julho 2018











Ciência Na Frente

Do Infinitamente Pequeno ao Infminitamente Grande

A equação de Drake




        Em 1962, o radioastrónomo americano Frank Drake propôs uma equação que calcula o número N de civilizações extraterrestres inteligentes na Via Láctea. Esta fórmula é definida como o produto de diferentes fatores: a taxa média R* de formação de estrelas na Via Láctea, a fração fp dessas estrelas que possuem planetas, o número médio ne de planetas potencialmente habitáveis dessa estrela, a fração fe desses planetas onde a vida se poderá desenvolver, a fração fi de formas de vida que possam desenvolver inteligência e uma civilização, a fração fc, quais destas civilizações constroem meios de comunicação detetáveis a partir da Terra e o período L durante o qual as civilizações emitem um sinal. Na sua estimativa inicial, Frank Drake calculou em 10 o número destas civilizações extraterrestres existentes na Via Láctea. Contudo, o valor atribuído a cada um dos parâmetros apresenta por vezes incertezas cobrindo várias ordens de grandeza, o que torna essa estimativa muito grosseira.  
                      
Fonte: Pour la Science - julho 2018, n.º 489, p. 43 (adaptado)
Raul Jiménez 
(professor-investigador no Institutode Ciências do Cosmos, 
da Universidade de Barcelona, em Espanha 



As dunas de metano em Plutão



        Em julho de 2015, a sonda americana New Horizons enviava as suas primeiras imagens de Plutão. Se esta missão tinha como objetivo conhecer melhor este longínquo planeta anão, nunca antes explorado, também trouxe um lote de interrogações. Como explicar, por exemplo, a presença de dunas num planeta quase desprovido de atmosfera (com uma pressão atmosférica 100 000 vezes mais fraca do que na Terra)? Matt Telfer, da Universidade de Plymouth, do Reino Unido, e os seus colegas propuseram um cenário para a formação destes edifícios geológicos.
     Na planície gelada de Spoutnik, junto às montanhas, os investigadores identificaram 357 dunas (as pequenas pregas na planície em baixo à direita da imagem). Graças ao espetrómetro  da sonda New Horizons, conseguiram precisar a sua natureza: elas serão constituídas por cristais de metano (CH4) de 200 a 300 micrómetros. Ainda revelaram  que esses cristais se encontram também nos gelos de diazoto (N2) dos terrenos envolventes.
     Segundo os investigadores, a partir do momento que o Sol ilumina os gelos de diazoto, estes últimos sublimam-se (passam do estado sólido ao estado gasoso) e expulsam os cristais de metano, os quais seriam depois transportados pelos ventos plutónicos. Com efeito, Matt Telfer e os seus colegas mostraram que, apesar da fraca pressão atmosférica, estes ventos são suficientes para veicular as partículas em suspensão. A razão: a fraca gravidade de Plutão (1/12 da da Terra).


Fonte: Pour la Science - julho 2018 - n.º 489, p. 10  
Coraline Madec (adaptado )

O que posso observar no céu de julho?

6 - Terra no afilio a 152,1 milhões de quilómetros do Sol - 18:00
9 - Vénus a 1,1ºN de Régulo - 21:00
13 - Lua no perigeu a 357 431 Km da Terra - 09:25
14 - Lua a 2ºN de Mercúrio - 23:00
16 - Lua a 1,6ºN de Vénus - 05:00
21 - Lua a 4ºN de Júpiter - 01:00
25 - Lua a 2ºN de Saturno - 07:00
27 - Lua no apogeu a 406 223 Km da Terra - 06:44
27 - Eclipse lunar total: em Portugal, quando a Lua nasce já o eclipse vai na sua fase total; termina às 00:28 do dia 28
27 - Lua a 7ºN de Marte - 23:00
30 - Pico da chuva de meteoros Delta Aquáridas do Sul
31 - Maior aproximação de Marte à Terra a 57,6 milhões de Km - 09:00









Fases da Lua em julho


13 - às 03h 48min - nova

19 - às 20h 52min - crescente

27 - 21h 20min - cheia 

  06 - às 08h 51min - minguante









Planetas visíveis a olho nu em julho

MERCÚRIO - Poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível, de tarde, por volta do instante do fim do crepúsculo civil, a partir do dia 14 de junho.

VÉNUS - Poderá ser visto como estrela da tarde, mantendo-se visível até ao final de outubro.

MARTE - Pode ser visto toda a noite na constelação de Capricórnio. 

JÚPITER - Pode ser visto durante toda a noite.

SATURNO - Pode ser visto durante toda a noite na cosntelação de Sagitário. 


Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa 




(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)

DataMagnitudeInícioPonto mais altoFimTipo da passagem
(mag)HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.
21-7-0,900:20:2910°ONO00:22:5118°NNO00:25:1410°NNEvisível
21-7-0,501:58:3310°NNO02:00:1914°N02:02:0610°NEvisível
21-7-1,703:34:4310°NO03:37:3828°NNE03:40:3210°Evisível
21-7-3,505:11:0410°ONO05:14:1342°SO05:17:2110°SSEvisível
21-7-3,821:50:3610°SO21:53:4857°SE21:57:0210°ENEvisível
21-7-1,323:27:4510°ONO23:30:2924°NNO23:33:1510°NEvisível
22-7-0,401:06:1010°NNO01:07:5213°N01:09:3510°NNEvisível
22-7-1,102:42:4510°NNO02:45:1820°NNE02:47:5110°ENEvisível
22-7-4,004:18:5010°NO04:22:0884°SO04:25:2510°SEvisível
22-7-2,122:35:0910°O22:38:1135°NNO22:41:1510°NEvisível
23-7-0,500:13:3110°NO00:15:2414°N00:17:1810°NNEvisível
23-7-0,801:50:4410°NNO01:52:5416°NNE01:53:1916°NNEvisível
23-7-3,121:42:4310°OSO21:45:5759°NNO21:49:1110°NEvisível
23-7-0,723:20:4410°ONO23:22:5817°NNO23:25:1110°NNEvisível
24-7-0,600:58:3610°NNO01:00:2614°N01:01:4012°NNEvisível
24-7-1,122:27:5710°ONO22:30:3321°NNO22:33:0910°NNEvisível
25-7-0,600:06:1510°NNO00:07:5813°N00:09:3910°NNEvisível
25-7-0,601:42:4010°NO01:43:1613°NNO01:43:1613°NNOvisível
25-7-1,721:35:1410°O21:38:1030°NNO21:41:0710°NEvisível
25-7-0,723:13:3910°NO23:15:2714°N23:17:1510°NNEvisível
26-7-0,900:50:3710°NNO00:52:2817°N00:52:2817°Nvisível
26-7-0,822:20:5210°NO22:22:5716°NNO22:25:0310°NNEvisível
26-7-0,923:58:3010°NNO00:00:2715°N00:01:4512°NEvisível
27-7-1,021:28:0210°ONO21:30:2919°NNO21:32:5710°NNEvisível
27-7-0,823:06:1210°NNO23:07:5613°N23:09:3810°NEvisível
28-7-0,900:42:2810°NO00:43:4218°NNO00:43:4218°NNOvisível
28-7-0,822:13:4010°NO22:15:2313°N22:17:0610°NNEvisível
28-7-1,423:50:2410°NNO23:52:5019°NNE23:53:0419°NNEvisível
29-7-1,022:58:1610°NNO23:00:2015°N23:02:2310°NEvisível
30-7-0,800:34:1510°NO00:35:0516°NO00:35:0516°NOvisível
30-7-1,022:06:0010°NNO22:07:4714°N22:09:3310°NEvisível
30-7-1,823:42:0910°NO23:44:3027°N23:44:3027°Nvisível


     
Como usar esta grelha:


Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de início, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.

Fonte: http://www.heavens-above.com/



Vídeo do Mês





A história secreta de Plutão

(Quando necessário, para ativar as legendas automáticas proceder do seguinte modo: no canto inferior direito clicar no símbolo "roda dentada"; abrem-se as Definições; clicar aí e escolher Legendas; depois clicar em Traduzir Automaticamente; finalmente escolher Português na lista.)



Imagem do Mês






Nebulosa negra através do Touro


         Às vezes mesmo a poeira escura do espaço interestelar tem uma serena beleza. Isto acontece na direção da constela do Touro. Os filamentos vistos aqui podem ser encontrados no céu entre as Pleiades e a nebulosa da California. Esta poeira é conhecida não pela seu brilho, mas pelas suas absorções e opacidade. Várias estrelas brilhantes são vistas na sua luz azul refletida na poeira castanha. Outras estrelas aparecem numa luz vermelha não muito habitual, quase não se vendo numa coluna de poeira escura. Outras estrelas estão por trás dos pilares de poeira  e são tão fracas que nem se veem. Apesar de parecer calma, a cena é atualmente uma repetição constante de tumultos e renascimentos. Isto acontece porque bolas de gás e poeira suficientemente maciças vão colapsar gravitacionalmente para formar novas estrelas - estrelas que criam nova poeira nas suas atmosferas e destroem velha poeira com os seus ventos e a sua luz energética.
Fonte: www.nasa.gov

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