dezembro 2012


Ciência Na Frente

Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande





A Luz é uma onda ou uma partícula ou está entre as duas?

Em função do dispositivo que usemos a luz comporta-se como uma onda, uma partícula ou como uma sobreposição de estados coerentes de "onda" e "corpúsculo".


Em 1924 o físico francês Louis de Broglie descobria a dualidade onda-corpúsculo: todo o objeto tem propriedades ao mesmo tempo ondulatórias e corpusculares. Mais tarde, em 1927, o físico dinamarquês Niels Bohr propôs o princípio da complementaridade: quanto mais um objeto quântico se comporta como uma onda, menos se comporta como corpúsculo, conforme a experiência a que o objeto foi submetido. Assim, por exemplo, a luz comporta-se quer como uma onda, nas experiências de interferência, quer como uma partícula (o fotão), como no efeito fotoelétrico. Duas equipas, uma em França e a outra na Grã-Bretanha, desenvolveram dispositivos que permitem estudar rigorosamente esta complementaridade e mostraram que a luz pode ser considerada uma combinação coerente de um estado corpuscular e de um estado ondulatório.

Para saber mais siga esta ligação: Pour La Science N.º 422





Incline um buraco negro e veja o que acontece


 

Uma nova simulação mostra como um buraco negro domina a sua vizinhança

Os buracos negros são criaturas simples. Qualquer que seja o objeto que devorem, uma estrela, uma núvem de gás ou a banca da vossa cozinha, só podem ser descritos através de duas propriedades: massa e spin. Contudo, estas criaturas simples vivem em mundos complexos. A matéria da qual se alimentam gera uma "atmosfera" complicada composta por um rodopiante gás quente e fortes campos magnéticos. Um estudo recente mostra como um buraco negro giratório interage com a sua complexa vizinhança. O objetivo deste estudo era ver o que acontece à vizinhança de um buraco negro quando este se inclina para uns dos seus lados.
Num buraco negro normal o gás e eventualmente uma estrela que estejam a alimentá-lo, formam um disco antes de cair no buraco. Dois jatos saem dos pólos do buraco negro a uma velociddade relativística, criados pela interação entre o campo magnético do disco e o spin do buraco negro. O resultado desta interação parece um pião com um fino disco central e longos braços de cima abaixo que representam os jatos relativísticos.
Mas o que é que acontece quando o gás, de repente. provem de uma fonte nova como uma núvem de gás exterior? Por outras palavras, era como se o buraco negro de repente se inclinasse para um lado. Será que os jatos verticais se separam do disco ou o buraco negro consegue, de alguma maneira, manter o disco e os jatos juntos? A resposta está no vídeo abaixo. Na primeira metade o buraco negro alimenta-se normalmente da matéria estando rodeado com um fino disco giratório (a amarelo) e dois jatos a sairem dos pólos (a azul). Aos 30 segundos o buraco negro inclina-se e os jatos desaparecem, surgindo novamente ao longo do novo eixo de rotação. Os jatos à medida que vão entrando no disco de gás, forçam o disco a alinhar-se com o novo eixo de rotação.
Os buracos negros podem ser simples, mas são muito poderosos e dominam totalmente a sua vizinhança.





O que posso observar no céu de dezembro?

Dezembro deve o seu nome à palavra latina decem (dez), dado que era o décimo mês do calendário romano


Dezembro dia-a-dia
 3 - Júpiter em oposição - 02h
4 - Mercúrio na máxima elongação W (21º) - 23h
7 - Júpiter a 5º N de Aldebarã - 20h
12 - Mercúrio a 1,1º N da Lua - 1h (ocultação)
12 - Lua no perigeu - 23h
25 - Lua no apogeu - 21h


Fases da Lua em dezembro

6 - 15h 31min - minguante
13 - 08h 42min - nova
20 - 05h 19min - crescente
28 - 10h 21min - cheia 











Planetas visíveis a olho nu em dezembro


MERCÚRIO - poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol.  Será visível,  de manhã, cerca do instante do fim do crepúsculo civil, até 31 de dezembro. O planeta apresentar-se-á mais brilhante no fim deste período.



VÉNUS - poderá ser facilmente identificado pelo seu grande brilho.  Durante este mês e até finais do ano reaparecerá como estrela da manhã. 


MARTE - poderá ser observado na constelação de Sagitário e no final de dezembro na constelação de Capricórnio. A tonalidade avermelhada ajudará à identificação do planeta.

JÚPITER - pode ser visto na constelação do Touro.

SATURNO - pode sr visto como estrela da manhã.

Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa 




Visibilidade da Estação Espacial Internacional
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)

DataLuminosidadeInícioPonto Mais AltoFimModo de Passagem
[Mag]HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.
21 Dez-0.918:44:4810°NNW18:46:0813°N18:46:0813°NVisível
22 Dez-1.017:54:1710°NNW17:55:5513°N17:57:3310°NNEVisível
23 Dez-1.218:40:5310°NNW18:42:3115°N18:42:3115°NVisível
24 Dez-1.217:50:3810°NNW17:52:2414°N17:54:1110°NEVisível
24 Dez-0.519:26:4710°NW19:27:0912°NW19:27:0912°NWVisível
25 Dez-1.918:36:3710°NW18:39:0523°NNE18:39:0523°NNEVisível
26 Dez-1.617:46:2610°NNW17:48:4418°NNE17:51:0210°ENEVisível
26 Dez-1.219:22:3310°NW19:23:5423°NW19:23:5423°NWVisível
27 Dez-2.918:32:1510°NW18:35:2242°NNE18:36:0535°ENEVisível
28 Dez-2.317:42:0010°NW17:44:5128°NNE17:47:4210°EVisível
28 Dez-2.119:18:2710°WNW19:21:1840°SW19:21:1840°SWVisível
29 Dez-3.318:27:5610°NW18:31:1080°SW18:34:0113°SEVisível
30 Dez-0.319:14:5710°W19:17:0016°SW19:19:0310°SVisível
 

Como usar esta grelha:

Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de inicio, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.



Imagem do Mês

Cascatas de areia escura em Marte


Podem parecer árvores em Marte mas não são. Grupos de estrias castanhas escuras foram fotografadas pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter em dunas de areia rosada, banhadas por uma luz gélida. Esta imagem foi obtida em abril de 2008, próximo do pólo norte de Marte. Naquela altura, areia escura no interior das dunas marcianas tornava-se cada vez mais visível à medida que o Sol primaveril derretia a fina camada de gelo de dióxido de carbono. Quando o degelo ocorre perto do cimo de uma duna, a areia negra cai em cascata deixando marcas de estrias escuras. Estas estrias podem parecer árvores à primeira vista, de pé, em frente a zonas mais claras, contudo não produzem sombras. Nesta imagem, conseguimos ver objetos com aproximadamente 25 centímetros. A totalidade da foto abrange cerca de um quilómetro. Grandes planos de algumas partes desta imagem deixam ver umas plumas ondulantes, o que significa que alguns abatimentos de areia foram acontecendo durante a captura da fotografia.

Fonte: http://apod.nasa.gov/apod/ap121125.html

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