março 2014
Ciência Na Frente
Do Infinitamente Pequeno ao Infinitamente Grande
Um novo tipo de estrelas em excesso de velocidade
Trajetórias de algumas estrelas hiperrápidas que não vêm do centro da galáxia. Estes astros deslocam-se mais depressa do que o Sol.
Conhecem-se algumas dezenas de estrelas na nossa galáxia que viajam em "excesso de velocidade", a mais de 700 Km por segundo. Denominadas de hiperrápidas, estas estrelas acabarão por sair da Via Láctea e errarem pelo espaço intergalático. Como é que estas estrelas adquirem tais velocidades? Já tinha sido proposto um mecanismo para as estrelas hiperrápidas que passam pelo centro galáctico. Mas Lauren Palladino, da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos da América, e os seus colegas, descobriram estrelas hiperrápidas que não vêm do centro da galáxia.
As estrelas hiperrápidas foram previstas em 1988 pelo americano Jack Hills. Imaginou que uma estrela que pertencesse a um sistema binário poderia ganhar velocidade ao passar próximo do buraco negro que ocupa o centro da galáxia, depois da captura da sua companheira. A primeira destas estrelas foi detetada em 2005 por Warren Brown e a sua equipa do Observatório Smithsonian, nos Estados Unidos da América.
Mas qual será o mecanismo para as estrelas hiperrápidas descobertas por L. Palladino e a sua equipa? São possíveis vários cenários. Podemos pensar em mecanismos de ejeção devido às interações no seio de aglomerados globulares ou de galáxias anãs a orbitarem a Via Láctea. Estas estrelas também poderão vir de sistemas binários em que a companheira tenha explodido em supernova, lançando assim a estrela. Estes mecanismos marcam com a sua impressão a composição química da estrela hiperrápida. Medições futuras deverão permitir determinar a origem desta nova classe de estrelas hipervelozes.
As estrelas hiperrápidas foram previstas em 1988 pelo americano Jack Hills. Imaginou que uma estrela que pertencesse a um sistema binário poderia ganhar velocidade ao passar próximo do buraco negro que ocupa o centro da galáxia, depois da captura da sua companheira. A primeira destas estrelas foi detetada em 2005 por Warren Brown e a sua equipa do Observatório Smithsonian, nos Estados Unidos da América.
Mas qual será o mecanismo para as estrelas hiperrápidas descobertas por L. Palladino e a sua equipa? São possíveis vários cenários. Podemos pensar em mecanismos de ejeção devido às interações no seio de aglomerados globulares ou de galáxias anãs a orbitarem a Via Láctea. Estas estrelas também poderão vir de sistemas binários em que a companheira tenha explodido em supernova, lançando assim a estrela. Estes mecanismos marcam com a sua impressão a composição química da estrela hiperrápida. Medições futuras deverão permitir determinar a origem desta nova classe de estrelas hipervelozes.
Fonte: Pour la Science - março 2014 - n.º 437, p.8 - Sean Bailly (adaptado)
Um espetro de relâmpago em bola
Ping Yuan e a sua equipa, da Universidade normal do Noroeste, em Lanzhou, na China, filmaram por acaso um acontecimento de relâmpago em bola, fenómeno raro e mal compreendido que se produz durante as tempestades, e conseguiram gravar o seu espetro eletromagnético. Este espetro parece confirmar em parte um dos cenários propostos para explicar o relâmpago em bola. Em 2000, John Abrahamson e James Dinniss, da Universidade de Canterbury, na Nova-Zelândia, avançaram com esta explicação: quando o relâmpago atinge o solo, os compostos que possuam silício são vaporizados e formam filamentos de nanopartículas. Estas oxidam emitindo calor e luz, o que produz o efeito do relâmpago em bola. Ora os investigadores chineses encontraram vestígios de silício no registo do espetro eletromagnético do fenómeno que filmaram.
Fonte: Pour la Science - março 2014 - n.º 437, p.9 - Sean Bailly (adaptado)
O que posso observar no céu de março?
01 - Marte estacionário - 02h
03 - Saturno estacionário - 04h
06 - Júpiter estacionário - 10h
11 - Lua no apogeu - 20h
19 - Marte a 3ºN da Lua - 03h
20 - Equinócio: início da Primavera - 17h
21 - Saturno a 0,2º N da Lua - 03h (ocultação)
21 - Vénus na máxima elongação O (47º) - 20h
27 - Lua no perigeu - 19h
29 - Mercúrio a 6ºS da Lua - 05h
31 - Marte a 5ºN de Espiga - 05h
03 - Saturno estacionário - 04h
06 - Júpiter estacionário - 10h
11 - Lua no apogeu - 20h
19 - Marte a 3ºN da Lua - 03h
20 - Equinócio: início da Primavera - 17h
21 - Saturno a 0,2º N da Lua - 03h (ocultação)
21 - Vénus na máxima elongação O (47º) - 20h
27 - Lua no perigeu - 19h
29 - Mercúrio a 6ºS da Lua - 05h
31 - Marte a 5ºN de Espiga - 05h
Fases da Lua em março
01 - às 08h 00min - nova
08 - às 13h 27min - crescente
08 - às 13h 27min - crescente
16 - às 17h 08min - cheia
24 - às 01h 46min - minguante
30 - às 19h 45min - nova
30 - às 19h 45min - nova
Planetas visíveis a olho nu em março
MERCÚRIO - poderá ser visto somente próximo do horizonte, a leste, antes do nascimento do Sol ou a oeste, depois do ocaso do Sol. Será visível, de manhã, cerca do começo do crepúsculo civil, como "estrela da manhã" durante todo este mês.
VÉNUS - Será visível como "estrela da manhã" até meados de setembro.
MARTE - Poderá ser visto à meia-noite na constelação da Virgem.
JÚPITER - Pode ser visto na constelação de Gémeos, no início do ano, durante mais de metade da noite.
SATURNO - No início do ano nasce bem depois da meia-noite na constelação da Balança, onde permanecerá durante todo o ano.
VÉNUS - Será visível como "estrela da manhã" até meados de setembro.
MARTE - Poderá ser visto à meia-noite na constelação da Virgem.
JÚPITER - Pode ser visto na constelação de Gémeos, no início do ano, durante mais de metade da noite.
SATURNO - No início do ano nasce bem depois da meia-noite na constelação da Balança, onde permanecerá durante todo o ano.
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa
Visibilidade da Estação Espacial Internacional
(para localizações aproximadas de 41.1756ºN, 8.5493ºW)
Data | Magnitude | Início | Ponto mais alto | Fim | Tipo da passagem | ||||||
(mag) | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | Hora | Alt. | Az. | ||
21 de mar | -1,0 | 04:23:29 | 21° | NNE | 04:23:29 | 21° | NNE | 04:25:05 | 10° | NE | visível |
21 de mar | -0,8 | 05:57:47 | 10° | NO | 05:59:38 | 14° | N | 06:01:30 | 10° | NNE | visível |
22 de mar | -0,9 | 05:08:59 | 13° | NO | 05:10:12 | 15° | N | 05:12:17 | 10° | NNE | visível |
23 de mar | -0,7 | 04:21:35 | 17° | N | 04:21:35 | 17° | N | 04:23:09 | 10° | NNE | visível |
23 de mar | -0,7 | 05:56:34 | 10° | NNO | 05:58:26 | 14° | N | 06:00:18 | 10° | NE | visível |
24 de mar | -0,6 | 05:07:06 | 10° | NNO | 05:08:53 | 14° | N | 05:10:41 | 10° | NNE | visível |
25 de mar | -0,6 | 04:19:29 | 14° | N | 04:19:29 | 14° | N | 04:21:12 | 10° | NNE | visível |
25 de mar | -0,8 | 05:54:38 | 10° | NNO | 05:56:59 | 18° | NNE | 05:59:20 | 10° | ENE | visível |
26 de mar | -0,6 | 05:05:21 | 10° | NNO | 05:07:23 | 15° | N | 05:09:25 | 10° | NE | visível |
27 de mar | -0,6 | 04:17:15 | 14° | N | 04:17:43 | 14° | N | 04:19:32 | 10° | NE | visível |
27 de mar | -1,3 | 05:52:19 | 10° | NO | 05:55:14 | 27° | NNE | 05:58:08 | 10° | E | visível |
28 de mar | 0,3 | 03:29:42 | 10° | NNE | 03:29:42 | 10° | NNE | 03:29:46 | 10° | NNE | visível |
28 de mar | -0,9 | 05:03:01 | 10° | NNO | 05:05:36 | 20° | NNE | 05:08:11 | 10° | ENE | visível |
29 de mar | -0,7 | 04:15:01 | 15° | N | 04:15:53 | 17° | NNE | 04:18:08 | 10° | NE | visível |
29 de mar | -2,6 | 05:49:50 | 10° | NO | 05:53:07 | 55° | NNE | 05:56:23 | 10° | ESE | visível |
30 de mar | 0,1 | 04:27:32 | 12° | NE | 04:27:32 | 12° | NE | 04:28:02 | 10° | NE | visível |
30 de mar | -1,7 | 06:00:24 | 10° | NO | 06:03:30 | 35° | NNE | 06:06:35 | 10° | E | visível |
Como usar esta grelha:
Coluna Data - data da passagem da Estação;
Coluna Brilho/Luminosidade (magnitude) - Luminosidade da Estação (quanto mais negativo for o número maior é o brilho);
Coluna Hora - hora de inicio, do ponto mais alto e do fim da passagem;
Coluna Altitude - altitude medida em graus tendo o horizonte como ponto de partida 0º;
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Coluna Azimute - a direção da Estação tendo o Norte geográfico como ponto de partida.
Fonte: http://www.heavens-above.com/
Vídeo do Mês
A Medida de Todas as Coisas - Tempo e Distância
Imagem do Mês
As Plêiades profundas e poeirentas
O bem conhecido aglomerado estelar das Plêiadas está lentamente a destruir parte de uma nuvem de gás e poeira que está a passar por ele. As Plêiadas são o aglomerado estelar aberto mais brilhante no céu noturno e podem ser observadas à vista desarmada, praticamente de todas as localizações do hemisfério norte. Esta jovem nuvem que agora o atravessa, fazia parte do cinturão de Gould, um estranho anel de formação de estrelas que rodeiam o Sol na nossa galáxia, a Via Láctea. Nos últimos 100 000 anos e de uma forma casual, parte do cinturão de Gould tem-se movido para a direita, através das Plêiadas mais antigas e está a provocar uma enorme reação entre as estrelas e a poeira estelar. A pressão provocada pela luz das estrelas repele significativamente a poeira que as rodeia numa nebulosa de reflexão azul, com partículas mais pequenas de poeira a serem repelidas com maior força. Um resultado imediato é que essas partes da nuvem de poeira acabam por se tornar filamentárias e estratificadas, como se pode ver nesta imagem.
Fonte: www.nasa.gov
Fonte: www.nasa.gov
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