janeiro 2019












Ciência Na Frente

Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande



Um novo objeto descoberto no exterior distante do Sistema Solar 


Este diagrama mostra a órbita do corpo recentemente descoberto, 2015 TG387 e dos seus companheiros no interior da Nuvem de Oort, 2012 VP113 e Sedna, comparando-o com o resto do sistema solar.   

     Há um novo corpo descoberto no extremo longínquo do sistema solar. Designado 2015 TG387 e apelidado de "The Goblin" pelos seus descobridores, este objeto reside no interior da Nuvem de Oort, uma vasta região para além da Cintura de Kuiper e que se pensa ser um reservatório de cometas e até agora apenas abrigava outros dois corpos: o planeta anão Sedna e o menos conhecido 2012 VP113.
     Este remoto corpo mantém a sua distância ao Sol, nunca se aproximando mais do que 65 unidades astronómicas (u.a.), ou pouco menos do que o dobro da maior aproximação de Plutão. Uma grande e prolongada órbita leva o 2015 TG387 até umas gritantes 2300 u.a., muito mais longe do que os seus colegas do interior da Nuvem de Oort. O Centro da União de Astronomia Internacional dos Planetas Menores anunciou esta descoberta no passado dia 2 de outubro.
     Uma equipa liderada por Scott Sheppard (Carnegie Institution for Science) descobriu o 2015 TG387 em imagens obtidas em meados de outubro de 2015, com o telescópio Subaru, de 8,2 metros, no Havai. Nessa altura, o corpo estava a cerca de 80 u.a. do Sol. A partir daí os observadores têm usado outros telescópios para seguirem o objeto e redefinir a sua órbita. Estimaram que este pequeno mundo terá 300 km de comprimento, aproximadamente o tamanho da lua de Saturno, Hipérion.
     Extrapolando a partir dos três objetos que residem no interior da Nuvem de Oort, a equipa estimou que esta grande região inexplorada do espaço abriga cerca de 2 milhões de corpos superiores a 40 km. Isto coloca a projeção da massa deste conjunto a par da massa da Cintura de Kuiper.

Fonte: Sky & Telescope - janeiro 2019, Vol. 137 n.º 1, p. 13  
Christopher Crockett (adaptado)


         



A Voyager 2 aproxima-se do espaço interestelar




        Desde agosto que a nave espacial Voyager 2 está a detetar um aumento de raios cósmicos, partículas de alta energia, como a colisão de protões no sistema solar vindos do espaço profundo. A sua irmã, Voyager 1, também detetou um aumento semelhante em 2012, cerca de 3 meses antes de ter entrado na heliopausa, o local onde o vento solar deixa de pressionar o gás interestelar. Voyager 2 - agora a cerca de 18 mil milhões da Terra - está quase a chegar ao mesmo local. As duas naves espaciais Voyager deixaram a Terra em 1977 para fazerem uma grande aproximação aos planetas gigantes. Ambas se aproximaram de Júpiter e Saturno, enquanto a Voyager 2 acabou por se tornar a primeira  (e única) nave a aproximarem-se de Urano e Neptuno. Agora estão ambas para além do sistema solar.



Fonte: Sky & Telescope - janeiro 2019, Vol. 137 n.º 1, p. 13
Christopher Crockett (adaptado)
Leiam mais acerca das viagens da Voyager em:
https://is.gd/V2CosmicRays






O que posso observar no céu de janeiro?

1 - Lua a 1,3ºN de Vénus - 22:00
3 - Terra no perielio a 147,1 milhões de km do Sol - 05:00
3 - Pico de chuva de meteoros das Quadrântidas
9 - Lua no apogeu a 406 923 Km da Terra - 04:29
12 - Lua a 5ºS de Marte - 20:00 
15 - Lua a 8ºN de Antares - 21:00
21 - Eclipse total da Lua entre as 02:37 e as 07:48 - 05:16
21 - Lua no perigeu a 357 342 Km da Terra - 20:00
31 - Lua a 3ºN de Júpiter - 00:00
31 - Lua a 0,09ºN de Vénus - 18:00






Fases da Lua em janeiro


06 - às 01h 28min - nova

14 - às 06h 45min - crescente

21 - 05h 16min - cheia 

  27 - às 21h 10min - minguante









Planetas visíveis a olho nu em janeiro

MERCÚRIO - Poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível, de manhã, por volta do instante do começo do crepúsculo civil.

VÉNUS - Pode ser visto como estrela da manhã.

MARTE - Só pode ser visto ao anoitecer na constelação de Peixes.

JÚPITER - Pode ser visto de manhã, no céu matutino, na constelação de Ofiúco.

SATURNO - Não pode ser observado por se encontrar muito próximo do Sol. 


Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa 




(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)

DataMagnitudeInícioPonto mais altoFimTipo da passagem
(mag)HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.
27-1-2,018:58:2210°ONO19:01:0523°NNO19:02:4816°NNEvisível
28-1-1,219:44:5910°NO19:46:1814°NNO19:46:1814°NNOvisível
29-1-1,518:53:0210°NO18:55:1416°NNO18:57:0312°NNEvisível
30-1-1,219:39:2110°NNO19:40:2913°N19:40:2913°Nvisível
31-1-1,418:47:3810°NO18:49:2514°N18:51:1210°NNEvisível
1-2-1,419:33:1410°NNO19:34:3815°N19:34:3815°Nvisível
2-2-1,518:41:4710°NNO18:43:3514°N18:45:2210°NEvisível
2-2-0,620:18:0110°NO20:18:0510°NO20:18:0510°NOvisível
3-2-2,019:26:4510°NNO19:28:5220°N19:28:5220°Nvisível
4-2-1,818:35:2710°NNO18:37:4016°NNE18:39:4111°NEvisível
4-2-1,220:11:2910°NO20:12:2517°NO20:12:2517°NOvisível
5-2-3,019:20:1010°NO19:23:1333°NNE19:23:1933°NNEvisível
      
Como usar esta grelha:


Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de início, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.

Fonte: http://www.heavens-above.com/



Vídeo do Mês







Voyager 1: 1977-2019 (a viagem continua)

(Quando necessário, para ativar as legendas automáticas proceder do seguinte modo: no canto inferior direito clicar no símbolo "roda dentada"; abrem-se as Definições; clicar aí e escolher Legendas; depois clicar em Traduzir Automaticamente; finalmente escolher Português na lista.)



Imagem do Mês






A nebulosa da cabeça da bruxa


         Esta velha nebulosa cósmica fica a cerca de 800 anos-luz da Terra. A sua face malévola parece iluminada pela brilhante estrela próxima, Rigel, na constelação de Orion. Mais conhecida formalmente como IC 2118, esta nuvem interestelar de gás e poeira tem um comprimento de cerca de 70 anos-luz e os seus grãos de poeira refletem a luz de Rigel. Nesta imagem a cor da nebulosa é causada não só pela intensa luz azulada, mas também devido aos grãos de poeira espalharem mais eficientemente a luz azul do que a luz vermelha. Este é o mesmo processo físico que causa o céu azul durante o dia na Terra, apesar de que o que é espalhado na atmosfera do planeta Terra são as moléculas de nitrogénio e oxigénio.       
Fonte: www.nasa.gov

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