outubro 2012



Ciência Na Frente

Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande


 Introdução

Pretende-se com este blog dar a conhecer as novidades científicas desde o mundo das partículas elementares até às descobertas do vasto Universo, não esquecendo a vida e nós próprios. 
Haverá uma secção fixa com dados para observações noturnas do céu "O Que Posso Observar no Céu de...".


O Bosão de Higgs Finalmente Descoberto

Peter Higgs
A 4 de julho de 2012 foi anunciada, em Genebra, a descoberta de uma partícula prevista há mais de 40 anos por alguns físicos e que ficou conhecida por Bosão de Higgs. Esta partícula é um dos elementos essenciais do "modelo padrão", que descreve as partículas elementares e as suas interações. Foi o escocês Peter Higgs, hoje com 83 anos, que apresentou uma teoria onde este bosão é fundamental. As equipas que apresentaram os resultados obtidos no acelerador de partículas LHC (Grande Colisionador de Hadrões) , instalado no CERN, procuraram explicar por que é que o fotão, que transmite a força eletromagnética, não tem massa, enquanto outras partículas, como os bosões W e Z, responsáveis por outra interação fundamental, chamada eletrofraca, têm. A teoria desses físicos, baseados na proposta de Peter Higgs afirma que o nosso Universo é banhado por um campo que dá às partículas a sua massa. Esses físicos têm assumido que este campo deve ser incorporado numa partícula e que ficou conhecida como o "Bosão de Higgs", embora este físico não seja o único a propor esta teoria. Os físicos procuram confirmar experimentalmente a existência desta partícula desde o final dos anos 1980. Agora duas equipas apresentaram trabalhos independentes onde confirmaram a existência deste bosão. Peter Higgs, presente em Genebra na apresentação desses trabalhos, não conseguiu não conseguiu deixar escapar uma lágrima de emoção pela confirmação da sua teoria.

Esquema das Partículas Elementares

Fonte:  “La Recherche”, n.º 467, setembro de 2012; http://www.larecherche.fr/content/actualite-matiere/article?id=32131;


Os benefícios dos buracos negros



O monstro super massivo que engole a matéria existente no centro da Via Láctea pode ter desempenhado um papel central no desenvolvimento das condições propícias para o surgimento da vida na região da nossa galáxia.
Os buracos negros super massivos localizados no coração das galáxias não fazem mais do que engolir o seu material circundante. Todavia, Irradiam também alta energia e expelem a matéria a grandes velocidades. A atividade de um buraco negro influencia diretamente a sua galáxia. A energia libertada atua sobre a formação estelar e regula o envelhecimento da população de estrelas. A Via Láctea abriga um buraco negro de quatro milhões de massas solares, suficientemente ativo para modelar a formação de estrelas, mas não o suficiente para a destruir completamente. Um ambiente adequado sem o qual a vida, provavelmente, teria sido  incapaz de se desenvolver.
A cadeia de eventos que levou ao surgimento da vida seria diferente ou inexistente sem a coevolução entre galáxias e buracos negros super massivos e os seus efeitos reguladores. O número de estrelas, a proporção entre pequenas e grandes estrelas, a forma das galáxias, a sua estrutura, as suas regiões estéreis ou por outro lado reforçadas pela ondas de radiação e de pressão, tudo isso seria diferente sem os buracos negros supermassivos. O nosso fértil e pequeno canto do cosmos foi influenciado por tudo o que aconteceu ao seu redor, incluindo o comportamento do buraco negro localizado no centro da Via Láctea. Devemos muito a este objeto.
Para saber mais visita/consulta o sítio www.pourlascience.fr ou edição impressa da revista Pour La Science (edição francesa da Scientific American), n.º 420, de outubro de 2012, pp. 22 a 27, de onde foi retirada esta informação.






 O que posso observar no céu de outubro?


Outubro, vem do latim october e era, para os romanos, o oitavo mês do ano

Outubro dia-a-dia

1—Mercúrio a 1,8º N de Espiga—3h
3—Vénus a 0,1º S de Régulo—9h
5—Lua no apogeu—2h
   - Júpiter a 0,9º N da Lua—22h
6—Mercúrio a 3º N de Saturno—8h
12—Vénus a 6º N da Lua—20h
17—Lua no perigeu—2h
26—Mercúrio na máxima elongação E (24ª) - 23h


   

Fases da Lua em outubro



15—13h 03min - nova

29—19h 49min - cheia
            
22—04h 32min - crescente

8—08h 33min - minguante












 

Planetas visíveis a olho nu em outubro


MERCÚRIO - poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol.  Será visível,  de tarde, cerca do instante do fim do crepúsculo civil, de 22 Setembro a 12 de Novembro. O planeta apresentar-se-á mais brilhante no começo deste período.


VÉNUS - poderá ser facilmente identificado pelo seu grande brilho.  Durante este mês e até finais do ano reaparecerá como estrela da manhã. 



MARTE - poderá ser observado na constelação de Escorpião no início de outubro e na constelação de Ofíuco a partir de meados deste mês. A tonalidade avermelhada ajudará à identificação do planeta.

JÚPITER - Aparece como  estrela da manhã, na constelação do Touro. Inicia movimento retrógrado a 4 de Outubro.

SATURNO - Pode ser visto pouco depois da meia-noite na constelação da Virgem, apenas até ao início de outubro, deixando de se poder observar por se encontrar muito próximo do Sol.



(para localizações aproximadas de 41.1830°N, 8.5670°W)
  
DataLuminosidadeIncícioPonto mais altoFim
(mag)HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.HoraAlt.Az.
25 Out-1.819:48:1110°NW19:50:5824°NNE19:51:4522°NE
25 Out0.321:24:3510°WNW21:24:3610°WNW21:24:3610°WNW
26 Out-2.020:35:0910°NW20:37:1937°NW20:37:1937°NW
27 Out-2.819:45:4610°NW19:49:0044°NNE19:50:0731°E
27 Out0.321:22:5010°W21:22:5811°W21:22:5811°W
28 Out-2.019:32:5910°WNW19:35:5239°SW19:35:5239°SW
29 Out-3.118:43:1910°WNW18:46:3974°SW18:48:5319°SE
30 Out-0.519:31:2410°W19:33:2215°SW19:35:0011°SSW
31 Out-1.118:41:0410°WNW18:43:5526°SW18:46:4510°SSE
Como usar esta grelha:

Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de inicio, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida. 

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