outubro 2013




Ciência Na Frente

Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande


Titã tem uma crosta muito dura




O satélite de Saturno, Titã, está coberto por uma crosta de gelo de 50 a 20 quilómetros de espessura, sob a qual se esconde um oceano de água líquida. Segundo Francis Nimmo, da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, e três dos seus colegas, esta crosta é mais dura do que se pensava e geologicamente mais ativa.
Medições feitas pela sonda Cassini revelaram que a gravidade à superfície é mais fraca onde existem relevos.Para explicar estas anomalias, os investigadores imaginaram que aos relevos correspondiam grossas "raízes" na base da crosta. O gelo sendo menos denso do que a água do oceano subglaciar, uma raiz traduzir-se-á por um "déficit" de massa que contrabalança a gravidade do relevo. Entretanto, essas massas de gelo flutuam e empurram a crosta. Para que toda esta dinâmica esteja equilibrada, é necessário que essa crosta seja suficientemente espessa e muito rígida.
Fonte: Pour La Science - outubro 2013 - n.º 432, p.14 - D. Hemingway (adaptado)  




O fitoplancton motor de evolução




Há cerca de 250 milhões de anos, os animais marinhos diversificaram-se rapidamente. O desenvolvimento do fitoplancton, que são vegetais microscópicos existentes nos oceanos, favoreceu este desenvolvimento espetacular.
A extinção maciça que marcou o fim do Paleozóico, há volta dos 250 milhões de anos, atingiu mais de 90% das espécies marinhas (e 70% das espécies terrestres). Entre os cenários propostos para explicar esta crise, há o de um vulcanismo muito forte - como a formação de armadilhas na Sibéria de vastos planaltos de basalto - que pode ter alterado o clima.
No seguimento desta catástrofe, durante o Mesozóico e o Cenozóico, os animais marinhos conheceram uma forte diversificação, atingindo um número de espécies bem mais elevado do que antes. Os cientistas atribuíram, em primeiro lugar, esta explosão a fatores físicos, como por exemplo as mudanças do nível do mar. Mas a evolução do fitoplancton - minúsculos vegetais que formam a base da cadeia alimentar marinha - terá desempenhado um papel importante nesse desenvolvimento.
A erosão continental  terá fornecido os elementos necessários para o desenvolvimento do fitoplancton que se multiplicou e se tornou mais rico em nutrientes. O fitoplancton alimentou, em seguida, as outras espécies.
Fonte: Pour La Science - outubro 2013 - n.º 432, p.48 - Ronald Martin e Antonietta Quigg (adaptado)  



O que posso observar no céu de outubro?

01 - Marte a 7º N da Lua - 07h
06 - Mercúrio a 3º S da Lua - 23h
07 - Saturno a 1,9º N da Lua - 05h
09 - Mercúrio na máxima elongação E (25º) - 11h
10 - Mercúrio a 5º N de Saturno  - 20h
11 - Lua no perigeu - 00h
13 - Juno a 0,9º N da Lua - 03h (ocultação)
14 - Marte a 1º N de Régulo - 23h
19 - Eclipse penumbral da Lua - 01h
25 - Lua no apogeu - 15h; Júpiter a 5º N da Lua - 23h
30 - Marte a 6º N da Lua - 01h




Fases da Lua em outubro


05 - às 01h 35min - nova
12 - às 00h 02min - crescente

 19 - às 00h 39min - cheia
  27 - às 00h 40min - minguante










Planetas visíveis a olho nu em outubro

MERCÚRIO - poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol.  Será visível,  de tarde, cerca do começo do crepúsculo civil, como "estrela da tardeaté 27 de outubro

VÉNUS - Durante este mês surgirá como "estrela da tarde". 


MARTE - Pode ser visto, durante a manhã. Está na constelação do Leão durante este mês.


JÚPITER - Pode ser visto como 
"estrela da manhã", na constelação de Gémeos, onde permanecerá até ao final do ano.

SATURNO - Pode ser visto durante toda a noite. Estará em conjunção com Mercúrio em 10 de outubro. 

Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa 





(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)

DataLuminosidadeInícioPonto mais altoFimTipo de Passagem
[Mag]HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.
30 Set-1.905:46:3528°NNW05:47:3936°NNE05:50:4510°EVisível
01 Out-0.405:00:1118°ENE05:00:1118°ENE05:01:2910°EVisível
01 Out-3.106:33:0516°WNW06:35:3151°SW06:38:4510°SEVisível
02 Out-3.305:46:5179°ESE05:46:5179°ESE05:49:5910°SEVisível
03 Out-0.105:00:4512°ESE05:00:4512°ESE05:00:5910°ESEVisível
03 Out-1.706:33:4118°WSW06:34:1118°SW06:36:3410°SVisível
04 Out-0.905:47:4514°SSE05:47:4514°SSE05:48:2510°SSEVisível
06 Out-0.820:46:5210°SSW20:47:2513°S20:47:2513°SVisível
07 Out-1.419:58:5810°SSE20:00:5214°SE20:01:1514°ESEVisível
07 Out-0.121:33:5410°WSW21:34:1012°WSW21:34:1012°WSWVisível
08 Out-3.120:44:5610°SW20:47:4961°SSW20:47:4961°SSWVisível
09 Out-2.719:56:1210°SSW19:59:1939°SE20:01:1719°ENEVisível
09 Out-0.321:33:0610°W21:34:1117°WNW21:34:1117°WNWVisível
Como usar esta grelha:


Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de inicio, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.

Fonte: http://www.heavens-above.com/




Vídeo do Mês



A Origem do Sistema Solar



Imagem do Mês


A Terra no Equinócio

A partir de uma órbita geoestacionária, a 36 000 quilómetros acima do equador, o satélite meteorológico russo Elektro-L capta, a cada 30 minutos, imagens de alta resolução do nosso planeta. Mas apenas duas vezes por ano, durante o Equinócio, consegue obter uma imagem como esta  mostrando todo o hemisfério iluminado pela luz solar. No Equinócio, o eixo de rotação da Terra não está inclinado para ou afastado do sol e, por isso, a iluminação solar pode estender-se de polo a polo. Claro que esta imagem do Elektro-L foi obtida no passado dia 22 de setembro, aquando do equinócio outonal no hemisfério norte. Durante um momento, nesse dia, o Sol esteve por trás do satélite geoestacionário e um brilho de sol refletido pode ser visto a atravessar o equador, no local do planeta onde o satélite e o sol estavam por cima um do outro (podem ver essa imagem aqui


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