa vermelha gigante no cimo da da imagem - essa é a maior, mas menos conhecida Nebulosa Lambda Orionis. A Nebulosa da Roseta é contudo visível: é a nebulosa branca e vermelha na parte superior esquerda da imagem. A brilhante estrela alaranjada, um pouco acima do centro da imagem, é Betelgeuse, enquanto a brilhante estrela azul em baixo, à direita, é Rigel. Estão ainda incluídas outras nebulosas famosas como a Nebulosa da Cabeça da Bruxa, a Nebulosa da Chama, a Nebulosa da Raposa, e, se souber para onde olhar, a pequena Nebulosa da Cabeça do Cavalo. Quanto às três famosas estrelas que compõem o cinto do Caçador Orion - nesta imagem tão cheia podem ser difíceis de localizar, mas um olhar cuidadoso descobre-as um pouco para baixo e para a direita do centro da imagem.                  
Fonte: www.nasa.gov

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